terça-feira, 30 de setembro de 2014

Universitários americanos criam café para comer

Barra de cereais tem a mesma cafeína contida em duas xícaras de expresso

ESTADÃO PME

Coma seu café. É assim que estudantes da Boston’s Northeastern University querem vender a sua barra de cereais com café, a Coffeebar. Segundo os criadores Ali Khotari e Johnny Fayad, ambos calouros da faculdade, eles estavam cansados de acordar às 8h para uma aula de contabilidade sem nada no estômago. "Queríamos uma solução simples e nutritiva para nos nutrir sem sacrificar o nosso tempo", eles afirmam na página do projeto no kickstarter.

A solução foi criar eles mesmos uma barra de cereal que venha com café. Além dos ingredientes comuns, como castanhas de caju, chocolate, canela, aveia, tâmaras e semente de chia, além de café. Cada barra de Coffebar tem o equivalente a 102 mg de café, ou 2 xícaras de expresso.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Ciclovia inaugurada em SP há um mês recebe mais de mil ciclistas em um dia (Bike path opened in São Paulo city a month ago received more than a thousand cyclists in just one day)!

A ciclofaixa da Rua Vergueiro foi utilizada por 1.021 ciclistas em um dia.

Ciclofaixa da Rua Vergueiro foi utilizado por 1021 ciclistas em apenas um dia!
[The Vergueiro Street bike lane was used by cyclists in 1021 in just one day!]
Imagem: Divulgação.

As ciclovias e ciclofaixas que têm sido instaladas na cidade de São Paulo estão constantemente no topo dos debates entre paulistanos. Se por um lado os ciclistas comemoram, ainda existem muitos cidadãos contrários às construções. Um dos principais argumentos avesso às estrutura é o de que elas estão quase sempre vazias, enquanto as faixas dos automóveis permanecem congestionadas.

Diante disso, a Associação dos Ciclistas Urbanos de São Paulo (Ciclocidade) fez uma pesquisa para analisar o uso e o perfil dos ciclistas que passam diariamente por algumas essas vias. Diferente do que acontece nas ciclofaixas de lazer, as novas estruturas são definitivas e proporcionam um espaço exclusivo para bicicletas durante todos os dias da semana.

A ciclofaixa da Rua Vergueiro, que antes era usada como faixa exclusiva para motocicletas, foi inaugurada há um mês. Apesar de ser recente, no dia dois de setembro a via foi utilizada por 1.021 ciclistas, entre 6h e 20h. Os horários de pico, entre 8h e 9h e entre 18h e 19h, foram os momentos com mais fluxo cicloviário.

A faixa exclusiva da Avenida Inajar de Souza recebeu ainda mais ciclistas. A pesquisa foi realizada na via da Zona Norte de São Paulo em nove de setembro, quando passaram por lá 1.410 ciclistas, uma média de 94 bicicletas por hora.

A terceira ciclovia analisada foi na Avenida Eliseu de Almeida, zona oeste da cidade. Mesmo sem ter o seu percurso total finalizado, a pista, inaugurada há três meses, recebeu 888 ciclistas, entre as 6h e 20h.

A prefeitura de São Paulo promete entregar 400 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas até o final de 2015. Além disso, o secretário de Transportes, Jilmar Tatto, prometeu entregar bicicletários em todos os 28 terminais de ônibus da cidade, para facilitar o uso da bicicleta combinado com o ônibus.

Fonte: CICLOVIVO.

Designers reaproveitam barris de uísque para fabricar skate (Designers reinvent ecological skateboards using barrels of whiskey)!

Mais do que diversão, o skate pode ser um meio de transporte eficaz nas grandes cidades.

Um skate feito com o reaproveitamento da madeira de barris é a ideia que surgiu na Califórnia (EUA) para dar forma a um veículo ecológico e prático. A mente criativa dos idealizadores do produto que buscavam um design “fora da caixa” aliado ao conceito da sustentabilidade.

Mais do que diversão, o skate pode ser um meio de transporte eficaz nas grandes cidades. O veiculo facilita a locomoção, é rápido e ainda não polui. Poder usar materiais reaproveitados e controlar todo o processo de produção era tudo que os designers Nash Finley e George McDonough queriam quando se formaram em Desenho Industrial.

Juntos criaram o veículo e batizaram de Hepcat. O modelo passou alguns anos em desenvolvimento, foi aperfeiçoado e chegou à plataforma de financiamento coletivo Kickstarter, alcançando este mês um valor que foi além da meta estipulada.

“Nós pesquisamos os mercados e tropeçávamos na necessidade de uma nova abordagem sustentável para o skate. A necessidade de um meio de locomoção portátil está em crescimento em grande parte das cidades e a popularidade do skate como um meio de transporte está começando a crescer também”, explica os designers.  
Apaixonados pelo skate, eles têm consciência das barreiras que devem enfrentar para engajar mais consumidores. “Tradicionalmente skatistas foram desprezados por serem ‘vândalos e desajustados’. Carregar um skate tradicional para uma reunião profissional nem sempre deixa a melhor impressão. Nosso objetivo é reformular a maneira como as pessoas veem o skate”.

Com três modelos disponíveis, os criadores afirmam que o maior desafio em trabalhar com material recuperado é correr mais riscos de entregar algum produto com defeito. Neste caso, o modelo será substituído imediatamente. “Vamos explorar e implementar materiais alternativos, técnicas de fabricação e pensar o design fora da caixa, enquanto aderimos aos valores da sustentabilidade”.

Fonte: CicloVivo.

Novo motor transforma diretamente eletricidade em rotação (New motor turns electricity directly into rotation)!

Motor eletrostático transforma diretamente eletricidade em rotação
No motor eletrostático, somente o eixo gira, simplificando o projeto e reduzindo drasticamente a manutenção pela diminuição das partes móveis.
(In the electrostatic motor, just the shaft rotates, simplifying the design and reducing dramatically maintenance by decreasing moving parts).
[Image: Dan Ludois]


Movimento sem contato

O engenheiro Dan Ludois (*), da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, conseguiu tornar prático um conceito de motor elétrico perseguido há séculos.

Benjamin Franklin e vários outros descreveram os princípios de funcionamento e construíram protótipos de motores elétricos baseados em forças eletrostáticas nos séculos 18 e 19.

Mas ninguém havia conseguido torná-los práticos.

