sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Entre 2020 e 2030, energia solar deve ser mais barata do que combustíveis fósseis (2020-2030: Solar energy should be cheaper than fossil fuels).

Até 2033 a energia solar deverá custar US$ 0,20 KWh nos EUA.
Até o ano 2033 a energia solar deverá custar US$0,20 KWh nos Estados Unidos.
[In the year 2033, in the United States, the solar energy is expected to cost US$ 0.20 KWh].
Imagem: Divulgação.

Em poucos anos a energia solar deve ser mais barata do que os combustíveis fósseis. A afirmação é dos analistas norte-americanos Brian Lee e Thomas Daniels. Eles não especificaram uma data para isso, mas a estimativa é de que a previsão se concretize entre 2020 e 2033.

Para esta especulação, conforme informado pelo site Business Insider, a dupla considerou o cenário norte-americano, em que as placas fotovoltaicas para uso doméstico estão cada vez mais populares e baratas. Apenas no segundo semestre de 2013, os custos de painéis solares caíram 40%. A redução continua a acontecer.

No entanto, para que todo o sistema seja realmente mais barato do que a energia distribuída pelas redes de transmissão ou obtida através de geradores a gás, também é necessário diminuir os preços das baterias para o armazenamento.

O avanço tecnológico tem contribuído para essa popularização. A Tesla, montadora automotiva estadunidense, tem se dedicado ao desenvolvimento de baterias mais eficientes e baratas. Os resultados são extremamente favoráveis. Em 2008 as baterias da empresa custavam US$ 500/KWh. Agora elas já são comercializadas a US$ 250. Até 2020, as baterias deverão custar US$ 125 KWh, com a previsão de caírem 3% nos anos seguintes.

Diante destes números e com o constante aumento na energia e dos combustíveis fósseis, até 2033 a energia solar deverá custar US$ 0,20 KWh nos Estados Unidos. O preço é totalmente compatível com o das fontes não renováveis, comercializadas atualmente a US$ 0,36 KWh nos estados mais caros: Nova York, Califórnia e Havaí.

Fonte: CicloVivo.

Drones e VANTs: O que é permitido e proibido no Brasil (Drones and UAVs: What is allowed and forbidden in Brazil).

Legislação sobre drones e VANTs no Brasil
Se o seu drone tem uma câmera já é necessário preocupar-se com a legislação.
[If your drone already have a camera then it is necessary to worry about the legislation].
Imagem: Dkroetsch/Wikmedia Commons.

Legislação sobre drones e VANTs no Brasil

Cada dia mais presentes nos ares brasileiros, os drones disseminaram-se como uma modalidade de recreação para pessoas interessadas em novas tecnologias. Esses objetos voadores não tripulados também começaram a ser usados para fazer imagens aéreas e até mesmo para fazer entregas.

Como há muitas dúvidas e controvérsias sobre o uso desses equipamentos, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) da Aeronáutica divulgou o ponto de vista oficial sobre essas tecnologias e sobre quando e onde é permitido usá-las.

Antes de mais nada, é necessário esclarecer os diversos tipos desses equipamentos de voo atualmente no mercado.

Drone

O termo "drone" é apenas um nome genérico. Drone (em português: zangão, zumbido) é um apelido informal, originado nos EUA, que vem se difundindo mundo afora, para caracterizar todo e qualquer objeto voador não tripulado, seja ele de qualquer origem, característica ou propósito (profissional, recreativo, militar, comercial etc.). Ou seja, é um termo genérico, sem amparo técnico ou definição na legislação.

VANT

VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado), por outro lado, é a terminologia oficial prevista pelos órgãos reguladores brasileiros do transporte aéreo para definir este tipo de veículo.

Há, no entanto, algumas diferenças importantes. A legislação brasileira caracteriza como VANT toda aeronave projetada para operar sem piloto a bordo, mas de caráter não-recreativo e com carga útil embarcada.

Ou seja, nem todo drone pode ser considerado um VANT, já que um Veículo Aéreo Não Tripulado utilizado como hobby ou esporte enquadra-se, por definição legal, na legislação pertinente aos aeromodelos, e não na de um VANT.

ARP

Do mesmo modo, há dois tipos diferentes de VANT. O primeiro e mais conhecido é o ARP - Aeronave Remotamente Pilotada, ou RPA na sigla em inglês (Remotely-Piloted Aircraft). Nesta subcategoria, o piloto não está a bordo, mas controla a aeronave remotamente de uma interface qualquer (computador, simulador, dispositivo digital, controle remoto etc.).

A outra subcategoria de VANT é a chamada "Aeronave Autônoma" que, uma vez programada, não permite intervenção externa durante a realização do voo. No Brasil, as aeronaves autônomas têm o seu uso proibido.

Assim, o termo ARP é a terminologia correta para se referir a aeronaves remotamente pilotadas de caráter não-recreativo - um drone que deve se submeter à legislação vigente.

SARP

Há ainda a categoria SARP, ou Sistema de ARP. Assim, além da aeronave, um SARP inclui todos os recursos necessários para que ela voe: a estação de pilotagem remota, o link ou enlace de comando que possibilita o controle da aeronave, os equipamentos de apoio etc. É comum também o uso do termo em inglês RPAS (Remotely Piloted Aircraft Systems).


Drone em voo de teste para entrega de encomendas.
[Drone in test flight for delivery orders].
Imagem: DECEA/Getty Images.

Regras para aeromodelos e drones

No Brasil, os drones - o termo genérico - são classificados e regulamentados conforme seu propósito de uso. Se for para lazer, esporte, hobby ou competição, o equipamento é visto como um aeromodelo. Pode ser tanto um mini-helicóptero, uma réplica de um jato ou até mesmo um helicóptero de várias hélices - os mais comuns são os quadricópteros.

Contudo, se o uso do mesmo drone for para outras finalidades (pesquisa, experimentos, comércio ou serviços - de fotografia, por exemplo), o aparelho passa a ser entendido como um veículo aéreo não tripulado (VANT) desde que possua uma carga útil embarcada não necessária para o equipamento voar. Exemplos dessa carga útil são as câmeras acopladas para tomadas aéreas de filmes ou quando alguém embarca uma correspondência para entrega, seja uma carta ou uma pizza.

