sexta-feira, 31 de outubro de 2014

As baterias e o futuro

É inevitável: para funcionarem normalmente, os gadgets precisam estar alimentados com baterias. De smartphones e notebooks aos novatos tablets, esses eletrônicos precisam de uma fonte de energia que os abasteça sem a necessidade de fios - e as baterias são perfeitas para isso.
Apesar de ainda recente, o modelo atual dessa tecnologia já mostra sinais de que está gasto. Pesquisas em diversas áreas apontam para um horizonte mais diversificado, com resultados a partir de várias fontes de energia, cada uma com custos e métodos diferentes, mas apenas um objetivo: tornar os eletrônicos igualmente potentes, porém mais sustentáveis. O Tecmundo selecionou algumas dessas promessas, descritas a seguir.
Mas está tão ruim assim?Precisamos mesmo de baterias novas? Para responder a essa pergunta, precisamos analisar a situação atual: um dos modelos mais disseminados nos eletrônicos que você tem em casa é a de íon-lítio, que está bem acima de produtos similares.
Com alta capacidade de armazenamento, leveza e sem a possibilidade de viciar (evitando o chamado efeito memória, que diminui cada vez mais sua carga original), ela se torna uma das opções mais óbvias para as fabricantes. No meio de tantas vantagens, entretanto, surgem alguns pontos negativos.
As baterias de íon-lítio possuem desgaste rápido, vida útil reduzida e, principalmente, uma baixa sensibilidade a temperaturas muito altas, o que pode causar até mesmo acidentes devido a reações do material interno do produto.
Em uma era em que sustentabilidade e potência parecem querer andar juntas quando se trata de energia, mesmo a bateria de íon-lítio surge como um obstáculo - e é por isso surgem essas alternativas.

Prismáticas: você ainda vai ver muitas por aí

O primeiro exemplo é também o mais palpável, pois já é aplicado em algumas baterias existentes (como as veiculares) e estima-se que o próximo tablet da Google, que deve receber o nome de Nexus T, também o receba. O principal destaque desta bateria prismática supostamente seria um tempo de vida até três vezes maior em relação às demais opções do mercado.
Apesar de não largar a tecnologia de íon-lítio, a durabilidade elevada faz com que seu descarte na natureza demore mais. Seu formato auxilia também no design dos eletrônicos, pois ela é mais adequada do que baterias cilíndricas. Além disso, o tablet da Google terá a possibilidade de substituição do acessório, algo ignorado por gadgets desenvolvidos pela Apple, por exemplo.

A força vem da terra

Já imaginou recarregar seu celular em qualquer lugar do planeta, mesmo nas áreas mais inóspitas? Essa é a ideia planejada por pesquisadores da Escola de Engenharia e Ciências Aplicadas de Harvard (SEAS). Atualmente em fase de testes, o produto seria um celular de baixo custo, com capacidade para funcionar por 24 horas e ser carregado por menos de um dólar.
Para efetuar a recarga, uma superfície condutora no formato de um tubo absorveria elétrons livres do solo, resultantes de operações metabólicas de organismos que habitam o subsolo. O equipamento de captação seria barato e de fácil construção. Já a matéria-prima, presente na superfície terrestre, seria inesgotável.
O projeto é ideal para civilizações pobres e que precisam manter um racionamento de energia elétrica, por exemplo. Além disso, ele aprimoraria o uso de tecnologias em locais como desertos e colônias afastadas, que poderiam receber estações de recarga para qualquer tipo de eletrônico.
Se você ainda não se convenceu pela ideia, Bill Gates sim: através da Bill & Melinda Gates Foundation, ele já doou uma generosa quantia em dinheiro para incentivar as pesquisas na área.

Um novo nível para baterias solares

Essa aqui não chega a ser nenhuma novidade. Células capazes de absorver a energia irradiada pelo Sol já são realidade, mas falta um incentivo maior para provar que há potencial na energia solar, seja em quantidade ou preço.
A companhia norte-americana HyperSolar pode mudar esse quadro. Ela trabalha atualmente em um painel solar como qualquer outro, porém com uma película capaz de intensificar a absorção e aumentar o rendimento do equipamento em até 300%.
Isso é possível através de células que funcionam como microchips, que processam muitos dados (nesse caso, espectros de luz) e os enviam para locais específicos com o fim de obter rendimento.

A bateria é o produto

Para que investir em baterias potentes, se o próprio equipamento pode ser um carregador ambulante? O Imperial College London está conduzindo pesquisas com parceiras como a Volvo desde o ano passado, para desenvolver um novo material a partir de fibras de carbono e polímeros de resina. Esse material seria capaz de servir de revestimento para carros, mas, ao mesmo tempo, armazenar e providenciar energia elétrica.
Desse modo, o teto e as portas de um carro serviriam como um depósito reserva que forneceria energia ao veículo sem a necessidade de pará-lo para recarregar. Por não utilizar processos químicos como as baterias convencionais, tudo isso seria mais rápido.
Inicialmente, essa tecnologia dificilmente será usada para gadgets pequenos como smartphones, por exemplo, mas caberia perfeitamente em carros e outros produtos mais encorpados. Pelas parcerias feitas até então, os veículos híbridos devem ser os primeiros da fila a receber o novo material, caso a ideia vá para frente.

Célula-combustível: agora vai?

Até algum tempo atrás, elas estavam na lista de tecnologias promissoras. Décadas depois, foram poucos os avanços na área, fazendo com que o interesse em células combustíveis caísse. Mas uma série de avanços nos últimos tempos pode fazer com que ela retorne com todas as forças.
O processo eletroquímico original presente nesses aparelhos vem sendo reformulado, fazendo com que a energia produzida seja ainda mais verde e potente, com benefícios futuros como portabilidade (algumas já cabem até no bolso, como a da imagem abaixo) e menor custo (por enquanto, são bem mais caras que baterias comuns).
Desse modo, o que era originalmente apenas previsto para substituir combustíveis fósseis em veículos pode ser utilizado para recarregar um gadget comum.
Isso ocorreria com a substituição de alguns metais raros que ainda compõem algumas células-combustível, como a platina, além do armazenamento de hidrogênio, um dos elementos necessários para a transformação de energia.

Os materiais da moda

Dois elementos utilizados frequentemente em pesquisas de vários ramos também podem contribuir para as baterias: o grafeno e o carbono em nanotubos.
Pesquisas já indicavam o grafeno como um ajudante do lítio, aumentando a velocidade de recarga das baterias. Em seguida, surgiram resultados como os modelos flexíveis. As vantagens são as clássicas: maior potência e ciclo de vida. A dificuldade de manejar esse material pode atrasar seu uso concreto, mas em um futuro mais distante ele deve ser um dos principais nomes.
Já os nanotubos de carbono são mais multifuncionais, pois podem ser usados até na composição de roupas. Desse modo, fios de tecido feitos a partir dessas linhas possuem eletrodos navegando por toda a estrutura.
Além da portabilidade de ter uma roupa como bateria, há uma facilidade maior para encontrar e manipular o carbono, mesmo em níveis de nanotecnologia e especialmente em comparação com o grafeno.

Carga total

Como nenhum desses produtos apresentou resultados imediatos até então (leia-se: você não vai encontrá-los tão cedo nas lojas), as baterias com base nas de íon-lítio podem continuar dominando o mercado de eletrônicos por alguns anos. Mas continue na esperança, pois surpresas podem acontecer e novos métodos de armazenamento de energia podem surgir nessa indústria da tecnologia que nunca perde o pique.

Fonte: http://tecnologia.terra.com.br/eletronicos/veja-tecnologias-de-bateria-mais-promissoras-para-o-futuro,ee0961a022aea310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

Brasileiro cria vaso sanitário que gasta apenas 2 litros por acionamento

Outubro 2014

As tecnologias que reduzem o desperdício de água em residências estão cada vez mais aprimoradas. Descargas com vasão dupla já são comuns, mas o empresário brasileiro Leonardo Lopes criou um modelo ainda mais eficiente. O vaso sanitário desenvolvido por ele utiliza apenas dois litros de água a cada acionamento.
O modelo é comercializado pela Acquamatic e permite a economia de até oito litro a cada acionamento, se comparado aos modelos tradicionais. Segundo o empresário, um dos segredos para a eficiência é a ausência de sifão. Assim, um basculante despeja os dejetos diretamente na prumada do esgoto. Ele ainda explica que tudo acontece pela própria dinâmica da água, sem a necessidade do uso de eletricidade.

Foto: Divulgação
Enquanto os sanitários tradicionais gastam um litro de água para evitar o mau cheiro, o modelo desenvolvido por Lopes usa apenas 200 ml. Tamanha eficiência rendeu o selo hídrico ao produto. Outro diferencial foi o uso do polímero ABS na fabricação, mais resistente do que a louça utilizada nos vasos comuns.
A matéria-prima reduz os níveis de poluição durante toda a fase de produção e descarte. O modelo também é altamente resistente, suportando até 1,5 tonelada, conforme informado pelo fabricante.
Redação CicloVivo

quinta-feira, 30 de outubro de 2014

Britânico transforma bicicleta em ferramenta para diagnóstico de anemia

O jovem quer levar o sistema para comunidades na África.
O estudante britânico Jack Trew desenvolveu um sistema capaz de ajudar a diagnosticar doenças no sangue sem muita tecnologia. A criação transforma a roda de uma bicicleta em uma centrífuga usada para análises clínicas.
Algumas doenças podem ser identificadas com um simples exame de sangue. No entanto, ainda existem comunidades em todo o mundo em que o acesso a tecnologias laboratoriais é tão escasso que estes tipos de diagnósticos praticamente não existem. A anemia é uma dessas doenças, que podem facilmente identificadas e que atingem um percentual grande da população mundial.
Diante deste problema, o jovem estudante resolveu usar o design para ajudar a encontrar uma solução acessível até mesmo à população mais carente. Apelidado de Spokefuge, o sistema aproveita um meio de transporte barato, que é a bicicleta, para auxiliar o processo de diagnóstico.

Fotos: Divulgação
Conforme informado por Trew, o protótipo usa apenas sete peças e o resultado já é visível após dez minutos de pedalada. As amostras de sangue coletadas são inseridas em pequenos tubos de ensaio, presos às rodas. Conforme o material gira com o movimento, os líquidos dentro do recipiente vão se separando, até que seja possível identificar as alterações sanguíneas.

Foto: Divulgação
Em entrevista ao site Fast Co.Exist, o britânico explicou que está em busca de apoio para produzir o dispositivo em série e, assim, leva-lo para vários países em desenvolvimento, principalmente no continente africano.

Fonte: CicloVivo.

Invisibilidade esconde antenas para evitar interferências

Manto da ilusão esconde antenas para evitar inteferências
O "manto da ilusão" consiste de uma série de padrões geométricos de cobre aplicados sobre um substrato flexível, utilizando métodos convencionais de litografia usados para criar placas de circuito impresso.
[Imagem: Zhihao Jiang/Penn State]

Invisibilidade ilusória

Estrelas da ficção há poucos anos, hoje já existem versões demantos da invisibilidade do tipo "faça você mesmo".

E as coisas podem ser ainda mais simples, de acordo com Zhi Jiang e Douglas Werner, da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, especialistas no campo dos metamateriais aplicados a antenas e emsistemas miniaturizados de controle da luz.

Segundo a dupla, para que uma boa técnica de invisibilidade funcione não é necessário fazer as coisas desaparecem, basta fazer com que elas se pareçam com outras coisas - eletromagneticamente falando.

Eles demonstraram essa possibilidade criando um metamaterial muito fino, que batizaram de "manto da ilusão", que pode ser fabricado na forma de um revestimento para recobrir os objetos que se pretende esconder.

O metamaterial é formado por minúsculas antenas de cobre para captar e manipular as ondas eletromagnéticas.

Isto significa que o novo metamaterial ainda não faz as coisas sumirem ante os olhos, uma vez que ele funciona na faixa das transmissões de rádio. Contudo, isto significa que a tecnologia tem múltiplas aplicações imediatas.

Uma das grandes vantagens é que essa "ilusão de camuflagem" permite esconder antenas e aparelhos eletrônicos sem tirar sua capacidade de se comunicar com o mundo exterior.

Proteção contra interferências eletromagnéticas

Ajustando as antenas, é possível fazer com que um objeto metálico, como uma antena, se comporte como se fosse um isolante, e vice-versa, com um material isolante refletindo as ondas eletromagnéticas como se fosse um objeto metálico.

Nesta primeira versão, cada camuflagem deve ser projetada para cada comprimento de onda, devido à necessária conformação das antenas que formam o metamaterial.

"Nós não tentamos ainda expandir a largura de banda, mas a teoria sugere que isto pode ser possível e provavelmente exigirá múltiplas camadas com diferentes padrões," disse o professor Werner.

Uma das aplicações possíveis da técnica é na proteção contra interferências eletromagnéticas, protegendo equipamentos sensíveis de outras fontes emissoras de radiação eletromagnética nas proximidades.

Em um conjunto de antenas, com as que normalmente se aglomeram no alto dos prédios, a camuflagem poderá evitar que cada antena interfira ou sofra interferência das demais.

Isto não era possível com base nos mantos de invisibilidade feitos até agora com base na óptica transformacional porque o mecanismo de camuflagem bloqueia eletromagneticamente o objeto camuflado do exterior. O novo revestimento permite que o objeto continue funcionando, transmitindo e recebendo dados, mesmo quando camuflado.

Fonte: Inovação Tecnológica.
Bibliografia:

Quasi-Three-Dimensional Angle-Tolerant Electromagnetic Illusion Using Ultrathin Metasurface Coatings
Zhi Hao Jiang, Douglas H. Werner
Advanced Functional Materials
Vol.: Article first published online
DOI: 10.1002/adfm.201401561

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Empresas querem usar dirigíveis para transportar cargas na Amazônia

Fonte: Aiana Freitas   UOL

Dirigível já foi usado para segurança, propaganda e transporte; relembre16 fotos

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Algumas empresas estudam usar dirigíveis para transportar cargas na Amazônia. Esta imagem mostra o modelo da brasileira Airship. Clique nas fotos acima para ver mais detalhes dos projetos e relembrar a história dos dirigíveis pelo mundo.


Os dirigíveis, que viveram sua era de ouro nos anos 1930 transportando passageiros e entraram em desuso após o incêndio do modelo alemão Hindenburg nos Estados Unidos, poderão voltar a ser vistos em breve no céu brasileiro.
Pelo menos essa é a expectativa de empresas que estudam usar aeronaves desse tipo para transportar cargas pela Amazônia.
Elas dizem que os dirigíveis poderiam ajudar a driblar os problemas de infraestrutura que afetam a região, que carece de boas rodovias.
O especialista em logística Augusto Rocha afirma, porém, que eles têmdesvantagens com relação a aviões e barcos, como o fato de não voarem a uma velocidade muito alta e o custo elevado da tecnologia.

Torres de energia carregadas pela floresta

Uma das empresas que apostam no modelo é a brasileira Airship, que recentemente fechou seu primeiro contrato.
A empresa vai produzir dirigíveis para a Eletronorte transportar torres de transmissão, equipamentos e funcionários até a floresta. Eles são movidos a gás hélio (que não é inflamável como o hidrogênio usado no passado).
O dirigível da Airship, chamado de ADB-3, tem 130 metros de comprimento por 35 metros de diâmetro. Segundo a empresa, ele voa a uma altitude de até 500 metros, atinge até 120 km/h, e tem capacidade de transporte de até 30 toneladas.
Como comparação, o Boeing 747-8 é menor (76,4 metros de comprimento), mas tem capacidade maior de transporte de cargas (até 135 toneladas) e voa a até 913 km/h.
O projeto de desenvolvimento e construção do dirigível conta com uma linha de financiamento do BNDES de R$ 102 milhões e é tocado em São Carlos, interior de São Paulo. A data de entrega dos dirigíveis não foi informada, nem o custo previsto de tonelada transportada.
A Airship informa que planeja, futuramente, produzir dirigíveis que comportem cargas maiores (até 200 toneladas) e possam transportar grãos pelo país. Poderiam, ainda, ser usados pelo governo no monitoramento de fronteiras.

Carga e descarga de barcos em tempos de seca

Assim como no caso da Airship, o foco principal da também brasileira Munguba Soluções Ambientais (Musa) é o transporte de carga pela Amazônia. A empresa vai usar dirigíveis e balões desenvolvidos pela alemã CargoLifter.
"Nossa proposta é fazer carga e descarga de produtos em barcos, que muitas vezes não conseguem chegar até os portos, especialmente na época da seca", afirma o diretor administrativo da Musa, Stefan Keppler.
Segundo ele, os balões poderiam ser usados, também, para erguer estruturas pesadas. "Para usar um guindaste, é preciso de um terreno estável, e a terra na Amazônia não proporciona essa condição", diz.
A empresa, porém, ainda não conseguiu tirar o projeto do papel por falta de financiamento e de um parceiro que aposte na tecnologia.
No começo deste ano, a britânica Hybrid Air Vehicles (HAV) lançou o Airlander, criado também para ser usado no transporte de cargas. O projeto conta com investimento do roqueiro e piloto profissional Bruce Dickinson, vocalista da banda Iron Maiden.

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Aquecimento global pode resultar em mais nascimentos de meninas (Global warming could result in more births of girls)!

Os fetos femininos são mais resistentes ao estresse externo.

Pesquisa inédita descobre que os fetos masculinos são mais afetados pelo estresse externo.
[New study shows that male are apparently more affected by external stress].
Foto: Divulgação (CicloVivo).

Uma pesquisa realizada por cientistas japoneses aponta para o nascimento de mais meninas do que meninos, conforme as temperaturas globais aumentam. De acordo com o estudo, os fetos masculinos são mais sensíveis às mudanças no clima.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram os índices de natalidade juntamente com as informações sobre as temperaturas anuais. Os comparativos abrangeram o período de 1968 até 2012. O resultado foi um declínio no nascimento de meninos ao longo dos anos, se comparado à quantidades de meninas no mesmo período.

A explicação para esses números, segundo o estudo publicado na revista científica Science Direct, está ligada à diferença na vulnerabilidade dos sexos. Um verão muito quente ou um inverno muito frio culminaram em um número maior de abortos em fetos do sexo masculino, o que não ocorreu com os femininos. Os cientistas explicam que os meninos são mais frágeis aos fatores de estresse externos.

Relação semelhante é observada entre os répteis, que são ainda mais frágeis às mudanças do que os seres humanos. A temperatura externa é fator determinante no sexo dos filhotes. Um exemplo é o caso das tartarugas pintadas, que quando colocam os ovos em áreas frias, têm filhotes machos, e quando os depositam em áreas quentes, têm filhotes fêmeas. Com o aumento das temperaturas a tendência é que haja uma redução e os machos se tornem mais raros, conforme explicado pelo pesquisador Timothy Mitchell, da Universidade Estadual de Iowa, em declaração ao site TreeHugger.

Fonte: CicloVivo.

Bateria que recarrega em 2 minutos dura 20 anos (It's true: a battery that recharges in 2 minutes and can last 20 years)!

Bateria que recarrega em 2 minutos dura 20 anos
Os pesquisadores já licenciaram a tecnologia, e afirmam que
as baterias ultrarrápidas poderão chegar ao mercado em dois anos. 
[The researchers have licensed the technology, and claim that 
that ultrafast batteries could reach the market in the next two years].
Image: NTU (divulgação).


Cientistas de Cingapura criaram uma bateria com capacidade de recarregamento ultrarrápido. O protótipo recupera 70% de sua carga total em apenas dois minutos. E, neste caso, viver na via rápida não significa viver menos: as simulações garantem que a bateria ultrarrápida poderá ter uma vida útil de até 20 anos, o que é 10 vezes mais do que as atuais.

A equipe afirma que a nova bateria pode mudar o jogo na indústria automotiva, resolvendo o problema da autonomia dos carros elétricos e do seu tempo de recarregamento.

"A autonomia dos carros elétricos poderá aumentar de forma dramática, recarregando a bateria em apenas cinco minutos, o que é comparável com o tempo necessário para uma bomba de gasolina encher o tanque de um carro atual," disse o professor Chen Xiaodong, coordenador da equipe.

"Igualmente importante, agora podemos reduzir drasticamente o lixo tóxico gerado pelas baterias descartadas, uma vez que nossas baterias duram 10 vezes mais do que a geração atual de baterias de íons de lítio," acrescentou ele.

Nanotubos de titânio

A inovação foi possível substituindo o eletrodo negativo das baterias de lítio, que é feito de grafite, por um gel à base de nanotubos de dióxido de titânio, um material barato e usado, por exemplo, em protetores solares e como aditivo em alimentos.

O dióxido de titânio ocorre naturalmente na forma de cristais esféricos, mas a equipe descobriu uma forma de transformá-los em nanotubos, aumentando sua área superficial e acelerando as reações químicas necessárias para a recarga da bateria.

Segundo o professor Xiaodong, a tecnologia é tão promissora e simples que o processo já está sendo licenciado para uma empresa interessada em criar uma nova geração de baterias ultrarrápidas, que ele estima chegarem ao mercado em dois anos.


Bibliografia/Reference:

Nanotubes: Mechanical Force-Driven Growth of Elongated Bending TiO2-based Nanotubular Materials for Ultrafast Rechargeable Lithium Ion Batteries
Yuxin Tang, Yanyan Zhang, Jiyang Deng, Jiaqi Wei, Hong Le Tam, Bevita Kallupalathinkal Chandran, Zhili Dong, Zhong Chen, Xiaodong Chen -Advanced Materials. DOI: 10.1002/adma.201470238.

Fonte: Inovação Tecnológica.

sábado, 25 de outubro de 2014

Francês projeta casa pré-fabricada que produz 50% mais energia do que consome

Outubro  2014 

O arquiteto francês Phillippe Starck desenvolveu um modelo de casas pré-fabricadas capazes de gerar 50% mais energia do que consome. O protótipo já está pronto e, mesmo tendo diversas opções tecnológicas, foi desenvolvido para ser acessível e chegar ao maior público possível, conforme informado pelo próprio arquiteto.
A primeira residência foi apelidada de Monffort e faz parte da linha PATH, feita em parceria com a Riko, uma das principais fabricantes europeias de casas de madeira pré-fabricadas. Starck também informa que a coleção possui quatro tipos diferentes de residência, com 34 tipos de plantas diferentes. Além disso, elas foram pensadas para utilizar apenas 1/3 da energia gasta em uma casa tradicional.

Foto: Divulgação
Um dos itens sustentáveis importantes usados pelo francês no projeto é a cobertura de cornija, que vai muito além da estética. A forma aplicada à superfície da casa protege o sistema que produz e distribui a energia, evitando perdas no processo.

Foto: Divulgação
Os clientes que optam por uma casa dessa coleção podem escolher quais tecnologias deseja aplicar para produzir energia. É possível usar painéis fotovoltaicos, turbinas eólicas, acrescentar sistemas de captação da água da chuva, usar energia solar par ao aquecimento da água, bombas de calor, entre outras coisas.

Foto: Divulgação
No exterior, a casa possui grandes vidraças, que ajudam a aproveitar melhor a iluminação natural. Os tamanhos disponíveis variam de 140 a 350 metros quadrados, com opções de até oito quartos, escritório e jardim de inverno. O arquiteto garante que a construção é feita com materiais que geram poucos resíduos e são entregues aos clientes em até seis meses.
Redação CicloVivo

WWF oferece bolsa de estudos em conservação ambiental

Outubro 2014


Com o objetivo de promover a capacitação profissional na área de conservação ambiental em níveis local e nacional, a Rede WWF criou a Bolsa Prince Bernhard voltado para estudantes e profissionais. O principal objetivo é prover suporte financeiro para treinamento de curto prazo ou estudos formais, para que o indivíduo possa contribuir de maneira mais eficiente com a conservação ambiental em seu próprio país.

A Bolsa Prince Bernhard privilegia candidatos atuantes em conservação da África, Ásia, Europa Central e Leste Europeu, Oriente Médio, América Latina e Caribe. Especialmente mulheres e candidatos que trabalhem em organizações não-governamentais (ONGs) são encorajados a se candidatar. A bolsa será concedida para cursos de curta duração, graduação, mestrado ou doutorado com término previsto entre 1º de julho de 2014 e 30 de junho de 2015.

O valor máximo concedido para cada bolsa é de 10.000 francos suíços (US$ 10.970). Este suporte financeiro deverá ser usado para pagar taxas do curso, custos de viagem e de subsistência durante o período. As inscrições para o próximo período de seleção da bolsa terminam em 11 de janeiro de 2015.

Para se candidatar, acesse o site aqui. Preencha o formulário e envio-o juntamente com os documentos solicitados até 11 de janeiro de 2015 para lep@wwf.org.br.

Soluções para o dia a dia nascem no ensino

Em feira de tecnologia, alunos de Etecs e Fatecs de SP apresentam projetos que resolvem problemas do cotidiano com ideias criativas

Um carrinho de compras inteligente, uma cadeira de rodas para o ambiente urbano e um aplicativo de alimentação saudável. Com soluções para muitos problemas do dia a dia, a 8a edição da Feira Tecnológica do Centro Paula Souza apresentou 244 projetos desenvolvidos por alunos das Etecs (Escolas Técnicas) e Fatecs (Faculdades de Tecnologia) do Estado de São Paulo.
Os trabalhos apresentados na feira são reflexo de uma formação voltada para a integração entre o cotidiano e o conhecimento científico, como explica Lucília Guerra, responsável pelo Centro de Capacitação Técnica, Pedagógica e de Gestão do Centro Paula Souza. “É você extrair do aluno o potencial de achar soluções para os problemas que a gente tem no dia a dia”, defendeu. Segundo ela, isso faz com que o estudante consiga se tornar um profissional mais criativo e inovador.

Foi a partir desse olhar para o cotidiano que surgiu uma ideia na Etec de Perus, região noroeste de São Paulo, que propunha tornar mais simples a tarefa de fazer compras no supermercado. Desenvolvido como trabalho de conclusão do curso de eletrônica, os alunos Bruno Tavares, 25, Ronaldo Ferreira, 22, e Tiago dos Santos, 30, criaram um carrinho de compras inteligente.
Ele usa uma tecnologia que substitui o código de barras por um microchip e consegue somar o valor dos produtos inseridos pelo consumidor. Um visor mostra o valor total da sua compra. Se ele desistir de levar algum produto, basta retirá-lo para que o valor seja subtraído. De acordo com o aluno Tiago dos Santos, isso ajudaria a reduzir o tempo de espera na fila, pois o cliente já sabe quanto vai pagar antes mesmo de chegar ao caixa.
O aluno do curso de projeto mecânico Emilson Bonjorno, 47, da Etec Professor Aprígio Gonzaga, na Penha, zona leste de São Paulo, também desenvolveu o seu projeto com base em uma observação do dia a dia. Ao ver a dificuldade que os deficientes físicos tinham para se locomover na cidade, ele elaborou uma cadeira de rodas autoestabilizadora. “Percebi que poderia fazer alguma coisa para ajudar”, disse.
“Uma ideia, que antes não tinha tanto valor, pode se tornar em algo fabuloso”
Com um sistema de amortecimento dinâmico, a cadeira de rodas não transfere as imperfeições do piso e, durante subidas e descidas, o assento não se inclina, garantindo maior conforto. Edmilson já trabalhava como mecânico de manutenção e procurou o curso de projeto para se aperfeiçoar. Segundo ele, isso ajudou a pensar de forma mais prática. “O ensino técnico abre muito a mente do aluno. Na parte de projetos, você tem um leque enorme. Uma ideia, que antes não tinha tanto valor, pode se tornar em algo fabuloso.”
Uma das vantagens do ensino técnico, conforme destacado por Lucília Guerra, é de oferecer um ambiente de aprendizado bastante dinâmico, onde o aluno pode vivenciar a articulação entre a teoria e a prática, de forma semelhante ao que acontece no mercado de trabalho. “A aprendizagem baseada em projetos vem, justamente, nesse socorro de que o aluno consiga fazer as experiências dentro de um projeto que ele pode errar e começar de novo.”
“Na verdade, a inovação que a gente pode observar na educação, especificamente dentro do Centro Paula Souza, é a de tentar respeitar o repertório dos alunos. Você parte do interesse dele para aplicar conhecimentos que são essenciais durante a sua formação”, afirmou Lucília.
Os vários acidentes envolvendo motociclistas ocasionados por cortes de linhas de pipa serviram de inspiração para o projeto de Carlos Alberto Ferreira, 38, aluno da Fatec Thomaz Novelino, em Franca, no interior do estado. Ele teve a ideia de começar a pesquisar sobre materiais que evitassem o problema e, ao lado do colega Jeferson Balbino, 20, fez um protetor de pescoço que arrebenta a linha com o atrito, impedindo que o motorista sofra lesões. “Eu já percebia essa necessidade. Durante o percurso, quando demos início ao trabalho, também conversamos com uma pessoa que sofreu um acidente e isso nos motivou a continuar pesquisando”, lembrou Carlos Alberto.
De acordo com Lucília Guerra, do Centro Paula Souza, projetos como esses, que foram expostos durante a feira, mostram que os alunos estão com um olhar muito aguçado para as dificuldades que encontram no dia a dia. “Você não precisa de um milhão de dólares para ser criativo.” Diante das ideias apresentadas, o papel do professor muda e ele passa a trabalhar próximo ao aluno para o alinhar a viabilidade. “É dar foco para que o aluno consiga tirar o maior proveito dessa solução que ele está propondo.”
“Ele exercita a sua mente para sair da zona de conforto e buscar soluções novas”
A dupla Jorge Miguel, 17, e Larissa Cavalcante, 17, da Etec Nova Odessa, munícipio no oeste do estado, resolveu unir o cuidado com a saúde e a dependência da tecnologia para criar um aplicativo simples, ao mesmo tempo funcional. Alunos do ensino médio integrado ao técnico de informática, eles desenvolveram o Vida em Movimento, um sistema que permite fazer o controle diário da alimentação e os exercícios físicos praticados. Segundo Larissa, o curso técnico teve um papel fundamental no desenvolvimento desse projeto. “Ele exercita a sua mente para sair da zona de conforto e buscar soluções novas”, contou.
E não foram apenas os estudantes que estão matriculados nos cursos técnicos que se arriscaram a colocar em prática as suas invenções. Três alunos do ensino médio da Etec Piedade, interior de São Paulo, ficaram sabendo da feira de tecnologia e também decidiram elaborar um projeto. David Henrique, 16, Lincon Munhoz, 15, e Paulo Roberto, 16, apostaram na criação de uma bicicleta ecológica com bambu. De acordo com David, a ideia era valorizar o meio ambiente e aproveitar o momento em que estavam sendo realizados investimentos em ciclovias na cidade. “A oportunidade incentiva a gente a tomar uma atitude.”
A 8a Feira Tecnológica do Centro Paula Souza foi realizada de 21 a 23 de outubro, no Expo Barra Funda, zona oeste de São Paulo. O evento contou com a participação de alunos e professores de 122 Etecs e 42 Fatecs, além de um público estimado de 20 mil pessoas

FETEPS 2014 - TV Gazeta

http://www.tvgazeta.com.br/?videos=alunos-de-escolas-tecnicas-expoem-seus-projetos


sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Crise da água afronta a ciência brasileira (Water crisis affront to Brazilian science).

Sistema Cantareira atinge volume zero em 2014 mes de junho20140515 0002 1024x682 Crise da água afronta a ciência brasileira

O Sistema Cantareira registrou ontem, 23 de outubro, 3,0% de volume útil. 
[The Cantareira System registers 3.0% of working volume in yesterday, October 23]. Image: Vagner Campos/ A2 FOTOGRAFIA - Fotos Públicas.
"Não foi por falta de aviso.

Além do seu incomensurável capital natural, o Brasil construiu ao longo do tempo um robusto estoque de conhecimento científico a respeito de seus biomas, ecossistemas e bacias hidrográficas.

Gente do calibre de José Lutzenberger, Augusto Ruschi e Aziz Ab’Saber (dentre tantos outros que descortinaram novos e importantes horizontes de investigação científica) revelaram que a natureza se comporta como um sofisticado sistema interligado, onde certos gêneros de intervenção, aparentemente inofensivos, podem causar gigantescos estragos.

Não fosse a genialidade e o respeito que impuseram a partir de seus trabalhos científicos, seriam massacrados pelos poderosos da época.

Não foram poucos os políticos inescrupulosos e empresários gananciosos que tentaram a todo custo “desconstruir” (para usar uma palavra da moda) suas reputações.

Deixaram um legado reconhecidamente importante que deveria inspirar uma nova ética no modelo de desenvolvimento, especialmente mais cuidado na forma como certas políticas públicas são concebidas e aplicadas.

Portanto, é curioso imaginar o que Lutz, Ruschi e Ab’Saber diriam hoje sobre essa crise hídrica sem precedentes na história do Brasil?

Em 1980, ao publicar o livro com o sugestivo título “O Fim do Futuro?”, José Lutzenberger denunciava que “a perda da capa vegetal protetora, além de significar o desaparecimento dos habitats essenciais à sobrevivência da fauna e das espécies vegetais mais especializadas e preciosas, causa o desequilíbrio hídrico dos corpos d`água (…) Estamos preparando para o nosso país o mesmo destino que o do cordão subsaariano”.

Um dos primeiros a prever a escassez de água no mundo, Augusto Ruschi denunciava em sucessivos alertas, como nesse texto de 1986, os impactos causados pelo desmatamento sobre a vazão de água dos rios, especialmente na Amazônia:

“Há 35 anos, escrevi que estávamos caminhando para construir na Amazônia o segundo maior deserto do mundo. Hoje, a previsão vai se confirmando. No primeiro ano, depois que desmatam, é uma beleza: o solo continua fértil, produz-se muito. Mas, depois, a matéria orgânica é lixiviada para as profundezas do solo e planta nenhuma vai lá embaixo buscá-la. Forma-se o cerrado, depois a caatinga, e finalmente, o deserto”.

Um dos mais respeitados cientistas brasileiros, Aziz Ab’Saber denunciou abertamente o absurdo do novo Código Florestal ter sido aprovado há quase três anos no Congresso Nacional sem o respaldo da ciência. E previu consequências trágicas para os recursos hídricos.

“Trata-se de desconhecimento entristecedor sobre a ordem de grandeza das redes hidrográficas do território intertropical brasileiro” (…) Em face do gigantismo do território e da situação real em que se encontram os seus macro biomas – Amazônia Brasileira, Brasil Tropical Atlântico, Cerrados do Brasil Central, Planalto das Araucárias, e Pradarias Mistas do Brasil Subtropical – e de seus numerosos minibiomas, faixas de transição e relictos de ecossistemas, qualquer tentativa de mudança do Código Florestal tem que ser conduzido por pessoas competentes bioeticamente sensíveis”.

Como se sabe, não foi assim que aconteceu. Prevaleceram os interesses da bancada ruralista.

Em tempo: o desmatamento na Amazônia entre agosto e setembro aumentou 191%, segundo dados apurados pelo Instituto Imazon.

E os candidatos à Presidência, o que dizem?

Bem, a cada novo dia de campanha eleitoral o Brasil tem menos água e menos floresta. E as prioridades continuam sendo outras.

Mas o legado de Lutz, Ruschi e Ab’Saber segue incomodando. Até que alguém resolva prestar atenção e evitar uma catástrofe ainda maior".

André Trigueiro é jornalista com pós-graduação em Gestão Ambiental pela Coppe-UFRJ onde hoje leciona a disciplina geopolítica ambiental, professor e criador do curso de Jornalismo Ambiental da PUC-RJ.

Fonte: Envolverde (publicado originalmente no "Mundo Sustentável").



Entenda o conceito de água virtual e calcule a sua pegada hídrica (Understanding the concept of virtual water: how to calculate your water footprint).

Todas as escolhas, hábitos e consumos geram algum impacto ambiental.
Imagem: Divulgação (CicloVivo).

Você já parou para pensar na quantidade de água que você consome diariamente? Ao contrário do que possa parecer, os gastos com água não estão ligados apenas ao tempo no banho, à lavagem do carro, garagem ou àquele copo de água que matou a sua sede. Existe também o conceito de água virtual que é a quantidade do recurso utilizada para produzir alimentos, roupas e outros utensílios.

Todas as escolhas, hábitos e consumos geram algum impacto ambiental. Assim como existem calculadoras que mensuram as emissões de gases de efeito estufa da rotina das pessoas, também é possível computar a quantidade de água gasta para realizar todas estas tarefas.

O conceito de água virtual é extremamente necessário para que esta somatória seja possível. Antes de fazer uma lista com os hábitos alimentares e de consumo, é preciso entender que, por trás de tudo isso, existe uma quantidade enorme de água usada e que não pode ser visualizada no produto final. Este pensamento pode ajudar a definir quais são as prioridades e os padrões de consumo aplicados.

A Water Footprint Network é a organização internacional responsável pela criação da calculadora que mede a pegada hídrica, seja ela individual ou de um grupo. Esta ferramenta ajuda a identificar os pontos mais críticos e aquilo que poderia ser melhorado.

O consumo de carne, por exemplo, é algo que eleva muito a pegada hídrica, por toda a quantidade de água necessária durante a sua produção. As análises também avaliam a quantidade de água gasta diretamente em sua forma natural, ou seja, quantos litros são gastos no banho, na escovação dos dentes, descarga, louça, limpeza do quintal, carro, entre outras coisas.

Clique aqui para fazer o teste e verificar o tamanho da sua pegada hídrica.

Fonte: CicloVivo.

Venda de PCs no Brasil sofre forte queda nos meses de julho e agosto (PC sales in Brazil suffers sharp fall between last July and August).


Fonte: Divulgação (CanalTech).

O mercado mundial de PCs não anda bem das pernas e está apresentando resultados negativos também no Brasil. A IDC Brasil, consultoria de inteligência de mercado e tecnologia da informação e telecomunicações, divulgou os resultados do estudo PC Monthly Tracker referentes aos meses de julho e agosto de 2014.

Os resultados mostram quedas expressivas nas vendas de desktops e notebooks no mercado brasileiro. Em julho, foram comercializados cerca de 787 mil PCs, uma queda de 35% em comparação com o mesmo período do ano passado. Desse total, foram vendidos 324 mil desktops (41%) e 464 mil notebooks (59%). Separando por consumidores, 31% das vendas foram destinadas a consumidores corporativos e 69% ao consumidor final.

No mês de agosto, de acordo com a IDC, foram vendidos 760 mil PCs, sendo 293 mil desktops (39%) e 467 mil notebooks (61%). 28% das vendas foram destinadas ao mercado corporativo e 72% ao consumidor final. O número de vendas do mês representa uma queda de 27% na comparação com agosto de 2013.

Apesar das quedas expressivas, a projeção da IDC já esperava uma retração significativa para o mercado de PCs. "Os números estão de acordo com a nossa projeção. Já esperávamos um desempenho negativo do mercado", afirma Hagger. O analista da IDC ainda declara os motivos que levaram a queda acentuada. 

"O momento pré-eleição, a queda na disputa de preços pelas empresas, principalmente no setor de consumo, têm impactado os números nesses últimos meses", explica.

Para a IDC, 2014 terá a queda mais forte já registrada para o mercado de PCs, com baixa de 24%.

Fonte: CanalTech.

Material mais duro que diamante rumo à escala industrial (Material harder than diamond towards industrial scale).


Material mais duro que diamante rumo à escala industrial











Identador Vickers, mede a dureza de materiais, feito de fulerita.
[Vickers indenter, measuring the hardness of materials formed by fulerita.]

Image: MikhailPopov/MIPT.

Pesquisadores russos desenvolveram um processo capaz de sintetizar um material ultraduro - com uma dureza superior à do diamante.

O material é chamado fulerita, um polímero composto por fulerenos, moléculas esféricas feitas inteiramente de carbono.

Os fulerenos, também conhecidos como buckballs ou Carbono 60, já haviam sido adicionados ao alumínio, produzindo uma liga tão dura quanto o aço.



Há algum tempo que o diamante perdeu o posto de material mais duro conhecido pelo homem, criando a categoria de materiais ultraduros, aqueles que são mais duros do que o diamante.

Os diamantes naturais têm uma dureza entre 70 e 150 gigapascals (GPa), mas a fulerita fabricada segundo o novo processo atinge durezas que vão dos 150 aos 300 GPa.


Esquema de uma molécula de fulereno C60.
[C60 fullerene molecule scheme].
Image: MIPT.

"A descoberta da síntese catalítica da fulerita ultradura vai criar uma nova área de pesquisa em ciência dos materiais porque reduz substancialmente a pressão necessária para a síntese e permite a fabricação do material e seus derivados em escala industrial," disse o professor Mikhail Popov, do Instituto de Física e Tecnologia de Moscou.

Fonte: Inovação Tecnológica.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

10 números alarmantes sobre a falta de água em São Paulo (10 alarming facts about water scarcity in São Paulo)!

torneira agua 10 números alarmantes sobre a falta de água em São Paulo

Nove em cada dez paulistanos acham que a população ainda será muito prejudicada.
[Ninety percent of 'paulistanos' citizens believe that the population will still be greatly impaired].
Imagem: Demétrius Daffara.

Mais da metade dos paulistanos disseram ter enfrentado falta de água pelo menos uma vez nos últimos 30 dias. Para três em cada dez, o problema durou mais do que cinco dias, segundo uma nova pesquisa do instituto Datafolha.

Diante de um quadro que não dá sinais de melhora, 34% dos paulistanos já estocam água em casa. E o restante da população pretender fazer o mesmo daqui para frente.

Para a maioria das pessoas, o governo paulista não passa informações suficientes e claras sobre o problema da falta de água, o que só aumenta o clima de insegurança e pessimismo. Nove em cada dez acham que a população ainda será muito prejudicada.

Realizada em outubro, a pesquisa Datafolha entrevistou 804 pessoas e tem margem de erro de quatro pontos percentuais. Confira alguns dos principais resultados do levantamento:
- 60% dos paulistanos disseram ter ficado sem água pelo menos 1 dia nos últimos 30 dias;
- 38% dos moradores sofreram com a escassez ao menos 5 dias no mesmo período;
- 74% dos que ficaram sem água disseram que o problema durou mais de 6 horas;
- 65% dos paulistanos com renda familiar inferior a cinco salários mínimos disseram ter sofrido com a falta de água;
- Mais só 32% dos que têm renda familiar superior a dez salários mínimos relataram o problema;
- Para 75% dos paulistanos, os problemas de abastecimento de água poderiam ter sido evitados;
- 77% afirmam que o governo não está fornecendo todas as informações disponíveis sobre a água;
- 88% acreditam que São Paulo corre grande risco de ficar um bom tempo sem água nos próximos meses;
- 34% dos paulistanos já estocam água em casa e 66% pretendem fazer isso daqui pra frente;
- 91% acham que a população ainda será muito prejudicada.

Fonte: Ecodesenvolvimento (in: Envolverde).

Chuveiro sustentável reutiliza 90% de água e 80% de energia (Sustainable Shower: reuse economy 90% water and 80% energy)!

Criado na Suécia, equipamento também filtra a água e garante banhos mais longos sem muita culpa.

Criado na Suécia, dispositivo filtra a água e permite banhos mais prolongados.
[Device created in Sweden, filters the water and allows more extensive use of the resource].
Fonte: CicloVivo (divulgação).

Um chuveiro sustentável desenvolvido na Suécia é capaz de economizar 90% da água e 80% de eletricidade por métodos sustentáveis, além de filtrar a água fornecida para as residências por meio da rede de esgotos. Fora reduzir os preços nas tarifas de água e de energia, o novo sistema permite que as pessoas tomem banhos mais longos sem causar sérios impactos no meio ambiente.

Batizado de OrbSys, o chuveiro foi inspirado em tecnologias utilizadas por cosmonautas, e, de acordo com seus criadores, ele é capaz de gerar, para as residências, uma economia superior a mil dólares nas tarifas de água e energia. No site da empresa, o internauta pode estimar a economia média oferecida pelo sistema de acordo com a cidade em que vive – no Brasil, estão disponíveis os cálculos para São Paulo, onde o OrbSys traria uma diferença média de cerca de três mil reais ao fim do ano, considerando que quatro banhos de dez minutos são tomados diariamente na residência.

Além de filtrar e bombear a mesma água durante o banho, o sistema armazena a maior parte do aquecimento em seu interior, provocando uma significativa economia de eletricidade. “Com o meu chuveiro, que está em constante reciclagem da água, você só usaria cerca de cinco litros de água por um banho de 10 minutos. Em um banho regular, você iria usar 150 litros de água, 30 vezes mais. É muita economia”, enfatiza Merhdad Mahdjoubi, responsável pelo equipamento.
O chuveiro sustentável teve brilhante desempenho durante a fase de testes, em que se constatou que o sistema pode fornecer vazão de até 24 litros por minuto, os quais são reutilizados imediatamente no banho. Vale lembrar, também, que os modelos convencionais possuem vazão média de fluxo de água de 15 litros por minuto – o que faz os usuários do OrbSys tomarem uma ducha mais confortável e sem preocupações com o gasto excessivo do recurso.
O projeto foi apresentado pela primeira vez quando Mahdjoubi ainda estava cursando Desenho Industrial na Universidade de Lund, um dos mais influentes centros acadêmicos da Suécia. O inventor projetou o chuveiro em parceria com o Centro Espacial Johnson da NASA, que, na época, tinha por objetivo difundir novas tecnologias para expedições espaciais. Até agora, o chuveiro sustentável de alto desempenho não é comercializado.

Fonte: CicloVivo.

Primeiro-ministro da Finlândia culpa Apple por crise financeira no país (Finland' Prime Minister blames Apple for the financial crisis on the country)

Alexander Stubb

Imagem: CanalTech (divulgação).

Não há dúvidas de que a Apple é uma das empresas mais lucrativas do mundo, além de ser uma das companhias mais respeitadas e admiradas em todo o planeta. Contudo, tanto sucesso pode comprometer o desenvolvimento de outras entidades, principalmente se forem do mercado de tecnologia. Esta é a conclusão do primeiro-ministro da Finlândia, Alexander Stubb, que culpa a gigante de Cupertino pelo declínio das indústrias do papel e dos smartphones em seu país.

As declarações foram feitas durante uma entrevista concedida à CNBC nesta segunda-feira (13). De acordo com Stubb, os setores de papel e telefonia móvel, citados pelo político como "dois campeões" finlandeses, foram aniquilados pelos produtos da Maçã e, consequentemente, causaram uma crise econômica no país nórdico.

O político cita como exemplos as companhias UPM-Kymmene e Stora Enso, as duas principais produtoras de papel da Europa. O segmento, um dos mais importantes para a economia da Finlândia, enfrenta uma forte crise devido ao aumento das vendas no número de tablets e leitores digitais, especialmente com a chegada dos primeiros modelos de iPad. Segundo dados do Instituto de Pesquisa Florestal da Finlândia, a indústria de papel está em declínio constante desde o ano passado e o cenário não deve mudar em 2014.

Além do papel, o mercado de smartphones foi outro setor fortemente atingido pela Apple que, segundo o primeiro-ministro finlandês, teria causado a "queda" da Nokia. O político lembra que, durante a década de 1990 e começo dos anos 2000, a finlandesa foi líder mundial no ramo de telefonia móvel. Isso mudou poucos anos depois com a aparição do iPhone e de produtos de outras companhias, como a linha Galaxy da Samsung. O quadro se complicou ainda mais depois que a Nokia foi adquirida pela Microsoft, uma vez que cerca de mil empregos foram extintos na Finlândia.

"Acho que se poderia dizer que o iPhone matou a Nokia e o iPad matou a indústria finlandesa de papel. A indústria florestal está recuando em termos de bioenergia e outras coisas. Na verdade, uma nova Nokia surgiu em termos de [Nokia] Networks. Geralmente, quando se passa por tempos difíceis, é possível se pensar em mais inovação para o setor público. E nosso trabalho é criar uma plataforma para isso", comentou Stubb se referindo às mudanças causadas na época de lançamento do primeiro iPhone, na década de 2000.

Na última sexta-feira (10), a agência Standard & Poors rebaixou a classificação da dívida da Finlândia de AAA para AA+. Entre os motivos citados pela entidade estão o fraco desenvolvimento do país e a falta de expectativas para sair da crise.

Em julho deste ano, o premiê já havia culpado à Apple pela crise financeira enfrentada pela nação escandinava. "Sim, Steve Jobs levou nossos empregos. Tínhamos duas matrizes: um era a alta tecnologia, com a Nokia, e o outro era a indústria do papel", destacou o primeiro-ministro ao jornal econômico sueco Dagens Industri.

Fonte: CanalTech.