As vantagens de um motor eletrostático são várias, a principal das quais sendo a possibilidade de movimentar coisas sem contato. Mas esses motores também têm potencial para serem mais baratos, mais leves e desgastarem-se muito menos.

Motor eletrostático

Nos motores elétricos tradicionais, a eletricidade é convertida em movimento mecânico giratório através do magnetismo.

No motor eletrostático, os campos elétricos são convertidos diretamente em movimento giratório.

"Uma carga se acumula na superfície dos pratos, e se você puder manipular a carga, você pode converter a eletricidade em movimento rotativo ou transferir a potência elétrica de um conjunto de pratos para outro," explica Ludois.

Foi justamente isso que ele conseguiu fazer, justificando que seu feito foi possível graças a inovações que incluem um controle eletrônico preciso das altas tensões e da alta frequência do campo elétrico, além de conhecimentos recentes no campo da mecânica dos fluidos.

Os pratos são separados por uma distância equivalente à espessura de um fio de cabelo, e são mantidos separados durante o funcionamento do motor por um colchão de ar, semelhante ao que evita que a cabeça de leitura de um disco rígido toque a superfície dos pratos e destrua o disco.

Gerador eletrostático

Como motores elétricos e geradores de eletricidade são essencialmente imagens espelhados uns dos outros, o motor eletrostático também poderá ser usado como gerador em turbinas eólicas, por exemplo.

(*) Ludois já fundou uma empresa, a C-Motive Tecnologies, para comercializar seu motor/gerador.

Fonte: Inovação Tecnológica.

São Paulo: o Aquífero Guarani está em perigo (São Paulo: the Guarani Aquifer is in danger)!


140912-Aquífero
Estudos revelam: além de descuidar das represas, Estado permite exploração predatória e contaminação das reservas hídricas do subsolo. A área de recarga do Aquífero Guarani ocupa cerca de 17.000 Km²: é onde se encontram a maior parte dos poços e grande parte dos problemas de contaminação!
(Recent studies reveal: besides the neglect of dams, are occurring predatory exploitation and contamination of the underground water reserves. The Guarani Aquifer recharge area a total about 17,000 square kilometers: it is at this place that we found most wells and much of the contamination problems)!



São Paulo e parte dos Estados do Sul e Sudeste do país podem entrar tanto num ciclo de desertificação como de extermínio de suas reservas hídricas existentes no subsolo. A influência das queimadas e do desmatamento amazônico no ciclo das chuvas nas porções mais ao sul do país alarma tanto os cientistas tanto quanto os níveis de contaminação das águas potáveis existentes.

Com o volume de águas de superfície em diminuição considerável, as reservas subterrâneas estão em boa parte comprometidas. Seja por contaminação por esgoto, pesticidas ou mesmo pela falta de potabilidade. Há estudos sobre o uso a exaustão desses recursos em regiões onde o aquífero tem uma distribuição demasiadamente irregular. Desde 1998, pesquisadores da USP e outras entidades alertam para a exploração demasiada e sem critérios das águas subterrâneas, principalmente na agricultura.

No trecho paulista, o Aquífero Guarani é explorado por mais de mil poços e isso ocorre numa faixa no sentido sudoeste-nordeste. Já a área de recarga ocupa cerca de 17.000 Km², onde se encontram a maior parte dos poços e grande parte dos problemas de contaminação.

Há treze anos um grupo de cientistas do Centro de Pesquisas de Água Subterrânea (Cepas) do Instituto de Geociências da USP pesquisa a presença de nitrato nas águas subterrâneas. Os estudos mostram uma crescente contaminação por esgoto urbano em diversas cidades paulistas. Esse elemento químico surge em processos de decomposição bacteriológica de matéria orgânica presente nos dejetos.

“Em locais onde não há saneamento, a contaminação ocorre pelas fossas sépticas e negras, já nas áreas com redes de esgoto o problema são os vazamentos. As redes são antigas e não passam por manutenção periódica. A presença do nitrato em áreas urbanas com rede de esgoto não era esperada de forma tão intensa”, afirma o professor da USP Ricardo Hirata.

O nitrato é cancerígeno e pode desenvolver diversas doenças, principalmente síndromes em crianças. São Paulo tem uma grande dependência da água subterrânea. Segundo a pesquisa da USP, cerca de 75% das cidades paulistas têm o abastecimento público total ou parcial feito por águas de aquíferos.

“No Estado de São Paulo, quase 60% dos poços tubulares são ilegais, ou seja, não têm controle por parte do estado, com possibilidades de terem problemas de qualidade de suas águas. Isso significa que a população pode estar ingerindo água degradada por nitrato ou outros contaminantes e não saber”, alerta o professor da USP.

Além do problema da recarga, dificultado pela falta de chuvas, descontaminar a água com nitrato é algo caro e algumas situações inviável. Para agravar o quadro, há uma redução drástica da água de subsolo em diversas regiões. A supressão das matas ciliares que recobrem as bacias tem forte impacto sobre a qualidade da água, encarecendo em cerca de 100 vezes o seu tratamento.

O alerta para as péssimas condições das águas, tanto de superfície como de subsolo, foi feito também pelo pesquisador José Galizia Tundisi, do Instituto Internacional de Ecologia (IIE). Segundo ele, em áreas com floresta contígua a cursos d’água que estão protegida, com algumas gotas de cloro por litro se tem água para consumo humano.

“Já em locais com vegetação degradada é preciso usar coagulantes, corretores de pH, flúor, oxidantes, desinfetantes, algicidas e substâncias para remover o gosto e o odor. Todo o serviço de filtragem prestado pela floresta precisa ser substituído por um sistema artificial e o custo passa de R$ 2 a R$ 3 a cada mil metros cúbicos para R$ 200 a R$ 300. Essa conta precisa ser relacionada com os custos do desmatamento”, afirmou.

Quando a cobertura vegetal na bacia hidrográfica é adequada existe uma quantidade maior de água, por processos naturais, essa retorna para a atmosfera e favorece a precipitação. O escoamento da água das chuvas é mais lento, favorecendo a recarga e minimiza a erosão. Os A vegetação funciona como um filtro natural e ajuda a infiltrar a água no solo.

“Em solos desnudos, o processo de drenagem da água da chuva ocorre de forma muito mais rápida e há uma perda considerável da superfície do solo, que tem como destino os corpos d’água. Essa matéria orgânica em suspensão altera completamente as características químicas da água, tanto a de superfície como a subterrânea”, explicou Tundisi.