Da mesma forma que as demais aeronaves de aeromodelismo, não há impedimento para a compra, limitação de potência e tamanho do drone.

Mas há regras da Aeronáutica para o uso de aeromodelos, que então se aplicam automaticamente aos drones: aeromodelos não podem ficar em áreas densamente povoadas ou perto de multidões; 
somente pode existir público se houver segurança no voo. Se você for piloto de primeira viagem, nada de convidar plateia por uma questões de segurança;  não pilotar em áreas próximas a aeródromos sem autorização; e  não atingir altura superior a 121,92 metros (400 pés) da superfície terrestre.



VANT utilizado pela Força Aérea Brasileira.
[UAV used by the Brazilian Air Force].
Imagem: FAV/Divulgação.

Como obter autorização para uso de VANT/ARP?

Recapitulando, se o drone não for usado para recreação, ele é um VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado) e, uma vez que é controlado remotamente durante o voo, passa a ser denominado ARP (Aeronave Remotamente Pilotada).



Então, se você for fazer a filmagem de um casamento, quiser entregar algum produto ou exibir uma faixa de protesto durante uma manifestação, é preciso fazer uma solicitação formal de uso específico para a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil).

Os ARPs são regulamentados por uma Circular de Informações Aeronáuticas (AIC) que determina que o interessado encaminhe uma solicitação de autorização de voo com 15 dias de antecedência, com uma série de informações (características da aeronave, trajeto do voo, capacidade de comunicação etc).

Normalmente os VANTs são utilizados em pesquisa. Existem universidades, por exemplo, que utilizam o equipamento para fazer mapeamento de terreno, pesquisa das condições atmosféricas, entre outros. Nesses casos, existe uma autorização própria chamada de Certificado de Autorização de Voo Experimental (CAVE).

Além da autorização de uso do equipamento junto à ANAC, os pilotos precisam pedir liberação de voo aos órgãos regionais do DECEA (Cindacta I, Cindacta II, Cindacta III, Cindacta IV, SRPV-SP), assim como é feito no caso de aeronaves tripuladas.


APOENA 1000: VANT desenvolvido na USP para monitoração de desmatamento.
[APOENA 1000: UAV developed at USP for deforestation monitoring].
Imagem: USP/Divulgação.

Uso comercial dos drones

Não há ainda uma regulamentação específica sobre o uso comercial de drones no Brasil. O tema será regulado pela ANAC após audiência pública e análises técnicas.



Mesmo assim, já é possível encontrar exemplos de usos comerciais no Brasil, como a gravação de minisséries ou de reportagens especiais. Contudo, o uso para fins comerciais depende de solicitações individuais que são analisadas caso a caso pela ANAC com cópia para o Departamento de Controle do Espaço Aéreo da Aeronáutica (DECEA).


Legislação brasileira para o uso de drones

Para veículos aéreos não tripulados e pilotados remotamente (Vant/ARP) que possuam carga útil (algum material além do drone) e para fins não-recreativos, confira a Circular da Aeronáutica AIC 21/10.

Para drones recreativos (brinquedos), de competição, por hobby ou lazer, acesse a Portaria DAC 207.

Fonte: Inovação Tecnológica.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Cuidados no reaproveitamento da água da chuva (Care in the rainwater reuse).

Cuidados no reaproveitamento da água da chuva
Exemplo de sistema permanente de captura da água da chuva. Sistemas simplificados também demandam tratamento dos volumes coletados.
[Example permanent system of rainwater capture. Simplified systems also require treatment of the collected volumes].
Imagem: IPT.

Coleta de água da chuva

Apesar de ser uma técnica relativamente simples, o aproveitamento de água da chuva possui requisitos mínimos que devem ser respeitados para garantir o funcionamento do sistema e, principalmente, para assegurar a qualidade dos volumes coletados.

O telhado ou a laje de cobertura da edificação funcionam como área de captação. "Jamais deve-se fazer a captação a partir de pisos", explica o pesquisador Luciano Zanella, do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT).

Calhas e tubos direcionam facilmente as águas até um reservatório, mas é preciso prever um sistema de tratamento, cuja complexidade vai depender dos usos pretendidos.

Em alguns casos, pode-se pensar em uma rede de distribuição da água para pontos de consumo de água não potável, caso das bacias sanitárias. Em edificações já construídas, entretanto, é indicado optar por sistemas simplificados, uma vez que o custo de novas instalações hidráulicas prejudicará a viabilidade financeira do projeto.

Dois aspectos não podem ser ignorados: o espaço disponível para a instalação do reservatório e, quando a intenção for instalá-lo sobre a laje de cobertura, a capacidade da estrutura para suportar o peso adicional. "A carga extra de um reservatório cheio de água pode não ser suportada por alguns tipos de construção", ressalta Zanella.

A capacidade de reservação deve levar em conta a demanda por água não potável. O número de usuários e seus hábitos de consumo, além das diversas aplicações que essa água pode ter na edificação, como limpeza de pisos e rega de jardins, também precisam ser levados em conta.

Tratamento da água de chuva

É imprescindível, alertam os pesquisadores do IPT, desprezar as primeiras chuvas. São elas que vão arrastar os poluentes presentes no ar e lavar a sujeira acumulada na área de captação. As recomendações técnicas indicam um descarte em torno de um a dois litros de água da primeira chuva para cada metro quadrado de telhado. Assim, se a cobertura tem 20 metros quadrados, é necessário desconsiderar um volume entre 20 e 40 litros.

Um sistema mínimo de tratamento das águas pluviais envolve não somente o descarte das primeiras águas, mas a remoção dos sólidos, como folhas, galhos e areia, por meio da utilização de filtro ou tela. "É recomendada a desinfecção com compostos de cloro, quando existir a possibilidade de contato da água com a pele do usuário ou quando o tempo de armazenamento for longo," esclarece o pesquisador Wolney Castilho Alves.

Sistemas permanentes de aproveitamento da água da chuva, instalados com o objetivo de suplementar o abastecimento para fins não potáveis, demandam sistemas mais complexos de tratamento. É possível encontrar no mercado filtros e componentes de desinfecção que devem ser empregados nesses casos. É exigido, para sistemas de uso integrados à edificação, um projeto elaborado por profissional devidamente habilitado.

Armazenamento de água

A qualidade da água está diretamente relacionada com o seu armazenamento. Por isso, é fundamental manter o reservatório com tampa e com quaisquer aberturas fechadas para evitar a proliferação de mosquitos ou mesmo a contaminação da água pela entrada de ratos ou insetos.

Além disso, o reservatório deve ser protegido de impactos e da luz solar, e também se deve prever uma saída de fundo no reservatório que propicie sua limpeza, quando for necessária. Os pesquisadores do IPT alertam ainda para a importância de manter o reservatório longe do acesso de crianças para evitar acidentes.

O mais comum é utilizar a água de chuva para a rega de jardins e plantações, lavagem de carros e pisos e também em descargas de bacias sanitárias. Em condições anormais de abastecimento, desde que se mantenha a forma adequada de coleta, tratamento e armazenamento, é possível considerar o uso para lavagem de roupas, louças e para o banho.

Fonte: Inovação Tecnológica.

UM OLHAR SUSTENTÁVEL SOBRE O MUNDO EMPRESARIAL: DESIGN THINKING (SUSTAINABLE LOOK AT THE BUSINESS WORLD: DESIGN THINKING).


Atualmente, é grande o papel do Design Thinking na sustentabilidade corporativa.
[Nowadays, the role of Design Thinking is highlighted to corporate sustainability].
Fonte: Olhar Sustentável (Divulgação).

Quando a gente fala de design no mundo corporativo, é muito comum as pessoas pensarem em marcas, logotipos, embalagens e sites. Nada mais tacanho. Sim, isso é design. Mas, design não é só isso. 

Dentro da engenharia de produção, por exemplo, há a questão de layout de fábricas. Temos os desenhos de processos, desde os produtivos, até os operacionais, chegando, é claro, nos processos de negócio. É esse desenho que vai dizer como a empresa funciona em seu dia-a-dia, como as pessoas vão realizar suas atividades, como a sustentabilidade é, efetivamente, praticada...

Aí começa o primeiro enlace entre a sustentabilidade e o design. Um bom desenho de processos, permite às empresas maior eficiência operacional e, muitas vezes, redução de custo e desperdício (de tempo, de recursos humanos, de matéria prima, de energia, de água, de transporte, de equipamentos etc etc etc).

Com o mundo virando de cabeça para baixo de tempos em tempos (e esse tempo está cada vez mais curto), as companhias se depararam com a necessidade de se reinventarem. Aí entra novamente a sustentabilidade e design, sendo que dessa vez o enlace não se dá nos processos da empresa, mas em um nível acima, onde fica a estratégia e o modelo de negócios.

O Design Thinking é um processo que utiliza a criatividade para o fomento da inovação e da busca de soluções inovadoras para os problemas (que às vezes ainda nem são problemas). É uma visão que leva as pessoas a olharem o todo e a integração do todo com as particularidades. Dentre muitas questões, uma que me interessa bastante é o fato de o Design Thinking (DT) contrastar com o pensamento cartesiano. Pensamento este que ainda hoje impregna as empresas e a lógica de raciocínio da maioria dos engenheiros e economistas.

O processo de DT permite aos envolvidos o conhecimento e análise profunda de problemas, proporcionando soluções com diferentes perspectivas e pontos de vista. Apesar de ter um foco muito grande em inovação de produtos/serviços e um apelo muito forte para o marketing, quando trazemos o design thinking para a sustentabilidade, estamos falando, fundamentalmente, de remodelagem de negócios. 

Em um mundo que consome muito mais recursos que a natureza é capaz de repor, por quantos anos vocês acham que a Apple, por exemplo, consegue manter esse modelo de um lançamento por ano? Em um mundo que começa a falar de cobrança de impostos com base nas externalidades, quanto a Petrobras terá de investir em pesquisa de energia de baixo carbono? Como o crescimento da logística reversa e o aumento da reciclagem de eletrônicos afetará a demanda por minério virgem da Vale?


É óbvio que essas questões não serão respondidas amanhã e nem tiram o sono de nenhum CEO. Por enquanto. Mas quando começarem a tirar, nenhuma reengenharia e nenhum downsizing serão suficientes. Porque a mudança terá de ser forte, começando pela remodelagem de pensamento das pessoas.

Fonte: J. Antunes.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Bateria de alta capacidade pode promover independência energética individual (High capacity battery can promote individual energy independence).

O modelo possui alta capacidade e permite o armazenamento de grande quantidade de energia.
O modelo possui alta capacidade e permite o armazenamento de grande quantidade de energia. 
[The model has high capacity and allows storage of large amounts of energy].
Imagem: Divulgação (Tesla).

Uma bateria desenvolvida pela Tesla, montadora norte-americana, promete revolucionar a produção doméstica de energia limpa. O modelo possui alta capacidade e permite o armazenamento de grande quantidade de energia, possibilitando às residências se tornarem independentes das redes de transmissão.

A novidade tem sido muito esperada, principalmente, nos Estados Unidos, devido à popularização das placas fotovoltaicas. Com os baixos preços, a produção de energia solar para uso individual tem crescido em ritmo acelerado. Em 2014, o setor foi o que mais gerou empregos em todo o país.

De acordo com o chefe executivo da empresa, Elon Musk, em declaração ao jornal The Washington Post, a bateria será revelada ao público dentro de um ou dois meses e a produção em larga escala está a, aproximadamente, seis meses de distância.

Mesmo que os custos ainda não tenham sido informados, a expectativa é de que a opção seja muito mais barata do que os tradicionais sistemas de geradores, que custam, em média US$ 20 mil. A utilidade do sistema seria bastante semelhante, mas ao invés de armazenar energia proveniente de gás ou outras fontes não renováveis, o abastecimento seria feito apenas com energia limpa.

A bateria também oferece mais liberdade aos consumidores. Produzir energia solar no telhado de sua própria casa e ter como armazenar o excedente para o uso posterior, permitirá que as residências sejam desconectadas das linhas de transmissão e funcionem como pequenas usinas elétricas individuais.

Fonte: CicloVivo.

Jordânia planeja ter energia solar em todas as mesquitas do país (Jordan plans to have solar energy in all the country's mosques).

Na primeira fase 120 mesquitas receberão a estrutura.
Na primeira fase 120 mesquitas receberão a estrutura.
[In the first phase of the project structure will be implemented in 120 mosques].
Fonte: Divulgação.

A Jordânia acaba de ter um importante avanço em direção às energias renováveis. O país do oriente médio anunciou o plano de ter todas as mesquitas locais equipadas com placas fotovoltaicas, para produzirem de maneira limpa sua própria energia.

A decisão foi informada através do site Eden Keeper, que atribuiu a proposta a uma parceria entre o Ministério de Energia e Recursos Minerais e ao Ministério Islâmico de negócios. Na primeira fase 120 mesquitas receberão a estrutura, mas a intensão é universalizar o modelo por todo o país.

A estratégia deve ter grandes impactos em longo prazo, já que atualmente a Jordânia compra a maior parte da sua energia de outros países e com altos custos. Com as estruturas próprias para a produção de energia renovável, a tendência é reduzir essa dependência.

Outro fato importante é a grande influência que a religião tem em toda a sociedade. A instalação das placas solares nas mesquitas pode influenciar os fies a seguirem o mesmo caminho. A opção funciona como uma grande vitrine sobre a eficiência das fontes renováveis.

Conforme informado pelo site TreeHugger, se finalizado, o projeto governamental deve incluir placas fotovoltaicas em, aproximadamente, sei mil mesquitas da Jordânia.

Fonte: CicloVivo.

Um dispositivo que avisa parentes e autoridades quando há um problema e pode salvar vidas (A device that communicates people and authorities of problem and can save lives)

Resultado de imagem para First Signal Mace Wear PodResultado de imagem para First Signal Mace Wear Pod


Uma experiência marcante vivida por um casal de corredores acabou se materializando em uma oportunidade de negócios que pode salvar vidas.
[A remarkable experience lived by a couple of runners have been vindicated in a business opportunity that can save lives].
Imagem: Divulgação.

Durante uma corrida em um terreno montanhoso e inóspito no estado do Arizona (EUA), Rachel Emanuele sentiu que poderia ser atacada a qualquer momento e entrou em pânico.

A sensação, que era apenas um truque criado pela mente sugestionada pelo isolamento da atleta, fez com que ela tivesse a idéia de criar um dispositivo que emite alertas em situações de emergência. O aparelho, criado em parceria com o marido Arthur Emanuele, foi batizado de First Signal Mace Wear Pod e consiste em um disco de plástico que carrega em seu interior um alto-falante e sensores.

Caso o usuário sofra um mal súbito ou seja atacado por algum agressor, ele poderá emitir sinais de alerta às autoridades ou qualquer outra pessoas que esteja conectada a ele, função permitida por um aplicativo de smartphone ao qual se o conecta o aparelho. Segundo os criadores, ele foi desenvolvido não somente para corredores, mas para qualquer tipo de usuário.

"Mesmo se você estiver em uma parte populosa da cidade, há sempre alguma parte de uma corrida ou uma caminhada em algum lugar isolado. Por isso que decidimos criar um dispositivo que provocaria automaticamente um alarme alto para pedir ajuda e que deixasse a pessoa com as mãos livres para defender-se de um ataque violento", disse Emanuele ao site Entrepreneur.

Os sensores do dispositivo, além de emitir informações geográficas por GPS, conseguem captar a desaceleração dos passos do usuário. Caso ele pare bruscamente, o aparelho entende que aconteceu algo e envia um alerta. Se a pessoa realmente precisou parar de correr, ela pode cancelar o alerta.

Para os empreendedores, o aparelho também pode servir como uma ferramenta de coleta de provas criminais, já que consegue identificar os agressores e fornecer dados sobre onde aconteceu a ocorrência. O usuário também pode registrar notas sobre um incidente, como a descrição de um atacante ou outras peças-chave de identificação.

CLIQUE AQUI e veja um vídeo do dispositivo.
(CLICK HERE to watch the device video).

O aplicativo é gratuito e está disponível para download na App Store e na Google Play Store. Já o dispositivo custa US$ 60 e é necessário assinar o serviço de cobertura que custa US$ 5 por mês.

Fonte: ESTADÃO PME.

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Casa pré-fabricada gera mais energia do que consome (Prefabricated house generates more energy than it consumes).

A energia é produzida a partir de placas fotovoltaicas.
A casa usa captação em placas fotovoltaicas.
[The house uses uptake in photovoltaics panes].
Imagem: Divulgação.

O escritório australiano de arquitetura, ArchiBlox, desenvolveu uma casa pré-fabricada capaz de produz mais energia do que consome. Para chegar a este modelo, o projeto conta com soluções simples e sustentáveis, que tornam a residência altamente eficiente.

Com 75 metros quadrados, a residência é considerada pequena para os padrões australianos, mas a área é equivalente a boa parte dos apartamentos padrões comercializados no Brasil. Um dos segredos desta casa é o sistema usado para o isolamento térmico, que permite grande eficiência energética.

Imagem: Divulgação.

A energia é produzida a partir de placas fotovoltaicas. “Temos cinco quilowatts de energia solar no telhado”, explica McCorkell, em declaração ao jornal local The Sidney Morning Herald. Além disso, todos os detalhes foram pensados para maximizar o aproveitamento solar de diferentes formas. Por isso, os vidros são muito comuns, para aproveitar o aquecimento e luminosidade naturais. Os moradores também contam com um jardim comestível, instalado dentro da própria casa. Dessa forma, a casa consegue produzir mais energia do que o necessário para o seu abastecimento.

Para garantir a sustentabilidade do projeto, os arquitetos usaram materiais locais e com o menor impacto ambiental possível. Por ser pré-fabricada e pequena, a casa pode ser transportada através de um caminhão, pronta para ser instalada.

O investimento para ter uma casa deste tipo é de US$ 4 mil por metro quadrado. Com os 75 metros quadrados que a residência possui, ela custaria, em média, US$ 300 mil na Austrália, o equivalente a quase R$ 900 mil. Mas, a empresa também disponibiliza um modelo menos sustentável por US$ 2.400 cada metro quadrado.

Fonte: CicloVivo.

Supercorda de carbono suspenderá elevador mais alto do mundo (Carbon superstring suspend world's tallest elevator).

Supercorda de carbono suspenderá elevador mais alto do mundo
Amostras da supercorda de carbono.
[Carbon superstring samples].
Imagem: Kone Corp. (Divulgação).

Até o final desta década, será quebrado o recorde de edifício mais alto do mundo, algo com que a maioria das pessoas já se acostumou.

Mas há algumas coisas que a maioria de nós simplesmente não imagina: por exemplo, que prédios recordistas exigem elevadores recordistas, que atinjam alturas onde nenhum elevador jamais foi antes.

O problema é que, para isso, a tecnologia está tendo que ser empurrada para cima na força.

"Embora os elevadores tenham permitido a ascensão dos arranha-céus, a tecnologia tinha atingido seu limite de altura," explica Santeri Suoranta, diretor da fabricante de elevadores Kone.

"Elevadores que viajem distâncias de mais de 500 metros não eram viáveis, uma vez que o peso das cordas [de aço] torna-se tão grande que eram necessárias mais cordas para levantar as próprias cordas," detalha Suoranta.

Mas a busca da empresa por uma solução deu os seus frutos.

Após nove anos de testes rigorosos, ela lançou a Ultrarope, uma ultracorda, um material composto de fibra de carbono recoberto por um revestimento antiatrito.

A supercorda pesa o equivalente a apenas 15% dos cabos de aço, tem o dobro da vida útil e, principalmente, pode carregar os elevadores a até um quilômetro de altura.

Supercorda de carbono suspenderá elevador mais alto do mundo

Maiores edificações no mundo: Estima-se que haja mais de 20 prédios com mais de 500 metros de altura sendo projetados ou construídos em todo o mundo.
[Largest buildings in the world: It's estimated that there are over 20 buildings over 500 meters high being designed or built worldwide.].
Imagem: CTBUH/BBC.

Outros fabricantes de elevadores, como Toshiba, Mitsubishi, Otis, Schindler et al., todas já anunciaram estar trabalhando duro em suas próprias soluções.

Estão todas no páreo para criar elevadores que consumam menos energia, sejam menos caros para operar, mais fáceis de instalar e subam mais alto e mais rapidamente.

Mas a supercorda já foi escolhida para ser instalada naquele que está destinado a se tornar o edifício mais alto do mundo.

Quando concluído, em 2020, The Kingdom Tower (A Torre do Rei), em Jeddah, na Arábia Saudita, terá um quilômetro de altura e contará com o elevador mais alto do mundo, subindo 660 metros - puxado pelas cordas de carbono.

E será um elevador duplo, com duas cabines, uma sobre a outra, viajando a 10 metros por segundo.
Fonte: Inovação Tecnológica.

Nova tecnologia poderia trazer chuva abundante a Cantareira


São Paulo -- Enquanto São Paulo e outras cidades brasileiras sofrem com a escassez de água, a empresa americana Rain on Request (ROR) afirma ter criado uma tecnologia capaz de aumentar o volume de chuva em pelo menos 50%. Nos melhores casos, o aumento pode chegar a 400%, diz a empresa.
A ROR, que tem sede na Flórida, foi fundada por cientistas israelenses. Eles desenvolveram uma tecnologia que ioniza gotículas de água em suspensão no ar. As gotículas ionizadas se aglomeram, formando nuvens e, em seguida, chuva.
Para isso, a empresa instala uma série de dez torres metálicas eletrificadas de 12 metros de altura, formando um círculo de 180 metros de diâmetro. No centro dele, fica a torre principal, com 30 metros de altura.
As torres produzem um campo elétrico que ioniza as partículas de água no ar. Uma central de condensação assim consumiria entre 5 e 10 quilowatts de energia elétrica. É o consumo aproximado de dois chuveiros domésticos em funcionamento contínuo.
Segundo a empresa, uma vez iniciada a operação, haveria um substancial aumento no volume de chuvas num raio de 24 quilômetros. Larry Gitman, diretor da ROR, disse à emissora de TV americana ABC10 que a tecnologia foi testada no Oriente Médio e funcionou como previsto.
O ABC10 consultou especialistas, que disseram que o sistema da ROR deve funcionar. Mas, ao remover a umidade do ar, ele pode fazer com que outras regiões passem a receber menos chuva.

Fazedores de Chuva

Gitman propôs ao estado da Califórnia – que também enfrenta uma prolongada seca – a instalação de 200 centrais de condensação desse tipo. Segundo ele, isso resolveria o problema da seca no estado definitivamente. O custo seria de 100 milhões de dólares.
O governo californiano, porém, não se deixou seduzir pela proposta de Gitman – talvez por que a Califórnia tem uma relação historicamente complicada com fazedores de chuva. Um caso conhecido é o de Charles Hatfield, que, em 1915, propôs trazer chuva a uma ressecada San Diego.
O acordo era que, se ele conseguisse fazer chover o bastante para encher o reservatório local, a prefeitura lhe pagaria 10 mil dólares. Hatfield instalou torres que liberavam uma fumaça formada por produtos químicos desenvolvidos por ele. A ideia era semear as nuvens para aumentar a condensação – algo que hoje se faz lançando substâncias químicas de um avião.
San Diego, então, enfrentou 17 dias de chuva contínua, que encheu completamente o reservatório. Mas as inundações resultantes disso trouxeram prejuízos de 3,5 milhões de dólares. E Hatfield nunca recebeu seus 10 mil dólares.

Financiamento coletivo

Depois da negativa do governo californiano, a ROR lançou uma campanha no site de financiamento coletivo Indiegogo. Seu objetivo era arrecadar 1 milhão de dólares para construir a primeira central de ionização na Califórnia.
A campanha, porém, fracassou. Em dois meses, o total arrecadado foi de apenas 858 dólares. Confira o vídeo promocional da ROR (em inglês):

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Microscópio mais potente do mundo é desenvolvido no Japão


Efe
  • O microscópio ocupa uma sala inteira
    O microscópio ocupa uma sala inteiraO fabricante tecnológico japonês Hitachi desenvolveu o microscópio com maior resolução do mundo, baseado na transmissão de elétrons e capaz de realizar observações em nível atômico, segundo confirmou nesta sexta-feira (20) à agência de notícias Efe esta empresa.

O microscópio eletrônico de transmissão (MET) foi terminado nesta semana após quase cinco anos (começou a ser desenvolvido em 2010) e é capaz de oferecer uma resolução de 43 picometros (unidade que equivale à bilionésima parte de um metro), ou seja, menos da metade do raio da maioria dos átomos.

O aparelho, que ocupa uma sala inteira, alcança esta resolução recorde graças a uma grande concentração de seu feixe de elétrons através de cabos e circuitos especialmente desenhados para esta tarefa, segundo assinalou um porta-voz de Hitachi.

Outras inovações destacadas são o uso de materiais de amortecimento acústico na base do microscópio para reduzir o impacto negativo das vibrações, assim como a instalação de barreiras magnéticas em torno do aparelho.

Deste modo, foi possível reduzir o efeito de "fatores externos" que causam aberrações nas lentes, prejudicam sua resolução e são a principal limitação deste tipo de microscópio, explicou a companhia.

Os microscópios de elétrons, inventados na década de 1930 pelo físico alemão Ernst Ruska, permitem alcançar aumentos muito superiores aos dos microscópios ópticos graças ao uso de elétrons ao invés de fótons, o que possibilita o estudo da estrutura e composição atômicas de um amplo número de materiais.

O novo dispositivo permitirá a observação óptica das posições dos átomos, o que segundo Hitachi poderia contribuir para o desenvolvimento de novos materiais com diversas aplicações.

Reino Unido autoriza construção da maior usina eólica offshore do mundo (UK authorizes construction of the largest offshore wind farm in the world)!

O projeto contará com 400 turbinas eólicas.
Este projeto, a ser realizado na região de Yorkshire, contará com 400 turbinas eólicas.
[This project, which will be done in the Yorkshire region, provides the use of 400 wind turbines].
Fonte: Divulgação.

As autoridades britânicas autorizaram o projeto da maior usina eólica offshore do mundo. A estrutura deve ser construída na região costeira de Yorkshire a partir de um investimento que pode chegar a oito bilhões de libras, conforme informado pelo jornal The Guardian.

O projeto de parque eólico é mais uma demonstração dos esforços para tornar o Reino Unido uma referência na produção de energia limpa a partir da força dos ventos. Somente a nova usina deve ser capaz de gerar eletricidade suficiente para abastecer 2,5% da população britânica.

De acordo com o secretário de Energia e Alterações Climátivas, Ed Davey, produzir energia limpa dentro do próprio país é “o melhor negócio para os consumidores e para reduzir a dependência de importações estrangeiras”. Desde 2010 os britânicos já destinaram 14,5 bilhões de libras à energia eólica. Em troca foram criados mais de 35 mil postos de emprego.

Não seria diferente no projeto mais ambicioso do Reino Unido. Apenas no projeto de Yorkshire devem ser usadas 400 turbinas eólicas ao longo de quase 700 metros quadrados. A construção ainda deve oferecer até 4.750 novas vagas de emprego diretas e indireta, e energia para abastecer dois milhões de residências.

Atualmente os britânicos contam com 1.200 turbinas eólicas offshore instaladas em alto mar, com capacidade para produzir cerca de quatro gigawatts de energia.

Fonte: CicloVivo.

Bateria recarregável pode ser usada por até 500 vezes (Rechargeable battery can be used by up to 500 times)!


Projeto busca financiamento coletivo e pretende entrar no mercado até julho.
[Project seeks collective financing and intends to be on the market until July].
Imagem: Divulgação (Lightors).

Comprar pilhas, que geralmente acabam nos momentos mais inapropriados, pode ser uma prática cada vez mais rara. Os modelos tamanho AA e AAA podem em breve ser substituídos pela pilha Lightors, projeto em busca de financiamento coletivo no portal Kickstarter. Carregável via cabo USB de modelo universal, na maioria das vezes aquele utilizado para carregar o celular, o novo modelo pode ser usado até 500 vezes.

Por economizar diversas compras de novas pilhas e evitar o descarte muitas vezes inapropriado do produto, a Lightors promete ser ecologicamente correta e viavel financeiramente. 

A Enviromental News Network relata que o consumo global anual de baterias está em um escalonamento de 10 bilhões de unidades. Os Estados Unidos são responsáveis por 3 milhões de unidades. Porém, apenas 2% desse consumo é direcionado para a reciclagem ou descartado de forma correta. Os restantes 9,8 bilhões são simplesmente jogados em lixos comuns, contaminando o ambiente. Os idealizadores da Lightors pretendem reduzir o descarte para 20 milhões de unidades.

Fonte: Sustentabilidade/ESTADÃO.

Folhas solares geram eletricidade verde


Site Inovação Tecnológica

[Imagem: Antti Veijola]


Eletricidade verde

Quem disse que painéis solares precisam ser escuros, planos e ficarem em cima do telhado?

Tirando proveito dos avanços no campo das células solares orgânicas, Tapio Ritvonen e seus colegas do Centro de Pesquisas Técnicas da Finlândia estão criando painéis solares que não são exatamente painéis.

Como as células solares orgânicas são flexíveis, transparentes e fabricadas sobre materiais plásticos, é possível usá-las para recobrir qualquer superfície, incluindo vidros de janelas e objetos decorativos.

Embora fazer isso como curiosidade não seja exatamente um desafio, Ritvonen desenvolveu uma técnica para fabricar em escala industrial esses elementos de design com capacidade de geração de eletricidade.


[Imagem: Antti Veijola]

Folhas solares

As "folhas solares" foram as que mais chamaram a atenção pelo seu apelo às "tecnologias verdes" para geração de eletricidade.

Cada folha tem uma superfície útil - recoberta com células solares - de 0,0144 m2. Cerca de 70 folhas formam um painel solar ativo de 1 m2, capaz de gerar 3,2 amperes de eletricidade com 10,4 watts de potência, segundo Ritvonen.

Cada painel solar flexível é impresso em um material plástico transparente, atingindo meros 0,2 milímetro de espessura - incluindo os eletrodos para retirada da eletricidade -, o que permite seu uso para revestir outros materiais.

Tendo sido testada em uma fábrica modelo existente dentro da Universidade, a tecnologia já está sendo licenciada para parceiros da indústria.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Suíços criam lentes de contato tecnológicas para amplificar a visão




AFP/AFP - Lente sendo feita em fábrica na França


Pesquisadores suíços estão desenvolvendo lentes de contato que contêm pequenos telescópios para estimular e amplificar ou reduzir a visão com uma piscadela.


A nova lente de contato, de 1,55 milímetros de espessura, contêm um telescópio refletor, extremamente fino, que é ativado por piscadelas.

Lançado pela primeira vez em 2013 e aprimorado desde então, o protótipo foi apresentado por Eric Tremblay, da Escola Politécnica Federal de Lausanne, na Suíça, para a Associação Americana de Ciência Avançada (AAAS), em sua reunião anual na Califórnia.

As lentes vêm com películas inteligentes que respondem às piscadelas, mas não ao piscar normal de olhos, de modo que o usuário pode alterar quase sem esforço de uma visão normal para um ampliada, e vice-versa.

O usuário realiza uma piscadela com o olho direito para ativar o telescópio e com o esquerdo para desligá-lo.

"Acreditamos que essas lentes são promissoras para pessoas com pouca visão e pessoas com degeneração macular associada à idade", uma doença que afeta as pessoas mais velhas, disse Tremblay.

As lentes amplificam objetos até 2,8 vezes, o que permitiria aos pacientes com degeneração macular associada à idade ler mais facilmente e reconhecer mais claramente objetos e rostos com a sua ajuda.

Financiado pela DARPA, o principal braço de pesquisa do Pentágono, as lentes foram originalmente desenvolvidas para servir como uma forma de visão biônica para os soldados.

Avanço

Tremblay foi muito cuidadoso ao enfatizar que o acessório ainda está em fase de testes, embora possa eventualmente tornar-se uma "opção real" para as pessoas com degeneração macular associada à idade.

Apesar de mais rígidas do que as lentes maleáveis utilizadas pela maioria das pessoas, essas são seguras e confortáveis, segundo Tremblay.

Várias peças plásticas cortadas com precisão, espelhos de alumínio e finas películas polarizadas compõem as lentes, juntamente com cola biologicamente segura.

Como o olho precisa de uma quantidade regular de oxigênio, os cientistas têm trabalhado para que as lentes facilitem a ventilação, usando pequenos canais de ar de cerca de 0,1 mm de largura entre as lentes.

A equipe de investigação, que inclui pesquisadores das Universidades da Califórnia e de San Diego, bem como especialistas do Paragon Vision Sciences, Innovega, Pacific Sciences and Engineering e Rockwell Collins, descreveu o produto como "um grande salto", em comparação com as lentes atualmente no mercado para pessoas com degeneração macular associada à idade e que têm telescópios incorporados, mas são volumosos e difíceis de usar.

Ao contrário dos modelos mais antigos, que exigem que a pessoa incline a cabeça e os olhos, o mais recente produto pode realmente acompanhar os movimentos do olho, facilitando seu uso.

Outros avanços

Os cientistas também revelaram outras pesquisas na conferência da AAAS relacionadas com os últimos avanços em tratamentos para a visão, alguns dos quais poderiam ajudar as 285 milhões de pessoas em todo o mundo com algum tipo de problema visual.

Em um dos estudo, pesquisadores revelaram lentes com câmeras integradas para melhorar a visão de cegos e deficientes visuais.

Daniel Palanker, da Universidade de Stanford, na Califórnia, apresentou o projeto, em que as lentes incluem uma câmera que envia imagens para a retina através de centenas de nervos simulando células fotovoltaicas.

Esses nervos poderiam converter a luz em impulsos elétricos e transmitir sinais para o cérebro, permitindo que o usuário "enxergue".

Palanker explicou que o produto está funcionando bem com animais, e que os pesquisadores conseguiram restaurar a visão de camundongos cegos pela metade do nível normal.

Ele espera começar os testes clínicos em 2016 na França, em colaboração com Pixium Vision.


Fonte: https://br.noticias.yahoo.com/su%C3%AD%C3%A7os-criam-lentes-contato-tecnol%C3%B3gicas-amplificar-vis%C3%A3o-140044527.html

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Vacina contra o Ebola está prestes a passar por teste definitivo

 
O progresso da vacina contra o Ebola é cada vez mais rápido graças à troca de informações entre cientistas do mundo todo. Duas fórmulas já passaram do estágio de concepção e encontram-se às portas de testes. Uma delas, inclusive, já vai para o estágio de teste definitivo. As vacinas, uma vez definidas, serão aplicadas em pacientes saudáveis que residam em áreas com grande risco de contaminação como a Libéria.
Tudo muito bom, tudo muito bem, mas aí é claro que pinta um obstáculo pra atravancar os estudos. Não bastasse simplesmente existir, o obstáculo ainda é um paradoxo.



O caso é que para determinar seu funcionamento, a vacina precisa ser testada contra uma quantidade mínima determinada de infecções. E não é que o número de casos novos de Ebola tem diminuído sensivelmente nos últimos meses? Sentiu a ironia? A vacina tá quase pronta, mas quase ninguém mais tá contraindo a doença.
É aquela história... que bom que tá rolando menos casos novos de Ebola. Só que sem isso não tem como garantir a vacina pra prevenir. E se não der pra testar a vacina e o Ebola voltar daqui 20 anos com o DNA todo zoado pra vacina não funcionar? Difícil dizer pelo que torcer nesse caso :/
Fato é que se tem uma coisa da qual o Ebola gosta é de retornos triunfantes, porque quem se lembra do meio da década de 90 se lembra até de que fizeram um filme sobre o Ebola. Um vírus não ganhava esse status desde o HIV. E nenhum outro chegou nisso desde então.


Fonte: Science Magazine

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Em 2050, o Brasil precisará de três vezes mais energia do que hoje (Brazil will need three times more energy in 2050 than today).

Para sobreviver à crise, o Brasil precisa investir em projetos inovadores.
Para sobreviver a atual crise, Brasil precisa de investir em projetos inovadores.
[To survive against the current crisis, Brazil needs to invest in innovative projects].
Imagem: Divulgação.

A escassez de água afeta o Brasil mais do que a maioria dos países. Depois da China, o Brasil é o maior produtor mundial de energia hidrelétrica. Três quartos da energia do País são produzidas em usinas hidrelétricas. E o consumo está crescendo – no ano 2050, o Brasil precisará de três vezes mais eletricidade do que hoje.

A seca atual está ameaçando especialmente as regiões e as cidades densamente povoadas no sudeste do Brasil: Rio de Janeiro e São Paulo. O sistema Cantareira atua com menos de 7% de sua capacidade. Por todo o país, 17 das 18 usinas hidrelétricas mais importantes estão registrando níveis de água mais baixos do que em 2001, o ano da última crise de energia, ou melhor, da crise hídrica.

A mudança climática significa que o Brasil está ameaçado por períodos de seca ainda mais frequentes. Catorze dos 15 anos mais quentes ocorreram desde o ano 2000. Segundo dados da Organização Mundial da Meteorologia (OMM), 2014 foi o ano mais quente desde que os registros climáticos começaram a ser feitos. À medida que o ar aquece, as temperaturas oceânicas também sobem, e isso pode ter um impacto considerável sobre o clima local e mais ainda sobre a precipitação de chuva. Algumas regiões tiveram chuvas torrenciais e inundações, enquanto outras regiões tiveram seca.

Seca ameaça a bacia do Rio Amazonas e atinge até Estados Unidos e Europa

O problema não se restringe à região sudeste do país. Em 2009, a Allianz e o WWF já haviam alertado sobre o ressecamento da floresta tropical amazônica no relatório sobre o clima intitulado “Pontos de Virada”. A conclusão do relatório é de que, no futuro, as secas regionais poderão ser dez vezes mais frequentes e também mais prolongadas, e isso se tornará a norma no ano 2050. A ocorrência de tais “pontos de virada” pode levar a mudanças irreversíveis com consequências dramáticas dentro de um curto período. As florestas atraem umidade, refrescam o ar e promovem precipitação de chuva. A imensa floresta tropical amazônica é considerada o ‘pulmão verde’ do planeta. No final deste século, períodos mais prolongados de seca poderão ameaçar até 70% da bacia amazônica. O desmatamento e os métodos de derrubada do tipo corta e queima aumentam ainda mais esse risco.

Não só o Brasil, mas também outras regiões do mundo estão sendo seriamente ameaçadas pela seca. Nos Estados Unidos, o sul da Califórnia, em particular, está em situação de risco. Nos últimos três anos, essa região recebeu um volume de chuvas anormalmente reduzido. Incêndios florestais devastadores se espalharam com velocidade apavorante no terreno extremamente seco.

No entanto, lá as autoridades investiram desde o início em outras formas de geração energética além da hidrelétrica, de modo que o abastecimento de energia ao menos não foi diretamente afetado pela estiagem. Para Karsten Loeffler, CEO da Allianz Climate Solution, para sobreviver à crise, o Brasil precisa investir em parcerias público-privadas, com o intuito de desenvolver projetos inovadores.

Segundo ele, o país tem um enorme potencial para gerar energia solar durante o dia e trabalhar com as hidrelétricas apenas à noite. Esta opção garantiria a distribuição de energia mesmo em períodos em que a demanda por água e energia são maiores do que o normal. 

Fonte: CicloVivo.

Demonstrada nova técnica para geração de eletricidade (Demonstrated a new technique for generating electricity).

Nova técnica para geração de eletricidade

Mecanismo de produção de energia por acúmulo de cargas.
[Energy production mechanism for accumulation of charges].
Imagem: Divulgação.

Funções de trabalho

Engenheiros do Centro de Pesquisas Técnicas da Finlândia (VTT) demonstraram uma nova técnica para geração de energia elétrica.

Aapo Varpula e seus colegas geraram energia utilizando um fenômeno de acúmulo de cargas elétricas que ocorre naturalmente entre dois corpos com diferentes funções de trabalho.

Função de trabalho é a quantidade de energia necessária para remover um elétron de um sólido e que está na base, por exemplo, do conhecido efeito fotoelétrico.

Quando dois corpos condutores com diferentes funções de trabalho são conectados um ao outro eletricamente, eles acumulam cargas opostas. Movendo estes dois corpos um em relação ao outro gera-se energia devido à força eletrostática atrativa entre as cargas opostas.

No experimento, a energia gerada por este movimento foi convertida em energia elétrica utilizável ligando os dois objetos a um circuito externo.

Colheita de energia

Segundo a equipe, a nova técnica de conversão de energia também funciona com semicondutores, o que é importante por causa das aplicações que se tem em mente.

Devido às baixas correntes produzidas, o novo método é adequado para a chamada "colheita de energia", produzindo eletricidade a partir das vibrações mecânicas do ambiente, das batidas do coração ou do molejo do nosso andar.

Coletores de energia desse tipo estão sendo testados em sensores e implantes médicos, onde eles podem substituir as baterias, tornando-se autoalimentados.

Mais no futuro, os coletores de energia poderão abrir novas oportunidades em campos como os aparelhos eletrônicos de vestir.

REFERÊNCIAS
Harvesting Vibrational Energy Using Material Work Functions
Aapo Varpula, