quinta-feira, 31 de julho de 2014

iWatch pode vir com sistema para pagamento móvel (iWatch can include a system to mobile payment)!

iWatch pode vir com sistema para pagamento móvel

Samsung e Sony já disponibilizaram seus smartwatch há algum tempo, porém as funções ficam restritas a notificações e monitoramento de fitness e saúde (Samsung and Sony have already shown its smartwatch some time, but the functions were restricted to notifications and monitoring to fitness and health).


Marcas como Samsung e Sony já disponibilizaram seus smartwatch há algum tempo, porém suas funções ficam restritas às notificações de aplicativos e monitoramento de fitness e saúde.

Agora, o iWatch pode mudar o foco de seu sistema e privilegiar a possibilidade de efetuar pagamentos móveis.

De acordo com o BI, a Apple iria se basear na Magic Band, uma pulseira disponibilizada pela Disney para os hóspedes dos hotéis dos parques temáticos e que funciona como chave do quarto, ingresso e cartão de débito.

Para usar o acessório os usuários precisam apenas aproximá-lo do sensor e colocar uma senha, assim não precisam se preocupar em carregar suas carteiras e cartões.

Para o site, ainda não está claro como irá funcionar o sistema de pagamentos móveis da Apple, a aposta é que o relógio poderá ser vinculado a conta de iTunes do usuário. Além disso, alguns acreditam que a empresa pode lançar sua própria plataforma de pagamentos.

Recentemente, a Samsung já fez uma parceria com PayPal para permitir o pagamento de itens aos proprietários do Galaxy S5 com o reconhecimento da impressão digital ao invés de uma senha.

Fonte: EXAME - Tecnologia.

Jovem argentino de 15 anos cria aparelho que ajuda cegos a identificarem cores (Argentine student 15 years old creates a instrument to help blind to identify colors)

Matías Apablaza, 15, é um estudante do Instituto Tecnológico del Comahue, da cidade de Neuquén, na Patagônia. Ele desenvolveu um dispositivo portátil e de baixo custo que converte a cor (um conceito abstrato) em sons associados. Cada cor seria representada por um som diferente.

O adolescente, que aprendeu a programar por conta própria vendo vídeos na internet desde os 9 anos de idade, buscou inspiração nos deficientes visuais de uma instituição que realiza trabalhos de macramé (técnica de tecer fios) e têm dificuldade para reconhecer as cores das linhas usadas. Os deficientes contaram a Matías Apablaza que os dispositivos existentes que distinguiam as cores eram muito caros e, portanto, inacessíveis para a instituição.

O jovem procurou então criar um equipamento pequeno, que coubesse no bolso da calça, e que fosse fácil de usar. Ele considerou ainda a possibilidade de alguns smartphones realizarem a conversão de cores para sons, tornando a máquina acessível a todos.

A invenção lhe valeu o primeiro lugar na primeira edição argentina do concurso da Feira de Ciência do Google. Com o prêmio no valor de US$ 1.000 (cerca de R$ 2.246), Matías Apablaza pretende aprimorar seu dispositivo.

No dia 22 de setembro, um vencedor global entre um grupo de 15 finalistas escolhidos, cujos nomes serão anunciados em agosto, será premiado com US$ 50.000, uma viagem para as Ilhas Galápagos e experiência no CERN (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear), no Google e no Grupo LEGO, além do livre acesso durante um ano aos arquivos digitais da "Scientific American" para a escola do vencedor.

CLIQUE AQUI e veja o vídeo com um resumo do trabalho!

Fonte: UOL Tecnologia (31/07/14).

quarta-feira, 30 de julho de 2014

Projeto recompõe Mata Atlântica com ajuda de internautas

24 de Julho de 2014


O Cartão Árvore é mais novo projeto da ONG SOS Mata Atlântica. Lançado na última segunda-feira (21), trata-se de um sistema de plantio de árvores para interessados em restaurar e proteger os ambientes degradados da Mata Atlântica. O projeto integra o “Programa Florestas do Futuro”, que desde 2003 já plantou mais de cinco milhões de árvores – o que corresponde a 3,6 mil campos de futebol.
Para ajudar, os internautas devem adquirir um Cartão Árvore, no valor de R$ 25,00, neste site. Uma muda de árvore será plantada para cada unidade comprada. Além disso, será possível também plantar uma árvore virtual e criar uma floresta pessoal em um jogo online ao mesmo tempo em que acompanha o plantio real da sua árvore no site.
Nesse sistema, a ONG ainda poderá acompanhar os lotes onde foram plantadas as mudas. O usuário recebe um número por e-mail com a identificação auditada do lote, nome da fazenda e município. Dessa forma, ele também vê pelo site todo o processo de plantio por meio do registro de fotos da área.

Após o cadastro, doação e ativação no site, o usuário também receberá por e-mail um número da sorte para concorrer a um prêmio de R$ 10 mil por 48 semanas, pela Loteria Federal do Brasil. Os ganhadores serão divulgados na página da campanha.
“A área original que resta de Mata Atlântica é de apenas 8,5%. É o bioma mais ameaçado do Brasil. Com essa ação, pretendemos incentivar as pessoas a nos ajudar a recuperar parte dessa floresta. O Cartão Árvore é também uma forma fácil e eficiente de as pessoas compensarem seu consumo e a emissão de CO2”, ressalta Mario Mantovani, diretor de Políticas Públicas da SOS Mata Atlântica.
O Cartão Árvore e a Floresta Online também foram desenvolvidos pensando nas empresas e instituições. A ideia é que as companhias incentivem de maneira prática e divertida que seus clientes e colaboradores façam o mesmo. “Imaginamos em breve criar florestas para empresas, times de futebol, associações e clubes”, reforça Mantovani.
O usuário também tem a opção de se tornar um filiado da SOS Mata Atlântica e ajudar a manter os programas da ONG.
Índia planta árvores para proteger meio ambiente e reduzir o desemprego
25 de Julho de 2014


O governo indiano está disposto em investir em sustentabilidade para reduzir dois de seus principais problemas: degradação ambiental e desemprego. Conforme noticiado pelo jornal local, The Indu, as autoridades prometeram plantar dois bilhões de árvores. Os responsáveis pelo serviço seriam jovens desempregados.
Em declaração ao periódico, o ministro do Desenvolvimento Rural na Índida, Jairam Gadkari, explicou que as mudas serão plantadas nas beiras das estradas nacionais em todo o país. “Por um lado, isso poderá criar novos postos de trabalhos aos desempregados, ao mesmo tempo em que protege o meio ambiente”, informou.
A expectativa é de que 300 mil jovens sejam beneficiados pelo projeto, uma forma efetiva de reduzir o desemprego no país, que atinge 10,2% da população. Além disso, esta pode ser uma forma de resgatar regiões imersas em poluição, já que o país tem seis cidades entre as dez com o ar mais poluído do mundo.
Gadkari aproveitou a oportunidade para enfatizar a necessidade de conservar água. O ministro garantiu que o país não investirá em megaprojetos hidrelétricos e pediu que a população aproveite também a água da chuva, principalmente para a irrigação de terras.
Os famosos rios Ganges e Yamuna ainda devem passar por modificações. O governo prevê projetos de despoluição e o desenvolvimento de hidrovias, que facilitem o transporte de cargas e pessoas pelo país.
Redação CicloVivo

Embrapa avança rumo à seda de aranha sintética

Com informações da Agência Brasil - 30/07/2014

Seda de aranha sintética aproxima-se do uso prático
A fabricação de teias de aranha em laboratório já é uma realidade para pesquisadores brasileiros.[Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil] 

Seda de aranha sintética

No início deste ano, pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, anunciaram o desenvolvimento de uma biofábrica capaz de produzir seda de aranha de forma artificial.
Agora a equipe anunciou avanços na produtividade do processo.
"Da última vez, de 100 microlitros, que é a décima parte de um mililitro, conseguimos fazer um fio muito grande, foram mais de 10 metros, rendeu bastante", contou Valquíria Lacerda, pesquisadora do grupo.
As fibras da seda natural de aranha têm diâmetros variando de 2 a 4 nanômetros, enquanto a seda sintética produzida na Embrapa tem em torno de 40 nanômetros, o que os pesquisadores acreditam ser uma vantagem.
A fibra sintética é "de 10 a 20 vezes mais espessa do que encontramos na natureza, o que pode ajudar a ser mais forte", disse Valquíria, destacando que os próximos passos envolvem testes de extensão e resistência.
Além, é claro, da otimização da biofábrica, com vistas à produção em grandes quantidades - a biofábrica utiliza bactérias Escherichia coli geneticamente modificadas para sintetizar a seda, mas o grupo também está pesquisando o uso da soja como biorreator.
"Ainda não existe um organismo ideal para produzir em grande quantidade. Tem pesquisadores que já colocaram em células de mamíferos, de insetos, em bactérias, o mundo inteiro ainda procura uma biofábrica ideal para fazer extração reduzindo o custo desse material", disse Valquíria.

De nanopartículas a material estrutural

Segundo o professor Elíbio Rech, coordenador da equipe, a tecnologia da produção artificial dos fios de teias de aranha já está dominada.
O próximo passo é definir um meio econômico, rápido e seguro para a sua produção em larga escala.
Segundo ele, não faltarão usos para a seda de aranha sintética.


Os pesquisadores da Embrapa também estão tentando usar a soja como biofábrica para produzir a seda de aranha. [Imagem: Wilson Dias/Agência Brasil]
"É um material novo que tem duas características, flexibilidade e resistência, e também é biodegradável. Ele tem uma característica física que permite um melhor desempenho para tudo," avalia Rech.
A seda sintética pode ser usada na produção de tecidos, em fios para sutura de cirurgias e também na forma de nanopartículas para o endereçamento preciso de medicamentos no corpo humano.
Quando o processo alcançar escala industrial e o material estiver disponível em quantidades maiores, os benefícios também poderão ser auferidos no campo dos materiais estruturais, incluindocompósitos plásticos para peças de aviões, carros e navios.
"Qualquer material que dure mais vai reduzir o custo de manutenção. Ao conseguir fazer com que um material trabalhe mais e seja mais leve, você também reduz o gasto de combustível, reduz emissão de gás carbônico na atmosfera, então tem todo um ganho direto e indireto do uso de um material como este," disse Rech.

Falta de iniciativa privada

Nesta etapa, os pesquisadores esperam envolver a iniciativa privada, para que a pesquisa possa passar do nível do laboratório para o nível fabril.
"Esse é um produto em potencial muito importante, agora o setor privado tem que fazer a outra parte, escalonar e transformar isso em um produto comercial. Ainda precisamos reduzir um pouco o custo de produção, nós saberíamos como fazer, com outro laboratório e equipamentos, mas faltam pessoas para colaborar com a gente," resumiu Rech.

Tela com correção visual dispensa seus óculos

Redação do Site Inovação Tecnológica - 30/07/2014


O ajuste do grau de correção visual é feito por software. [Imagem: Fu-Chung Huang et al.]


Tela com lente de contato

Que tal se as telas de computador usassem óculos, em vez de você ter que usá-los?
A proposta de Fu-Chung Huang e seus colegas da Universidade da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, é ainda um pouco mais cômoda: monitores com lentes de contato.
Huang está desenvolvendo algoritmos para compensar a deficiência visual dos usuários, criando telas que permitem ver imagens nítidas sem a necessidade de usar óculos ou lentes de contato.
A técnica consiste em acrescentar a uma tela comum um sanduíche formado por duas camadas de plástico transparente externas envolvendo uma camada interna opaca, mas repleta de furinhos.
Os furinhos são câmeras pinhole, ou câmeras estenopeicas, que não possuem lentes, capturando a luz através de um único orifício - daí o nome pinhole, furo de alfinete.


Câmera sem lente captura imagem no tempo



Cada "furo de alfinete" tem 75 micrômetros de diâmetro, com espaçamentos entre eles de 390 micrômetros.

Correção visual por software

[Imagem: Fu-Chung Huang et al.]

Os algoritmos ajustam a intensidade da luz que emana de cada pixel de uma imagem - passando por cada um dos furinhos - com base no grau específico para corrigir a visão de cada usuário.
Ou seja, o "grau da tela" é ajustado por software.
Em um processo chamado deconvolução, a luz passa através da matriz depinholes de uma forma tal que o usuário vê uma imagem nítida - a deconvolução é uma operação matemática largamente utilizada no processamento de imagens, para melhorar sua nitidez.
"Em vez de depender da óptica para corrigir sua visão, nós usamos a computação. É uma classe de correção [visual] muito diferente, e é não-invasiva," disse Huang.
"Nossa técnica distorce a imagem de tal forma que, quando o usuário almejado olha para a tela, a imagem aparece clara para ele. Mas se outra pessoa olhar para a imagem, ela vai parecer ruim," acrescenta seu colega Brian Barsky.

Telas multifocais

Por enquanto a técnica foi testada apenas na tela de um celular, mas a equipe planeja ir adiante.
"No futuro, esperamos estender esse aplicativo também para a correção múltipla em telas compartilhadas, para que usuários com diferentes problemas visuais possam olhar para a mesma tela e verem imagens nítidas," disse Huang.

Luz natural em qualquer lugar, a qualquer hora

Redação do Site Inovação Tecnológica - 14/07/2014

Luz natural em qualquer lugar, a qualquer hora
A luz gerada pela nova tecnologia parece estar vindo de um "teto solar". [Imagem: Coelux/Divulgação] 

Luz do Sol artificial

Embora haja uma tendência de substituição das lâmpadas incandescentes e fluorescentes pelas "lâmpadas de estado sólido", ainda há restrições quanto à qualidade da luz emitida por essas alternativas economicamente mais eficientes.
Agora, pesquisadores europeus afirmam ter encontrado a solução definitiva para que os LEDsproduzam uma iluminação mais natural - uma "luz quente", como eles chamam.
Usando materiais nanoestruturados - materiais fabricados com saliências, rugosidades ou outras características com dimensões na faixa dos nanômetros - eles criaram um sofisticado sistema óptico que recria os efeitos da luz natural.
Para isso, a luz originalmente produzida pelos LEDs passa pelo sistema óptico, que mede alguns milímetros de espessura, onde são simuladas a difusão e as interferências que a atmosfera gera na passagem da luz solar - um processo conhecido como dispersão de Rayleigh, responsável, entre outras coisas, pela cor azul do céu.
Luz natural em qualquer lugar, a qualquer hora
Imagem real do experimento - isto não é uma renderização. [Imagem: Coelux/Divulgação]


Janela de luz

O sistema todo tem uma forma plana, parecido com uma janela ou um teto solar, facilitando sua colocação em diversos tipos de ambiente.
Segundo a equipe do projeto Coelux, financiado pela União Europeia, o resultado é um "maior conforto e bem-estar nos ambientes internos e subterrâneos".
"Com o Coelux, você pode desfrutar céus ensolarados a qualquer hora, em qualquer lugar," garante o professor Paolo Di Trapani, da Universidade de Insubria, na Itália e líder do projeto.
"Do mesmo jeito que tentar descrever o cheiro de um perfume ou a cor de um sol tropical, é difícil descrever os efeitos do Coelux devido à percepção do espaço infinito que a tecnologia produz," garante ele.
Alguns desses efeitos podem ser vistos nestas imagens, que, embora pareçam renderizações feitas por computador, são fotos reais dos experimentos.

Anticlaustrofobia


[Imagem: Coelux/Divulgação]

Para tirar a prova definitiva da tecnologia, os pesquisadores fizeram um teste com voluntários que sofrem de claustrofobia.
"Mesmo os indivíduos claustrofóbicos se sentiram bem e relaxados quando expostos à luz, apesar de permanecerem em uma sala sem janelas de poucos metros quadrados por um período razoável de tempo," disse Trapani.
A equipe já criou uma empresa para começar a comercializar a tecnologia, que terá como foco inicial as aplicações na área de saúde.
A Organização das Nações Unidas (ONU) proclamou 2015 como o Ano Internacional da Luz, para criar uma consciência global de como a iluminação pode ter uma influência positiva sobre a saúde e o bem-estar das pessoas.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Microrganismos reduzem eficiência de painéis solares (Microorganisms can reduce efficiency on solar panels)

Os resultados apontam para a necessidade de investigar e investir em pesquisas com vidros que tenham a capacidade de evitar a formação dos biofilmes. [Imagem: George Campos/USP]


Enquanto pesquisadores de todo o mundo se esforçam para aumentar a eficiência das células solares em alguns pontos percentuais, a infestação de bactérias pode estar roubando até 10% a produção de energia dos painéis fotovoltaicos.

A desconcertante conclusão, inédita no mundo, é resultado do trabalho da equipe da pesquisadora Márcia Aiko Shirakawa, da Escola Politécnica da USP.

Inúmeros estudos já mostraram os problemas causados nos módulos fotovoltaicos por outros tipos de poluição, como poeira e fuligem.

A equipe brasileira, contudo, queria avaliar se o crescimento de microrganismos - fungos e organismos fototróficos, como cianobactérias e microalgas - poderiam diminuir a captação da energia solar.

"O crescimento de fungos (bolores) pode ser visto em lentes de microscópios e câmeras fotográficas sendo, portanto, um fenômeno conhecido na superfície de vidros, mas ainda não haviam sidos estudados em painéis solares. Por isso, nossa pesquisa vem preencher uma lacuna do conhecimento científico a microbiologia e a redução de produtividade em sistemas fotovoltaicos instalados em telhados urbanos," disse Márcia.

A conclusão é que os biofilmes - ou colônias - superficiais formados por fungos e outros microrganismos, associados a materiais particulados, podem reduzir em até 10% a produção de eletricidade por meio dos painéis solares em um curto período de tempo.

Vidros antibacterianos

A equipe instalou 18 módulos fotovoltaicos, compostos por 36 células de 10 cm2cada, que ficaram 18 meses expostos ao sol.

"Constatamos que, nesse um ano e meio de exposição, os fungos colonizaram intensamente a superfície dos módulos," conta a pesquisadora. "Verificamos que até cerca de 50% da 'poluição' depositada sobre os painéis pode ser composta por matéria orgânica e que os fungos são preponderantes em relação aos organismos fototróficos."

"A 'sujeira' depositada sobre os módulos na verdade é composta de um biofilme de bactérias e fungos," explica. "A maioria dos fungos encontrados possui melanina na sua parede celular, o que lhes dá uma coloração escura. Por isso, o crescimento deles reduz a passagem da luz solar para as células fotovoltaicas e, portanto, diminuem a eficiência dos módulos. Como esses microrganismos também produzem exopolissacarídeos, que são compostos com aspecto mucoso, ele favorecem a adesão de outros materiais particulados atmosféricos, o que bloqueia ainda mais a passagem da luz solar."

A pesquisadora diz que a limpeza periódica dos módulos fotovoltaicos é importante para retirar essa comunidade microbiana, assim como as partículas atmosféricas de origem abiótica.

Além disso, os resultados do trabalho apontam para a necessidade de investigar e investir em pesquisas com vidros que tenham a capacidade de evitar a formação desses biofilmes, pois muitas vezes os módulos fotovoltaicos estão situados em locais de difícil acesso para limpeza periódica.

BIBLIOGRAFIA/REFERENCES:

Avaliação da influência de biofilmes (fungos e fototróficos) na eficiência energética de módulos fotovoltaicos
Márcia Aiko Shirakawa, Vanderley Moacyr John, Rafaela dos Santos, André Ricardo Mocelin, Roberto Zilles
Anais do IV Congresso de Energia Solar e V Conferencia Latino-Americana da ISES
http://www.iee.usp.br/biblioteca/producao/2012/Trabalhos/shirakawaavaliacao.pdf

Indústria conectada (Industry connected)!



Trabalhadores organizam pedaços de tecido em máquinas têxteis de bordar, no interior de uma fábrica de roupas do Grupo Esquel,  na província de Binh Duong, Vietnam. Essa província atraiu investimentos diretos de estrangeiros da ordem de US$ 896 milhões nos cinco primeiros meses deste ano!
(Workers arrange pieces of fabric under embroidery machines inside the Esquel Group garment factory at the Vietnam-Singapore Industrial Park in Thuan An, Binh Duong province, Vietnam. The southern province of Binh Duong attracted $896 million in foreign direct investment in first five months of this year). Fonte/Image: IDEAS LAB.


Não são somente os robôs que mudam a indústria. Recentemente, a GE divulgou a quarta edição de seu estudo anual Barômetro Global da Inovação. Um dos destaques da pesquisa, que 3.209 executivos em 26 países (incluindo o Brasil), foi a percepção dos entrevistados sobre se estamos ou não vivendo uma nova revolução industrial.

As opiniões ficaram divididas. Foi pedido que os entrevistados avaliassem a seguinte afirmação: “Vivemos atualmente uma nova revolução industrial no encontro entre o hardware e o software, uma mudança histórica na era da fabricação avançada e da internet industrial”.

Para 52%, a frase é verdadeira, enquanto que, para 42%, existe um exagero nela, pois estaríamos vivendo uma evolução técnica contínua, e não uma revolução. Para os 6% restantes, a afirmação é falsa, pois a nova revolução industrial não passaria de um mito.

Uma das faces dessa revolução seria a “internet industrial”, expressão cunhada pela própria GE. O conceito seria a versão para máquinas pesadas do fenômeno que vem sendo chamado de “internet das coisas”, em que todo tipo de equipamento e produto passa a ser conectado à internet, e não somente computadores e telefones.

A incorporação de sensores e aplicação de técnicas de análise de dados a equipamentos como motores e turbinas prometem aumentar a eficiência, reduzir custos e evitar falhas. “Já atendemos novos clientes no Brasil com esse conceito”, afirmou Adriana Machado, vice-presidente de Assuntos Governamentais e Políticas Públicas da GE para a América Latina.

Apesar disso, o conhecimento a respeito desse assunto ainda não é grande. Do total dos entrevistados, 44% disseram nunca ter ouvido falar de “internet industrial”, enquanto 25% disseram ter uma estratégia ou processo parcial ou totalmente preparado para isso.

Mesmo a chamada internet das coisas ainda é novidade em qualquer lugar do mundo. Conversei com Alessandro Cunha, diretor de tecnologia da TechTraining sobre casos interessantes que estão sendo desenvolvidos fora do Brasil.

Um exemplo é a empresa Streetline, que desenvolveu parquímetros inteligentes, com sensores, integrados a aplicativos de celular. O motorista pode consultar onde existe uma vaga disponível no lugar em que está indo, reservar a vaga pelo smartphone e pagar para estacionar nela. O carro não precisa ter nenhum sensor, pois a checagem do tempo em que o automóvel fica na vaga é feita pelo sistema de localização do próprio celular.

Por aqui, ainda existem poucos exemplos práticos nessa área. O evento ESC Brazil, que acontece nos dias 26 e 27 de agosto em São Paulo, vai discutir, entre outros temas, os motivos disso. Para Cunha, a falta de fabricantes de chips no País é um dos fatores que dificultam o desenvolvimento de soluções brasileiras.

Obstáculos

Os cinco principais obstáculos à inovação no Brasil são, de acordo com os executivos ouvidos no estudo da GE, o peso da regulação do governo, a disponibilidade de cientistas e engenheiros, o porcentual de impostos em relação aos lucros, a qualidade da educação em matemática e ciência e a qualidade da infraestrutura em geral.

Fonte: Renato Cruz (Estadão).

segunda-feira, 28 de julho de 2014

Torre que transforma umidade do ar em água potável tem versão melhorada (WARKA WATER 2: a new version to a tower that transforms humid air into drinkable water)!

O projeto deve ajudar comunidades que sofrem com a falta de água na Etiópia.

Projeto pode ser aplicado em regiões como Etiópia, onde há escassez considerável de água.
Imagem: Divulgação.

Água potável é um bem que ainda não está acessível a todas as pessoas no mundo. Pensando em uma solução prática para este problema, o arquiteto italiano Arturo Vittori criou a WarkaWater, uma torre que capta o vapor de água atmosférico e o transforma em água própria para o consumo. A ideia deu tão certo, que ele já desenvolveu uma versão melhorada do modelo.

O sistema não consiste em alta tecnologia. Pelo contrário, ele é tão simples que pode ser replicado em qualquer lugar. O melhor é que, além de ser eficiente, o WarkaWater, nas duas versões, é bonito, assemelhando-se a uma grande escultura.

O projeto foi pensado para ajudar comunidades que sofrem com a falta de água na Etiópia. Apesar de ainda não terem sido instalados no continente africano, os arquitetos já providenciaram a construção de um protótipo do WarkaWater2 no Instituto Italiano de Cultura e pretendem levá-lo para a Etiópia já em 2015.


Imagem: Divulgação.

O site do projeto explica que toda a estrutura pesa, em média, 90 quilos, divididos em cinco módulos. Para facilitar a sua instalação em locais de difícil acesso, não é necessário utilizar andaimes ou equipamentos elétricos. A estimativa é de que o WarkaWater2 seja capaz de coletar cem litros de água por dia, provenientes da chuva, orvalho e neblina.

Imagem: Divulgação.

Fonte: CICLO VIVO (28/07/14).

Com apenas uma função, aplicativo Yo vira hit e empolga mercado (New Yo APP: its show just one function, turns a Hit and excites the market)


App foi criado em duas horas e não faz nada além de mandar um alerta em forma de ‘Yo’, mesmo assim, é visto por especialistas como o futuro da comunicação móvel; no total, empresa israelense responsável recebeu US$ 1,5 milhão em investimentos 
IMAGEM: Reprodução



Não é de hoje que a simplicidade é uma espécie de mantra no mercado de tecnologia. Mas talvez nem os mais fervorosos seguidores de Steve Jobs pudessem prever o sucesso do Yo, aplicativo que se tornou hit nos EUA ao levar a simplicidade ao extremo e ter como função o envio de uma única palavra: Yo.

Há três meses no ar, o Yo (gíria em inglês que significa “oi”) viralizou. Chegou ao topo da Apple App Store, alcançou 2,2 milhões de usuários pelo mundo – 1% deles no Brasil – e recebeu US$ 1,5 milhão de investidores renomados, incluindo Pete Cashmore, do site Mashable, dois executivos da chinesa Tencent, dona do app de mensagens WeChat, e o fundo Betaworks (cujo portfólio inclui o BuzzFeed e o Airbnb). O valor de mercado da empresa é estimado em US$ 10 milhões.

Para alguns, o Yo é apenas um modismo. Para outros é o maior exemplo de como vamos nos comunicar no futuro.

Os críticos classificam o app com palavras como “estúpido” e “enjoativo”, dizem que o investimento recebido mostra a existência de uma nova bolha na tecnologia e que o Yo será o novo Flappy Bird – jogo que viralizou em um mês, chegou a faturar US$ 50 mil com publicidade por dia e foi retirado do ar por seu criador vietnamita por atrapalhar sua “vida simples”.

“É difícil dizer se há uma bolha. O que é certo é que uma pessoa normal vai questionar por que um app social vale tanto ou por que investidores preferem colocar dinheiro nele do que em algo que traga benefícios tangíveis para a sociedade”, diz o consultor de tecnologia do governo britânico e editor da revista The Next Silicon Valley, Nitin Dahad, que falou ao Estado por e-mail.

“Mais relevante que o valor do investimento é a ‘valuation’ (valor de mercado) que a empresa obteve num estágio tão inicial. Mas não acredito que seja um sinal de bolha, pois eles terão de provar com números os seus resultados”, diz o investidor Cássio Spina, da Anjos do Brasil.


CLIQUE AQUI para ver o caminho de uma STARTUp como a YO, buscando investimento!
Fonte: Estadão (28/07/14).

sábado, 26 de julho de 2014

Geladeira portátil tem paredes dobráveis e pode ser carregada com energia solar (A new portable fridge model with folding walls and can be solar charged)

Reprodução
Geladeira pode ser carregada com energia solar ou em tomada padrão (Reprodução: Estadão).

Esqueça aquelas caixas térmicas pesadas e o uso de gelo para conservar alimentos e bebidas durante um programa ao ar livre. Um empreendedor dos Estados Unidos desenvolveu uma geladeira portátil que pode ser carregada com energia solar. O projeto buscou ajuda no site de financiamento coletivo Indiegogo e as entregas dos primeiros produtos devem começar em outubro.

O produto chamado de Anywhere Fridge é composto de quatro paredes de metal dobráveis e vem com uma alça para facilitar o transporte. As baterias podem ser carregadas com energia solar, mas o usuário também pode utilizar uma tomada padrão, a entrada de energia do carro ou utilizar entradas USB.

O produto será vendido em dois tamanhos com temperatura programável entre -22º a 23º. O usuário ainda poderá acionar a função de congelamento rápido. O projeto foi lançado no Indiegogo em maio e terminou no dia 18, com a arrecadação de US$ 121 mil de 458 apoiadores.

Durante a campanha, o Anywhere foi vendido por US$ 199 no tamanho menor e por US$ 499 no modelo maior. O valor é US$ 100 mais barato que o preço que o produto deve chegar ao varejo. A geladeira portátil pode ser utilizada para acampamentos, passeios em parques, praias ou até mesmo para uma ida ao supermercado.

Confira AQUI um vídeo desse produto!

Fonte: ESTADÃO (Tecnologia) - 26 de Julho de 2014.

sexta-feira, 25 de julho de 2014

México é o último e Estados Unidos está entre os piores em eficiência energética (Energetic Efficiency: Mexico is the last and USA is among the worst)!


O México ocupa o último lugar em uma nova classificação sobre eficiência energética de 16 das maiores economias do mundo, na qual a Alemanha aparece em primeiro lugar e os Estados Unidos em décimo-terceiro. Ao divulgar sua classificação, o Conselho Norte-Americano por uma Economia de Energia Eficiente (ACEEE), uma organização sem fins lucrativos, considerou a ineficiência deste país “uma tremenda perda” em recursos e dinheiro.

As 16 economias estudadas são Alemanha, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Espanha, Estados Unidos, França, Grã-Bretanha, Índia, Itália, Japão, México, Rússia e a União Europeia como bloco. A qualificação se baseou em 31 indicadores referentes a medidas de eficiência adotadas pela legislação em cada economia, bem como nos setores industrial, do transporte e da construção.

“Um país que utiliza menos energia para obter os mesmos ou melhores resultados reduz seus custos e a contaminação, e gera uma economia mais forte e competitiva”, diz o informe do ACEEE. “A eficiência energética desempenha um papel na economia dos países desenvolvidos há décadas, mas a eficiência energética rentável continua sendo um recurso muito subutilizado”, acrescenta o documento.

Embora a Alemanha tenha obtido maior pontuação global, com 65 em 100 pontos possíveis, e ficado em primeiro lugar no setor da “indústria”, a China se destacou na categoria “construção”, a Itália no “transporte”, e França, Itália e União Europeia empataram no item “esforço nacional”. O México ficou em último lugar, seguido por Brasil, Rússia e Estados Unidos, com o 13º lugar.

Rachel Young, analista de pesquisa do ACEEE, reconheceu que o governo dos Estados Unidos adotou no último período importantes medidas para limitar as emissões de carbono, especialmente das centrais de energia existentes. Porém, recomenda que Washington “coloque em prática um objetivo nacional de poupança energética, fortaleça a elaboração de códigos de construção-modelo, apoie a educação e formação no setor industrial, e priorize a eficiência energética no transporte”. Estas medidas reduziriam as emissões, economizariam dinheiro e gerariam postos de trabalho, assegurou.

Historicamente, o ACEEE se dedicou a melhorar a situação da energia nos Estados Unidos. Mas a nova classificação, divulgada no dia 17, insiste que a eficiência energética é um bom investimento ambiental e financeiro, algo que pode ser aplicado a outras economias.

Solar PanelMother and Child

O Worldwatch Institute, um centro de pesquisa com sede em Washington, é uma de muitas organizações dedicadas ao desenvolvimento internacional que adotaram esse enfoque. “Acreditamos que a eficiência energética é uma das maneiras mais rápidas de os países aproveitarem ao máximo o consumo de energia”, afirmou Mark Konold, diretor de projetos do Caribe no Worldwatch.

“O quilowatt/hora mais importante é aquele que não precisa ser produzido”, acrescentou Konold, em conversa com a IPS. A eficiência energética pode ser um sábio investimento econômico para governos e indivíduos por igual, citando exemplos do Caribe, da África Ocidental, América Central e América do Sul.

“Sobretudo nos países insulares, que têm enormes contas de energia, a eficiência energética pode fazer muito para reduzir a carga financeira” das pessoas, pontuou Konold. “Algo tão simples como a instalação de janelas pode melhorar a eficiência dos edifícios” nesses Estados. O Worldwatch Institute e outras organizações consideram que a eficiência energética é um elemento essencial na agenda da sustentabilidade.

Fonte: Inter Press Service (via Agência Envolverde). 

Saiba mais sobre o assunto acessando o LINK da SE4ALL!

Uma breve análise sobre a questão energética no Brasil (Energy matrix and production in Brazil: a brief analysis)


O Brasil chegou a uma capacidade de geração elétrica ao redor de 127GW (giga Watts) em dezembro de 2013 segundo dados do MME – Ministério de Minas e Energia. Para 2020, a ideia é crescer 50%, aproximadamente, supondo uma taxa de crescimento em torno de 4,5 a 5% ao ano. Como sustentar esse crescimento? Quais fontes energéticas serão mais sustentáveis, não só do ponto de vista ambiental, mas também do econômico?

Por CARLOS SANCHES (24/07/14)
"Para que um país cresça e se desenvolva nos setores econômico, industrial e social, um dos pontos mais importantes é a sua capacidade de suprir a demanda energética. Atualmente, com relação a esse item, apenas isso não basta. Temos de olhar com muita atenção para as questões ambientais inseridas nesse contexto. Se, de um lado, é importante preservar o meio ambiente, e realmente é, de outro, a demanda por energia aumenta substancialmente.

Para tanto, planejamento é fundamental. Temos um grande potencial hidrelétrico (260 GW), 70% ainda não explorado - a maioria na região amazônica; os melhores ventos do mundo circulam por aqui; nosso potencial solar é maravilhoso; várias culturas de biomassa estão em nosso país; estamos sempre entre a 5ª e 7ª reserva de urânio do mundo; e também temos as reservas do pré-sal e de gás natural ainda por explorar – sem falar no polêmico gás de xisto (shale gas). 

A nossa variedade climática nos ajuda muito também. Isso permite, por exemplo, que o ONS (Operador Nacional do Sistema) possa organizar a produção, por parte das usinas, e o fornecimento de energia para os consumidores de forma mais racional, pois o nosso sistema elétrico é interligado. O ONS é o responsável pela operação do sistema elétrico brasileiro gerenciando os recursos energéticos de acordo com a oferta e a demanda do sistema.

A capacidade instalada atual das usinas hidrelétricas - de acordo com o MME - é de 86 GW, ou seja, 67,7% do total, o que revela a importância dessa fonte para o país. A maior parte delas foi construída nas décadas de 1970 e 1980, época em que as questões ambientais estavam apenas engatinhando. Hoje, temos um quadro bem diferente: as questões ambientais ganharam muita força e a simpatia da sociedade civil o que, no caso das hidrelétricas com reservatório, força-nos a repensá-las.

Usinas hidrelétricas com grandes reservatórios produzem energia que é conhecida como despachável - pode ser armazenada, neste caso, sob a forma de “água represada”-; já as usinas a fio d’água - que estão sendo construídas atualmente no país e têm reservatórios de pequena capacidade - dependem muito mais da vazão do rio, ou seja, são muito vulneráveis às condições climáticas e, no caso de estiagem, não terão reserva de água para funcionar e fornecer energia. Portanto, usinas a fio d’água representam um ganho ambiental, mas uma insegurança quanto ao fornecimento contínuo de energia.

As outras formas de energia despachável que temos à disposição são a nuclear e as térmicas a combustíveis fósseis. Solar e eólica, que são as fontes renováveis mais utilizadas no mundo, não são despacháveis - até o momento não se consegue armazená-las. Portanto, elas não podem garantir a segurança no fornecimento de energia.

Outro ponto muito importante, pouco abordado e incentivado pelo nosso governo, é a energia distribuída, ou seja, não centralizada. Deveríamos investir muito mais nesse tipo de fonte energética que é uma forma inteligente e estratégica de desafogar o sistema centralizado. Haveria menores impactos ao meio ambiente e um maior controle de gastos já que cada brasileiro consumidor de energia teria informações em tempo real através de uma rede inteligente conhecida por smart grid. Além disso, o smart grid contribuiria com outro assunto não muito em pauta que é a tão necessária eficiência energética. 

Enfim, existem várias opções num país tão diverso, inclusive no clima. Resta saber se o clima e o meio ambiente políticos vão contribuir para um “tempo bom e ensolarado” no setor energético".

Pelo de poodle produz lã e roupas para mascotes

Com informações da Agência USP de Notícias - 18/07/2014
Pelo de poodle produz lã e roupas para mascotes
Roupas para pets feitos com lã de pelo de poodle.[Imagem: Renato Nogueirol Lobo]

De pet para pet

Os pelos dos cães da raça poodle apresentam características virtualmente idênticas à lã de carneiro, e podem ser utilizados pela indústria têxtil para fabricar tecidos e roupas para os próprios bichinhos de estimação.
Foi o que demonstrou Renato Nogueirol Lobo, da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da USP.
Como os poodles já são rotineiramente "tosquiados" por seus donos, a lã poderá ser aproveitada sem nenhum inconveniente para os animais.
"Trata-se de uma alternativa para diminuir a quantidade de pelos descartados em pet shops por meio da reciclagem desses resíduos, que devem ter coleta especial," justifica o pesquisador.
Segundo Renato, para produzir uma tonelada de fio são necessários 600 quilos de pelos de poodle, uma quantidade obtida com a tosa de cerca de 800 animais.
"Os fios poderiam ser usados para produzir qualquer tipo de roupa, mas o foco do projeto é a reciclagem do pelo de cachorro para fazer roupa para outros mascotes," acrescenta.

Lã de pelo de poodle

Em comparação com as lãs tradicionais, os pelos de poodle são fiáveis em fibra curta, entre 12 e 40 milímetros, enquanto os de carneiro são fiáveis em fibra longa, entre 40 e 80 milímetros.
Os testes mostraram que o fio resultante é semelhante ao fio da lã de carneiro em relação à maciez, tingibilidade - capacidade de receber corante -, alongamento, absorção de líquido e isolamento térmico.
"Um leigo não conseguiria diferenciar um fio que foi confeccionado com pelo de poodle de um fio confeccionado com o de carneiro. Apenas pessoas com conhecimento técnico poderiam perceber a diferença ao analisar o fio e constatar que se trata de uma fibra curta", disse Renato.
Os melhores resultados foram obtidos com a mescla de lã de poodle e acrílico, produzindo um fio com 50% de pelos de poodle e 50% de acrílico.
Renato ainda não tem um plano de negócios com vistas a explorar comercialmente sua ideia, que dependeria da coleta dos pelos em diversos pet shops. Os testes iniciais foram feitos em parceria com uma indústrai têxtil.

Geometria não é mais limitador para fabricação de peças

Redação do Site Inovação Tecnológica - 25/07/2014

Geometria não é mais limitador para fabricação de peças
Aletas para motores de avião ficaram mais leves e dispensaram todo o complicado sistema de fixação. [Imagem: Fraunhofer ILT]

Fabricação aditiva

Ao projetar uma peça para um equipamento, os engenheiros primeiro precisam se certificar que a fabricação do novo componente é viável - ou mesmo possível.
A principal técnica para isso é a chamada "fabricação subtrativa" - um bloco do material é desbastado por fresagem ou torneamento.
Além de envolver uma grande perda de material, esses processos impõem restrições geométricas, limitando o formato das peças que podem ser produzidas.
Mas isto agora está mudando, graças à "fabricação aditiva".
"Agora podemos mudar este paradigma e, em vez de projetar para a fabricação, podemos oferecer uma 'fabricação para o projeto'," diz o Dr. Ingomar Kelbassa, do Instituto Fraunhofer de Tecnologias a Laser, na Alemanha.
Isto significa que a indústria poderá fabricar componentes que simplesmente não podiam ser produzidos até agora.
A técnica está sendo conhecida como Fusão Seletiva a Laser (SLM - Selective Laser Melting).

Fusão Seletiva a Laser

O calor do laser é aplicado passo a passo através de uma camada de pó do material, traçando a forma do componente dentro dessa camada específica.
Ao ser atingido pelo laser, o pó inicialmente se funde e, em seguida, solidifica-se novamente para formar uma massa sólida. Desta forma, o componente é construído camada por camada.
Mesmo para o caso de uma peça que possa ser produzida por usinagem, a peça fabricada pelo novo processo fica cerca de 30% mais leve porque não há material excedente.
Os pesquisadores agora estão trabalhando com uma equipe especializada para integrar o processo de fabricação aditiva a laser em uma cadeia contínua, pronta para atender às necessidades da indústria.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Califórnia anuncia multa diária de US$ 500 para quem desperdiçar água
17 de Julho de 2014



Na última terça-feira (15), legisladores na Califórnia (EUA) aprovaram a penalidade diária de 500 dólares a todos os moradores que forem pegos desperdiçando água. O valor, que é de cerca de 1.200 reais, faz parte de uma tentativa mais agressiva para conscientizar a população sobre a necessidade de economia.
Há três anos consecutivos a região sofre com a escassez de água, sendo esta a maior seca em 119 anos. A crise afeta a agricultura e a floresta, além dos moradores de muitas comunidades no estado norte-americano. No início do ano, o governador do da Califórnia, Jerry Brown, declarou estado de emergência.
A multa surge como uma medida para conter o desperdício. Ela será aplicada a quem regar os jardins, lavar o carro ou a calçada sem fechamento de bico, manter fontes decorativas com água tratada. Apesar de alguns municípios terem imposto metas de redução, a punição não será válida para o uso que os moradores fazem no interior de suas casas. Segundo reportagem da Uol, caberá às agencias locais de fornecimento de água, averiguarem e multarem a população.
300 mil litros de água desperdiçada
O nome Lady Gaga associado às polêmicas é quase proporcional ao sucesso que a cantora faz no mundo pop da música. Em abril, a artista chamou atenção com a gravação de um clipe onde teria gasto 300 mil litros de água.
O caso talvez passasse despercebido se ela não tivesse usado água justamente da piscina Netuno no Hearst Castle, em San Simeon, Califórnia. A princípio a água não seria reutilizável para irrigação por conter cloro, entretanto foi feita uma cloração de luz para que pudesse ser aproveitada.
Talvez como tentativa de minimizar a imagem negativa causada, nesta quarta-feira (16), foi divulgado um vídeo em que Lady Gaga lança uma mensagem para a preservação da água, confira abaixo:

Helsinque quer estar livre de carros até 2025


15 de Julho de 2014



O projeto pretende transformar o transporte coletivo em uma estrutura mais personalizada e prática.


A capital finlandesa, Helsinque, pretende estar praticamente livre dos carros até 2025. A saída para alcançar este objetivo: tornar o transporte público tão eficiente, que os moradores não terão vontade de tirar seus automóveis particulares da garagem.
O projeto pretende transformar o transporte coletivo em uma estrutura mais personalizada e prática, conforme informado pelo jornal britânico The Guardian. Todos os diferentes modais oferecidos pelas autoridades públicas devem ser interligados, ao mesmo tempo em que os usuários conseguem ter acesso aos horários, trajetos e demais informações por um aplicativo no celular.
A tecnologia não servirá apenas para informar, mas ela também deve permitir que os passageiros solicitem paradas de ônibus fora dos pontos, para maior comodidade. Através do aplicativo, a população também pode pedir, usar e pagar por outros tipos de serviços, como táxis, bicicletas e até carros de aluguel.

Atualmente a cidade europeia já possui um serviço de micro-ônibus em que os usuários especificam seus próprios pontos através do aplicativo e a informação é transmitida ao motorista. Mas, Helsinque pretende ir ainda mais longe.

Mesmo que a proposta seja promissora, ainda existem críticos que enxergam a medida como um tanto segregadora, a partir do momento em que restringe as facilidades às pessoas que possuem smartphones. Independente disso, a proposta de tornar o sistema mais eficaz já é um exemplo para outras cidades do mundo que precisam de renovações no sistema de transporte coletivo para atrair ainda mais a população.


Redação CicloVivo

Britânico constrói bicicleta com madeira reaproveitada

22 de Julho de 2014


O designer britânico Rowan Tindale se tornou um especialista na fabricação de bicicletas a partir de materiais reaproveitados. Apelidado de Sustrans, o modelo tem a madeira residual de itens marítimos como principal matéria-prima.
A inspiração para Tindale veio de sua própria cidade, Brighton, localizada na costa britânica e que possui influência direta da pesca e do mar no estilo de vida de seus moradores. Assim sendo, o designer enxergou enorme potencial nos materiais residuais deste setor.
“Trabalhar com materiais recuperados é crucial para a sustentabilidade de um projeto. Isso também mostra o potencial que as bicicletas de madeira têm para serem produzidas de maneira mais econômica”, justifica o designer na página do projeto.
A Sustrans tem todo o seu quadro feito artesanalmente em madeira. Por usar matéria-prima reaproveitada, é possível que a peça tenha cores diversas em um mesmo exemplar, o que dá um charme especial. Além da madeira, Tindale também utiliza resina ecológica. Os outros equipamentos, como coroa, corrente, guidão e pedais também são de segunda mão.

Fotos: Divulgação
A bicicleta mantém um design simples e elegante, com formas tradicionais. O designer ainda oferece a opção de uma cesta extra, também feita com material reaproveitado, que pode ser acoplada à bicicleta para auxiliar o transporte de materiais.

Foto: Divulgação
Redação CicloVivo

Bairro solar na Alemanha produz quatro vezes mais energia do que consome

23 de Julho de 2014



O condomínio é capaz de produzir quatro vezes mais energia do que consome.


O bairro solar Schlierberg, em Friburgo, Alemanha, é capaz de produzir quatro vezes mais energia do que consome, provando que uma construção ecológica pode ser muito lucrativa.
O condomínio é autossuficiente em energia e atinge isso através do seu projeto de energia solar, que utiliza painéis fotovoltaicos dispostos na direção correta. Parece uma estratégia simples mas, geralmente, os projetistas pensam nas instalações solares tardiamente, e dessa forma os painéis perdem parte de sua eficiência.



A vila, projetada pelo arquiteto alemão Rolf Disch, enfatiza a construção de casas e vilas que planejam as instalações solares desde o início do projeto, incorporando inteligentemente uma série de grandes painéis solares sobre os telhados. Os edifícios também foram construídos dentro das normas de arquitetura passiva, o que o permite produzir quatro vezes a quantidade de energia que consome.
O condomínio, com cerca de 11 mil m2, possui densidade média, tamanho balanceado, acessibilidade, espaços verdes e exposição solar.



Ao todo são 59 residências e um grande edifício comercial, chamado Solar Ship, que criam uma região habitável com o menor impacto ambiental possível. Nove das residências são apartamentos localizados na cobertura do edifício comercial. As residências multifamiliares possuem entre 75 e 162 m2.
Todas as casas são de madeira e construídas apenas com materiais de construção ecológicos. O conceito de cores foi desenvolvido por um artista de Berlim, Erich Wiesner.



As casas têm grande acesso ao aquecimento solar passivo e utilizam a luminosidade natural. Cada casa possui uma cobertura simples, com beirais largos, que permitem a presença do sol durante o inverno e protegem as casas durante o verão. Tecnologias avançadas como o isolamento a vácuo, aumentam o desempenho térmico do sistema da construção.
As coberturas possuem sistemas de captação de água da chuva. A água é utilizada na irrigação de jardins e nas descargas de vasos sanitários. Os edifícios também utilizam lascas de madeiras para o aquecimento no inverno, diminuindo ainda mais o impacto no ambiente.

As instalações permanecem livres de carros, graças à garagem abaixo do edifício comercial, onde é organizado um sistema de compartilhamento de automóveis.



Mayra Rosa - Redação CicloVivo

Agora a sucata virou realmente uma oportunidade

Fábrica da Embraco
Fábrica da Embraco: nova empresa para fabricar produtos acabados tendo como base a sucata.

Durante as últimas duas décadas, a Embraco, maior fabricante mundial de compressores para refrigeração, reciclou, em sua fábrica na cidade catarinense de Joinville, cerca de 3 milhões de compressores. Feito basicamente de ferro, alumínio e aço, o aparelho é o responsável por manter a temperatura de uma geladeira doméstica.

Ao longo desse período, a empresa ganhou dinheiro e se certificou de que 27.000 toneladas de chapas e barras de metal fossem reutilizadas por siderúrgicas.

Há pouco mais de um ano, porém, 80 funcionários da empresa passaram a se dedicar a um projeto mais ambicioso: coletar não só compressores mas também qualquer eletrodoméstico da linha branca e transformá-lo em produto acabado, como tampas para motor de geladeira, ferramentas para jardinagem ou hélices para ventiladores — itens nada charmosos, mas imprescindíveis para algumas indústrias.

O projeto deu origem a uma nova companhia — a Nat.Genius, que já nasce com uma receita estimada em 70 milhões de reais para 2014. “Nossa intenção é levar o conceito de reciclagem no Brasil para outro patamar”, diz o executivo Marcos Lima, diretor de novos negócios da Embraco e também da Nat.Genius.

Se bem-sucedida, a Nat.Genius, negócio que só neste mês a Embraco torna público para o mercado brasileiro, será um dos primeiros no país a pôr em prática um conceito que tem ganhado popularidade no mundo — o da economia circular, um dos temas mais debatidos durante um encontro promovido pelo Fórum Econômico Mundial, na China, em setembro de 2013.

Para saber mais, clique aqui (leia a matéria completa)!

Fonte: EXAME (24-07-14).