Júlio Ottoboni é jornalista diplomado e pós-graduado em jornalismo científico.
Fonte: OUTRAS PALAVRAS (Envolverde).

domingo, 28 de setembro de 2014

Floresta derrubada – Editorial Folha de S.Paulo

09/2014

Floresta derrubada – Editorial Folha de S.Paulo
Brasil não assina acordo internacional para zerar desmatamento; país deveria aparecer como líder natural das discussões sobre o tema.
A pergunta a fazer sobre a Cúpula do Clima na ONU não é por que o governo da presidente Dilma Rousseff (PT) decidiu não assinar a Declaração de Nova York sobre Florestas. A questão mais importante é: por que o Brasil não liderou o processo que conduziu a ela?
Não que o texto constitua avanço fundamental. Como tantos documentos produzidos em foros desse tipo, tem mais de carta de intenções do que de roteiro prático para alcançar o objetivo de reduzir pela metade o desmatamento no mundo até 2020 e eliminá-lo até 2030.
Assinaram a declaração países influentes, como os Estados Unidos e membros da União Europeia. Incluindo nações com grandes áreas de floresta tropical, governos regionais, multinacionais e organizações não governamentais, são mais de 150 signatários.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, justifica a ausência do Brasil dizendo que o país não foi convidado a participar da formulação do documento.
Trata-se de explicação canhestra. Ainda que alguma impropriedade formal possa ter sido cometida pelos organizadores, o Brasil jamais deveria ficar à margem de um processo no qual sua liderança deveria soar natural, dada a extensão de suas florestas.
O Itamaraty, porém, tem longa história de hipersensibilidade com o tema, considerando ingerência as pressões pela redução das taxas de desmatamento na floresta amazônica. Pena que ainda se mostre refém dessa lógica tacanha, mesmo depois de bem assentada, em Brasília, a visão mais racional de que reverter a destruição desenfreada é do interesse nacional.
Até por isso, aliás, Dilma Rousseff pôde se gabar na Cúpula do Clima, lembrando que o desmate por aqui recuou 79% em uma década. Trata-se de trunfo que a Presidência deveria usar para arrojar-se como protagonista, não para se pôr na defensiva ou melindrar-se.
Há alguma razão no argumento de que a meta de desmatamento zero precisaria ser qualificada, pois uma parte da derrubada de florestas brasileiras se faz legalmente, respeitadas as reservas e áreas de preservação permanente definidas no Código Florestal como obrigações do proprietário rural.
A Declaração de Nova York, porém, menciona vagamente um esforço para interromper a perda de florestas naturais. Fala também em aumentar a restauração. Nada disso parece irremediavelmente incompatível com a meta que o Brasil se deu de eliminar a perda líquida da área de cobertura florestal até 2015. Ela consta do Plano Nacional sobre Mudança do Clima.
Se era possível conciliar os interesses, fica difícil entender o que o Brasil ganha ao não assinar o documento. Sabe-se, porém, o que perde: a chance de conquistar projeção internacional em uma área na qual tem muito a dizer (Folha de S.Paulo, 25/9/14) - LAMENTÁVEL...

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Como conseguir dinheiro: as 20 maiores dúvidas dos empreendedores

Descubra de que formas você pode financiar o crescimento da sua empresa: investidores, linhas de fomento e crédito bancário.
Muitas vezes, a falta de recursos pode limitar o crescimento de um negócio. Em algum momento poderá ser a hora de o empreendedor acessar capital para alavancar sua empresa e alcançar seu sonho grande. Pensando nisso, selecionamos para você empreendedor 20 conteúdos, produzidos por grandes especialistas, que mostram caminhos para buscar financiamento.
A Endeavor entende que o momento de buscar recursos externos carrega muitos outros desafios tanto para a empresa, quando para o próprio empreendedor. Por isso, pare, respire fundo, saiba mais sobre os caminhos que existem e como você pode percorrê-los através desses conteúdos especialmente selecionados. Afinal, nenhum empreendedor de alto impacto chegou lá sem muito esforço e aprendizado. Quanto maior o sonho, maior a disposição para enfrentar os obstáculos.
Preview1. Quando buscar recursos externos?: Acessar recursos externos também é uma questão de timing, saiba quando é o momento certo de procurar bancos ou investidores externos para sua empresa.
2. Onde buscar recursos financeiros para alavancar o meu negócio?: Quais são as principais fontes de recursos e qual é a mais apropriada para a minha empresa?
3. Como decidir quanto dinheiro preciso captar?: Nem sempre vale a crença do “quanto mais dinheiro melhor”. Veja como fazer uma captação de investimento mais eficiente.
4. Qual o melhor tipo de investimento para minha empresa?: Já está certo que precisa de investidor? Avalie qual fonte de capital de risco é a mais adequada para o momento da sua empresa.
5. O que esperar do investidor e o que ele espera de você?: Francisco Jardim desmistifica a relação entre empreendedor e investidor.
6. Como encontrar e chamar a atenção de bons investidores?: Você deve dedicar mais tempo procurando um investidor do que nas negociações em si.
7. Como preparar a empresa para receber investidores?: Antes de receber algum investimento, esteja atento a alguns pontos que podem ser cruciais para o sucesso da negociação.
8. Como passar pelo processo de investimento sem perder o foco?: O fundador da Bebê Store dá dicas para ajudar você a equilibrar os papéis na hora de acessar capital com investidores.
9. Como preparar um bom pitch para investidores?: Conheça as funções do pitch e os itens essenciais para apresentar sua empresa para investidores.
10. Como se relacionar com o investidor após receber o aporte de capital?: Construir uma parceria baseada na confiança irá ajudá-lo a alcançar o seu verdadeiro potencial.
11. Como calcular o valor da sua empresa?: Como saber se o valor que um investidor oferece pela minha empresa é o que ela vale? Entenda como funciona o processo de valuation.
12. Os Aspectos Econômicos do Term Sheet: O Preço: Durante a negociação com um venture capital, o preço do investimento é o que todos querem saber.
13. Quais são as principais agências e linhas de fomento?: Elas não são fáceis de acessar, nem vão bater à sua porta, mas as linhas de fomento governamental podem ser a melhor opção de acesso a capital para sua empresa.
15.Dinheiro não deve ser um problema: Uma certeza que todo empreendedor deve ter é que em algum momento da vida sua empresa precisará de crédito.
16. O que é crédito? Como usá-lo de maneira sustentável?: Qual a diferença entre crédito e outras formas de aporte de capital? Saiba como usar o empréstimo a seu favor.
17. Quais os principais passos para acessar um banco (dívida)?: Você busca expandir seus negócios usando crédito em bancos? Aqui estão 5 passos que podem te ajudar a planejar e organizar esse processo.
18. Qual é o processo de análise de crédito? O que os bancos analisam na minha empresa?: O que acontece no processo de análise de crédito. Marcelo Malanga, do Santander, explica como as análises dos bancos são feitas e a relação disso com a mortalidade de novas empresas. Marcelo explica que é comum uma empresa falir e reabrir com outro nome.
19. O que é e como chegar na estrutura ótima de capital?: Entenda quanto você pode tomar de dívida com bancos para ajudar a empresa a crescer, mas sem comprometer a operação.
20. Estrutura de capital: quais os erros mais comuns dos empreendedores?: Na hora de buscar financiamento para expandir seu negócio o empreendedor precisa tomar alguns cuidados para não comprometer seu caixa. Conheça os erros mais comuns e descubra como evitá-los.

ALERTA URGENTE: Em Minas, nascente do Rio São Francisco seca

Setembro de 2014


Na crise hídrica que tomou conta do país nem o “velho Chico” escapou. Segundo entrevista do diretor do Parque Nacional da Serra da Canastra, ao G1, a nascente do Rio São Francisco secou. O especialista afirma que nunca viu um nível tão alarmante.

A nascente do rio – de 2.700 quilômetros de extensão - fica exatamente no parque da Canastra, município de São Roque, sudoeste de Minas Gerais. Na última terça-feira (23), o diretor do local, Luiz Arthur Castanheira, subiu a serra com o analista ambiental Vicente Faria para encontrar sinais de água e tiveram uma infeliz surpresa.

Em entrevista ao Estadão, Faria afirma que isso aconteceu de forma gradativa e que as queimadas e estiagem ajudaram a acelerar o processo – 40 mil hectares de vegetação foram queimados só em julho.


Foto da nascente do Rio São Francisco em 2010. l Foto: Thiago Melo/Flickr

A situação tem reflexo na questão energética, uma vez que na região está instalada a Usina Três Marias que já opera com pouco mais de cinco por cento de sua capacidade. A barragem responde por mais de 30% da energia consumida em todo o Nordeste.

De acordo com Anivaldo Miranda, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, a qualidade do rio está piorando e a situação ameaçada a biodiversidade local. Segundo ele, serão realizadas audiências públicas com a sociedade civil e autoridades para se discutir o futuro da bacia e a necessidade de investir o mais rápido possível em sua recuperação.

Especialistas afirmam que a região não é determinante para o volume de água da bacia, porém na nascente do rio, que tinha cerca de um metro de profundidade, restaram apenas poças de água e fuligem.

Redação CicloVivo 

CAMPANHA NÃO LAVE O CARRO

Não lave o carro enquanto não chover, propõe campanha
Setembro de 2014



São Paulo está atravessando um momento delicado no abastecimento de água. O nível de reserva do Sistema Cantareira, já com a utilização do "volume morto", está abaixo dos 10%, algo que nunca aconteceu nessa região. Enquanto isso, a frota de automóveis não para de crescer. Só na capital, são mais de sete milhões de veículos. Juntando essas duas informações, a TNC decidiu lançar a campanha #NaoChoveNaoLavo, que convida o paulistano a deixar de lavar seu carro enquanto a situação de escassez de água se manter.

Trata-se de uma campanha bem-humorada de conscientização e mobilização para a economia de água, nesse momento de crise. Lavar um carro consome, em média, 500 litros de água. Para limpar toda a frota paulistana, seriam necessários 3,5 bilhões de litros, o equivalente ao consumo mensal de 25 milhões de pessoas, considerando-se o consumo médio do paulistano em junho de 2014, de 140 litros por pessoa, segundo a Sabesp. Ao mostrar que é possível poupar água deixando de lavar o carro em períodos de escassez, a TNC espera lembrar as pessoas da importância de economizar água também em outras ações cotidianas.

"Apesar de o trabalho da TNC com segurança hídrica ter foco direto na chamada infraestrutura verde, o que é um trabalho de longo prazo, queremos que a campanha tenha o efeito imediato de fazer ecoar a importância de todos nós, como cidadãos, nos sensibilizarmos pelo uso racional e consciente da água", comenta Marcelo Moura, diretor de marketing da TNC.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

ISTO É INCRÍVEL: Como a Índia chegou a Marte gastando menos que um filme de Hollywood


Jonathan Amos
Correspondente de Ciência da BBC News
  • A missão da Índia a Marte foi uma das iniciativas interplanetárias mais baratas já realizadas
    A missão da Índia a Marte foi uma das iniciativas interplanetárias mais baratas já realizadas
O programa espacial da Índia conseguiu, na primeira tentativa, o que outros países tentam há anos: enviar uma missão operacional para Marte.

O satélite Mangalyaan foi confirmado na órbita do planeta vermelho na terça-feira (23). Um feito considerável.

A missão foi orçada em 4,5 bilhões de rúpias (cerca de US$ 74 milhões, ou R$ 178 milhões), o que, para os padrões ocidentais, é incrivelmente barato.

A sonda americana Maven, que chegou a Marte na segunda-feira (22), está custando quase dez vezes mais.

Em junho, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, brincou que a 'aventura na vida real' da Índia custava menos do que o filme de ficção de Hollywood Gravidade, orçado em US$ 100 milhões.

Mesmo os filmes de ficção científica de Bollywood, como Ra.One, custam menos que o que foi gasto para levar Mangalyaan a Marte.

Como a Índia fez isso?

Gerenciando custos

Com certeza, os custos com pessoal são menores na populosa nação de 1,4 bilhão de pessoas, e os cientistas e engenheiros que trabalham em qualquer missão espacial são sempre a maior fatia do preço da passagem espacial.

Componentes e tecnologias domésticas também foram priorizadas em detrimento das caras importações estrangeiras.

Mas, além disso, a Índia teve o cuidado de fazer as coisas de forma simples.

"Eles mantiveram o satélite pequeno. A carga pesa só cerca de 15 quilos", diz o professor Andrew Coates, do Reino Unido, que será investigador-chefe da missão da Europa a Marte em 2018.

"É claro que essa complexidade reduzida sugere que a missão não será tão cientificamente avançada, mas a Índia foi inteligente ao priorizar algumas áreas que irão complementar o que os outros estão fazendo."
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Veja imagens de Ciência do mês (setembro/2014)85 fotos

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IMAGEM DE MARTE - A sonda espacial indiana Mangalyaan, que ingressou na órbita de Marte, enviou suas primeiras imagens, na qual se observa a superfície do planeta vermelho repleta de crateras. Segundo a agência espacial indiana (ISRO), a imagem foi tirada de uma altura de 7.300 quilômetros e mostra crateras sobre uma superfície de cor alaranjada. A Índia foi o primeiro país asiático a alcançar Marte Leia mais ISRO/AFP
Missão

A sonda Mangalyaan está equipada com um instrumento que vai tentar medir o metano na atmosfera. Este é um dos tópicos mais quentes na pesquisa em Marte no momento, após observações preliminares sobre o gás.

A atmosfera da Terra contém bilhões de toneladas de metano, a grande maioria proveniente de micróbios, como os encontrados no trato digestivo dos animais.

A suspeita dos cientistas é que alguns organismos produtores de metano, ou metanogênicos, possam existir em Marte se viverem no subterrâneo, longe das duras condições da superfície do planeta.

Os cientistas ocidentais também estão animados de ter a sonda indiana na estação. Suas medições de outros componentes atmosféricos complementarão as medições da Maven e as observações feitas pela europeia Mars Express.

"Isso significa que estaremos recebendo as medições de três pontos, o que é muito importante", diz o professor Coates.

Isto irá permitir que os pesquisadores entendam melhor como o planeta perdeu o grosso de sua atmosfera bilhões de anos atrás, determinar que tipo de clima o planeta pode ter tido, e se era ou não propício à vida.

Gerador de riqueza

Mas há muitas críticas a respeito do programa espacial da Índia.

Uma delas parte do princípio de que a atividade espacial é um brinquedo melhor deixado para os países ricos e industrializados, sem valor para as nações em desenvolvimento.

Para os que defendem este argumento, seria melhor aplicar o dinheiro do contribuinte indiano em saúde e saneamento básico.

Mas o que essa posição muitas vezes ignora é que o investimento em ciência e tecnologia também constrói aptidão e capacidade, desenvolvendo o tipo de mão-de-obra que beneficia a economia e a sociedade de forma mais ampla.

A atividade espacial é geradora de riqueza. Algumas das coisas feitas no espaço fazem circular dinheiro aqui embaixo. As nações industrializadas sabem disso e essa é uma das razões pelas quais eles investem pesadamente na atividade espacial.

O Reino Unido, por exemplo, aumentou drasticamente seus gastos com espaço nos últimos anos. O governo até identificou a área de satélites como sendo uma das "oito grandes" tecnologias que podem ajudar a reequilibrar a economia do país.

A Índia quer embarcar nesta tendência. Com a Mangalyaan e os outros programas de satélites e foguetes, o país está se posicionando fortemente em mercados internacionais de produtos e serviços espaciais.

PAPEL HIGIÊNICO VIRA PANFLETO NA ONU

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,granbio-inicia-producao-de-etanol-2g-imp-,1565785O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,granbio-inicia-producao-de-etanol-2g-imp-,1565785O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,granbio-inicia-producao-de-etanol-2g-imp-,1565785

O ESTADO DE S.PAULO  Setembro 2014

Papel higiênico vira panfleto na ONU - Cláudia Trevisan/Estadão

Campanha pede acesso a boas condições sanitárias

Quem usa os banheiros da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, fica sabendo que o privilégio do acesso a um vaso sanitário protegido por um teto e quatro paredes é negado a 1 bilhão de pessoas, o equivalente a 15% da população mundial.

A informação não está impressa em cartazes, mas sim no papel higiênico, sob o slogan em inglês "End open defecation" (Fim à defecação ao ar livre), com destaque para as duas últimas palavras.

Segundo o panfleto higiênico, a cada 2,5 minutos uma criança morre vítima de diarreia provocada por doenças decorrentes da falta de acesso a banheiros, higiene apropriada e água potável.

O 1 bilhão de pessoas que não tem à disposição vasos sanitários protegidos é obrigado a defecar ao ar livre. O eventual contato com urina e fezes dispersos pela terra pode provocar cólera, hepatite, diarreia e contaminação por vermes.

A ausência de toaletes tem outras consequências, como o aumento da violência sexual contra mulheres e a limitação de sua educação. Segundo a ONU, muitas adolescentes deixam de ir à escola quando começam a menstruar por não terem acesso à privacidade dos banheiros.

O objetivo da campanha é romper o silêncio sobre problema e tentar resolvê-lo até 2025. "Defecar ao ar livre. Impensável para 85% do mundo. A única opção para os demais 15%", diz o site da campanha.
 / CLÁUDIA TREVISAN

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Seca que engole nascente do São Francisco deixa comunidades ribeirinhas em alerta (Dry station swallowing San Francisco source and leaves riverine communities on alert)!

Leito do rio tomado pelo assoreamento no Norte de Minas é outra face da destruição que está sugando o Velho Chico
 (Frederico Martins/Divulgacao)
Leito do rio tomado pelo assoreamento no Norte de Minas é outra face da destruição que está sugando o Velho Chico

A nascente principal do Rio São Francisco, situada no Parque Nacional da Serra da Canastra, no município de São Roque de Minas, Região Centro-Oeste do estado, secou pela primeira vez, em decorrência daquela que já é considerada a pior estiagem da história no Sudeste brasileiro. A situação, confirmada ontem pelo chefe da unidade de conservação, Luiz Arthur Castanheira, coloca em alerta todas as comunidades ribeirinhas, diante da possibilidade de racionamento de água ao longo do chamado rio da integração nacional, o maior curso d’água que nasce e deságua em território nacional, estendendo-se por 2.700 quilômetros, em cinco estados (Minas, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe). Sua bacia hidrográfica alcança 504 municípios, incluindo cidades de Goiás e o Distrito Federal.
“Terão que ser adotadas, imediatamente, medidas para promover o uso racional da água na bacia”, alerta o presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Anivaldo Miranda, lembrando que a situação das nascentes também se reflete no nível crítico dos reservatórios de usinas, como a de Três Marias, que está com apenas 5,7% de sua capacidade. Miranda considera que o secamento de nascentes e a drástica redução no volume do rio devem servir como advertência para que o governo revise as outorgas de água e o funcionamento das hidrelétricas ao longo da bacia. 

“É preciso que o poder público considere esta situação como um sinal de alerta para a necessidades de mudanças no modelo da matriz energética do Rio São Francisco e de mudanças no programa de concessão de outorgas”, alertou. Segundo ele, o comitê vai procurar estabelecer negociações entre os entes da federação (esferas federal, estadual e municipal) para maior controle da retirada de água do Velho Chico. “Precisamos de um grande pacto em torno do uso da água, abrangendo todos os poderes. Hoje, só se olha para as demandas, mas temos que observar o aspecto da sustentabilidade. O rio não tem água para todo mundo”, afirma Miranda.

De acordo com o chefe da unidade de conservação que abriga o berçário do rio, Luiz Arthur Castanheira, não chove significativamente na região desde março. Segundo ele, outros olhos d’água e pequenos córregos situados nos 200 mil hectares do Parque Nacional da Serra da Canastra – que ajudam a formar o Velho Chico – também estão secos. Apesar da situação crítica, Castanheira informou que a Cachoeira Casca D’Anta, atração turística situada a 14 quilômetros da nascente principal do São Francisco, mantém a queda d água, apesar da redução do volume. Outra nascente importante da bacia, a do Rio Samburá, situada já fora da unidade de conservação, continua correndo, acrescentou.

Para agravar a situação, no fim da semana passada o Parque Nacional da Serra da Canastra foi atingido por um incêndio, que chegou perto da nascente principal do São Francisco. Castanheira, no entanto, afirmou que o fogo não teve impacto direto sobre a situação do manancial, que, segundo ele, já estava praticamente seco. O fogo levou a unidade de conservação a ficar fechada pelo período de 15 dias.

O chefe do parque nacional confirma ser a primeira vez na história que a nascente principal seca, uma realidade que “deixou todo mundo assustado” e impressionou antigos funcionários do parque. Porém, ele acredita que a situação tende a se normalizar com o fim da estiagem: “A nascente secou como conseqüência da grande seca que está ocorrendo na Região Sudeste. Mas acredito que, assim que voltar a chover, ela vai reaparecer”, comentou.
Fonte:
Estado de Minas.

Como o pós-consumismo floresce na Alemanha (Look: post-consumerism flourishes in Germany)!

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Multiplicam-se, em Berlim e outras cidades, sites e comunidades para doar ou compartilhar — de comida a eletrodomésticos, livros e caronas

Um dia qualquer no Facebook. Em meio a uma avalanche de selfies, fotos do Instagram com pratos de dar inveja e sequências de bebês bochechudos, um post chama a atenção: “Doação: scanner, impressora, dois computadores, monitor.” O anúncio vem acompanhado de uma imagem dos equipamentos – tudo aparentemente em perfeito estado.

Posts como esse são cada vez mais comuns entre internautas na Alemanha. Eles costumam aparecer em diversos grupos da rede social e refletem algo maior: um notável espírito de comunidade que circula no país, e que permite se obter de graça praticamente todo o básico de sobrevivência – e até um pouco mais.

Uma das comunidades de maior sucesso leva o nome genérico Free Your Stuff (FYS, literalmente: “liberte as suas coisas”), acrescido do nome da cidade onde é feita a oferta. Em Berlim, o grupo já tem mais de 19 mil membros. Lá se encontra de tudo: televisores, geladeiras, camas, sofás, celulares, leitores de e-book e até pianos.

Ou mesmo: “Acredito que ninguém quer uma porta…? Mede uns 93 por 215 cm”, dizia um post publicado na FYS Berlim. No dia seguinte, a porta já fora levada. “Estou tão surpreso quanto vocês”, comentou o ex-proprietário.

Senso de comunidade contra o desperdício

Mas nem sempre as ofertas são tão extravagantes. A brasileira Carolina Nehring, que vive em Bonn, por exemplo, já usou uma dessas comunidades para doar livros, sapatos e bolsas. E foi lá que também conseguiu uma série de coisas interessantes, como um violão, uma escrivaninha e uma bicicleta, sua maior aquisição.
Brasileira Carolina e sua bicicleta adquirida de graça


O alemão Matthieu Classen também já doou uma bicicleta, porque estava de mudança para a Holanda e não tinha como levá-la consigo. “Isso cria um certo senso de comunidade, onde é possível doar as coisas de que não precisamos mais, em vez de alimentar uma cultura do desperdício”, defende o jovem de 21 anos.

Essa atitude coincide com a filosofia simples por trás do FYS. “O grupo é dedicado a todos nós que tendemos a acumular, acumular e a preencher espaços que poderiam ser usados para algo mais interessante do que um depósito ou um coletor de poeira”, diz uma descrição na página da comunidade.

O casal de brasileiros Karin Hueck e Fred Di Giacomo Rocha, idealizadores do projeto Glück Project, também recorreu à plataforma para se desfazer de seus pertences, ao voltarem para o Brasil após um ano de Berlim. “Foi um misto de comodidade e também de querer ajudar”, justifica Karin. Ao total, eles doaram um sofá-cama, duas araras, cabides, almofadas, ferro de passar e cobertores.

A brasileira lembra que uma das formas mais comuns de doar as coisas em Berlim era apenas deixá-las na calçada. “Todo dia, trombava com colchões, sofás, televisões e até uma geladeira em bom estado, que alguém havia deixado na rua para quem quisesse levar. Deixei a minha horta [portátil] na rua no dia em que fomos embora, e em cinco minutos alguém já havia levado para casa.”

Fenômeno em expansão

O fenômeno não é uma exclusividade alemã: já existem grupos de Free Your Stuff em cidades como Nova Iorque e Barcelona. Mas, na Alemanha, observa-se uma verdadeira febre: Berlim, Bonn, Colônia, Hamburgo, Munique, Stuttgart, Leipzig, Nurembergue, Dresden, Frankfurt, Düsseldorf… É rara a cidade alemã que não tenha o seu FYS.

Fonte: Outras Palavras.
(original: Deutsche Welle)

Madeira balsa sintética supera versão natural (Synthetic balsa wood overcomes natural version)!

Madeira balsa sintética
Estruturas inspiradas na madeira balsa foram criadas por impressão 3D.
Structures based on balsa wood were created by 3D printing.
[Image: Brett G. Compton/Harvard]

Balsa sintética (Synthetic balsa)

As turbinas eólicas são verdadeiros primores da engenharia, além de exemplos de tecnologia verde. O que poucos sabem é que algumas das melhores, e sobretudo as maiores pás dos geradores eólicos, possuem em seu interior painéis de balsa, a madeira da árvore Ochroma pyramidale, que é extremamente leve, mas muito resistente - ela é também muito utilizada na fabricação de aeromodelos.

O Equador vende 95% da balsa consumida no mundo, mas logo poderá começar a enfrentar a concorrência de uma "balsa sintética".

Utilizando um coquetel de resinas termoendurecíveis à base de epóxi, reforçadas com fibras e montadas por uma técnica de impressão 3D, engenheiros da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, desenvolveram um compósito com propriedades mecânicas similares às da balsa.

O material compósito, que imita a estrutura interna da balsa, apresentou uma leveza e uma resistência sem precedentes, segundo a professora Jennifer Lewis, coordenadora da equipe.

Devido às propriedades mecânicas e à possibilidade de controle preciso do processo de fabricação, os pesquisadores afirmam que esses novos materiais não apenas imitam a balsa, mas podem superar os melhores compósitos poliméricos disponíveis comercialmente.

Madeira balsa sintética
À esquerda, bocal da impressora criando uma balsa sintética real. À direita, esquema ilustrativo das tintas utilizadas. [Imagem: Brett G. Compton/Harvard]

Arquitetura celular

Brett Compton e Jennifer Lewis desenvolveram "tintas" de resina epóxi salpicadas de plaquetas de argila com dimensões microscópicas, e usaram também um composto chamado dimetil metilfosfonato. Os ingredientes finais são fibras de carbono, muito resistentes, e partículas de carbeto de silício, um material muito duro.

Com essa tinta em mãos, só foi necessário copiar a estrutura interna da balsa em uma impressora 3D.

"A madeira balsa tem uma arquitetura celular que minimiza seu peso, já que a maioria dos espaços são vazios, e apenas as paredes celulares suportam a carga. Assim, ela tem uma elevada rigidez e resistência específica. Nós tomamos emprestado este conceito e o imitamos em um composto sintético," disse Lewis.

Os testes mostraram que os compósitos celulares são tão fortes quanto a madeira que os inspira, de 10 a 20 vezes mais rígidos do que os polímeros impressos comerciais, e duas vezes mais fortes do que os melhores compósitos poliméricos.

O material e sua técnica de fabricação terão aplicações em várias áreas além das pás de turbinas eólicas, incluindo os automóveis, onde materiais mais leves são essenciais para diminuir o consumo de combustível.

Bibliografia (Reference)

3D-Printing of Lightweight Cellular Composites
Brett G. Compton, Jennifer A. Lewis
Advanced Materials - Vol.: Article first published online
DOI: 10.1002/adma.201401804

Fonte: Inovação Tecnológica.

Setor de energia eólica brasileiro investirá aproximadamente R$ 15 bilhões em 2014 (Brazilian wind power sector will invest approximately $ 15 billion in 2014)!



Imagem: Divulgação.

O setor de energia eólica brasileiro somará cerca de R$ 15 bilhões de investimentos neste ano.

E a perspectiva é manter este patamar de investimentos nos próximos anos, incluindo a participação nos leilões de energia promovidos pelo governo.
Dentro de 10 anos, a energia eólica deverá corresponder a 11% da matriz energética brasileira, segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE).



Para Elbia Melo, presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeolica), um dos maiores desafios do setor no Brasil é o desenvolvimento da cadeia produtiva para garantir o andamento dos projetos e manter o índice de nacionalização, critérios básicos para conseguir financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Ela concorda com a exigência, mas lembrou que a cadeia produtiva tem que evoluir rapidamente para que os projetos possam entregar a energia contratada nos leilões.

"É um desafio que chamamos de emergencial. Temos que vencer rapidamente. Ano passado nós vendemos 4,7 gigawatts (GW). Isso significa que temos que fabricar equipamentos. O adensamento da cadeia produtiva talvez hoje seja o ponto de maior atenção. Não entendemos como um ponto intransponível, mas como uma questão que temos que vencer, que discutir e trazer soluções de curto prazo para seguir na trajetória de consolidação que a indústria está indo de sustentabilidade de longo prazo," disse ela.

O chefe do departamento da área de operações industriais do BNDES, Guilherme Tavares Gandra, explicou que o critério foi adotado em 2012 dentro da modelagem dos financiamentos para incentivar o desenvolvimento da cadeia produtiva nacional.

"Desde o início da metodologia temos cerca de 22 novas unidades industriais e 15 expansões. Estamos falando aqui de 37 projetos de investimentos", disse, destacando que os projetos não se concentram em apenas um tipo de segmento."Tem investimento em fornecedores de pás, de torres. Houve uma abrangência em grupos de componentes que é muito interessante".

Fonte: Inovação Tecnológica.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

Universidade aprende a trabalhar com empresas




As pesquisas feitas em conjunto por universidades e empresas têm crescido bastante em algumas áreas. Grandes instituições têm se empenhado em aumentar as parcerias, criando agências para fomentar os acordos, incubadoras para abrigar empresas, além de parques tecnológicos.

Setores como engenharia, química ou tecnologia da informação têm mais tradição em trabalhar com pesquisadores de empresas, e outros núcleos às vezes precisam de estímulos para aumentar os acordos. Rogério de Andrade Filgueiras, coordenador adjunto da Agência de Inovação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) lembra o caso da área de biotecnologia, onde havia certa restrição por parte de acadêmicos. Segundo ele, era quase proibido pensar em fazer acordos, por ferir, segundo alguns, a natureza da ciência pura. Eles tinham receio de perder a liberdade acadêmica. "Também fazemos papel de psicólogo", brinca, para explicar o trabalho para fomentar as pesquisas com o setor privado.

Mas as coisas estão mudando. A Universidade de São Paulo há alguns anos vem se organizando a fim de promover e equacionar questões relativas ao trabalho com as empresas. Na opinião do pró-reitor de pesquisas José Eduardo Krieger, é preciso melhorar o quadro jurídico da instituição, adotar um novo olhar na contratação e processos e desburocratizar. "O processo é irreversível e a USP está preocupada em ter estratégia", afirma. "Temos muito espaço para evoluir."

No entanto, é preciso entender o que pode e principalmente o que não pode ser feito dentro de uma universidade. "As coisas nunca vão ser iguais ao ambiente externo", lembra. Mas o País precisa gerar riquezas e as universidades podem ajudar. "Em parte a universidade tem que se organizar. Mas não estamos mal na fita, não."

Uma das iniciativas é formar grupos multidisciplinares de pesquisa, transformar solistas, como diz Krieger, em uma orquestra. Em três anos, a USP investiu R$ 250 milhões para formar Núcleos de Apoio à Pesquisa (NAP). Hoje já há 140 deles. São temáticos, mas interdisciplinares.

Quatro entre eles já se transformaram em Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão, ou Cepid, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). "É o sonho de consumo de todo pesquisador", diz Krieger.

A USP também acaba de inaugurar o Parque Tecnológico do Jaguaré, em conjunto com o Instituto de Pesquisas Tecnológicas e pelo Governo do Estado. Vai lidar com tecnologia da informação, saúde, nanotecnologia, fármacos e pesquisas de acessibilidade para pessoas com deficiências.

"A PUCRS tem uma visão estratégica muito clara no sentido de incorporar o empreendedorismo e a inovação como eixos estratégicos", diz o pró-reitor de pesquisa, inovação e desenvolvimento, Jorge Audy, da Pontifícia Universidade católica do Rio Grande do Sul.

Somente no Parque Científico e Tecnológico (Tecnopuc) atuam mais de 110 empresas e seis mil pessoas. Além do parque, a universidade conta com outros institutos ligados à pesquisa, como incubadora, centro de inovação, escritório de transferência de tecnologia e um laboratório de criatividade. Audy acredita que é necessário um "marco legal mais adequado e estável para a área de inovação".

Como as outras instituições, a Universidade Federal de Pernambuco aposta na pesquisa com empresas. Entre suas parceiras estão Motorola, Apple e a estatais Chesf e Celpe (de energia elétrica). Segundo Francisco Ramos, pró-reitor de pesquisa e pós-graduação, os laboratórios ajudam muito na formação dos alunos e nas pesquisas. Para ele, muitas vezes os acordos entre empresas e universidades têm que ser induzidos.

No Parque Científico e Tecnológico da Universidade Estadual de Campinas atuam empresas como Lenovo, Samsung, IBM, Banco do Brasil e MC1. No ano passado, a universidade fechou 22 contratos de pesquisa e desenvolvimento com o setor privado. "A Unicamp tem histórico de colaboração com empresas", afirma Milton Mori, diretor-executivo da agência de Inovação Inova, que auxilia as parceiras privadas a encontrar os pesquisadores mais adequados para suas necessidades.

Apesar dos avanços, ainda existem conflitos relativos às diferenças inerentes entre universidades e empresas. "As empresas têm interesse em resultados de curto prazo, enquanto a universidade visa desafios de pesquisa na fronteira do conhecimentos, que muitas vezes não terão aplicação imediata", diz.

No entanto, cresce o interesse por parte dos docentes em trabalhar com empresas, em poder usar os recursos de que elas disponibilizam e em abrir uma porta para que os alunos comecem a interagir com a indústria. "Desses casos de interação temos excelentes resultados com benefícios mútuos." Para facilitar a prospecção de acordos, a Unicamp tem sete líderes de inovação, professores que mantém contato constante com a agência Inova.


(Fonte: Valor Econômico – 22/09/2014)

Criados fios de diamante, com propriedades extraordinárias

Redação do Site Inovação Tecnológica - 22/09/2014

Fibras de diamante superam nanotubos e polímeros
Pela primeira vez, cientistas descobriram como produzir nanofios ultrafinos de diamante que prometem propriedades extraordinárias, incluindo força e rigidez maiores do que as dos nanotubos e polímeros mais fortes existentes hoje.[Imagem: Penn State University]
Fios de diamante
O diamante é um cristal de carbono extremamente duro - por muito tempo omaterial mais duro conhecido pelo homem.
Assim, parece difícil imaginar alguém usando fios de diamante para tecer "cordas cristalinas".
Pois foi justamente isso que fizeram Thomas Fitzgibbons e seus colegas da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos.
Partindo de moléculas de benzeno, a equipe sintetizou os cristais de diamante em formato de longas fibras - autênticas nanocordas de diamante.
Os fios de diamante demonstraram propriedades extraordinárias, superando não apenas os polímeros mais resistentes que se conhece, mas também deixando para trás a incrível resistência dos nanotubos de carbono, que alguns já acreditam ser suficiente para tornar realidade os elevadores espaciais.
"Do ponto de vista da ciência básica, nossa descoberta é intrigante porque as fibras que formamos têm uma estrutura que nunca havia sido vista antes," disse o professor John Badding, líder da equipe.
Fibras de diamante superam nanotubos e polímeros
O próximo objetivo dos pesquisadores é descobrir uma técnica para produzir os nanofios de diamante de forma contínua. [Imagem: Thomas C. Fitzgibbons et al. - 10.1038/nmat4088]
Extremamente útil
O núcleo das nanofibras é uma longa fita de átomos de carbono organizados da mesma forma que as unidades básicas da estrutura atômica do diamante - anéis de seis átomos de carbono em zigue-zague, chamados ciclohexano.
"É como se um joalheiro incrivelmente talentoso tivesse amarrado juntos os menores diamantes possíveis para formar um longo colar em miniatura," disse Badding. "Como essa fibra é essencialmente diamante, esperamos que ela se mostre extremamente rígida, extremamente forte - e extremamente útil."
Os fios de diamante foram produzidos submetendo o benzeno a pressões extremamente elevadas, e depois diminuindo essa pressão lentamente, dando tempo para que os átomos de carbono reagissem entre si e se ligassem em tetraedros quase perfeitamente organizados.
O próximo objetivo dos pesquisadores é descobrir uma técnica para produzir os nanofios de diamante de forma contínua.
"As altas pressões que nós usamos para fazer a primeira nanofibra de diamante limitam nossa capacidade de produção a apenas alguns milímetros cúbicos de cada vez, de forma que ainda não conseguimos produzi-la em quantidade suficiente para que elas sejam úteis em escala industrial," disse Badding.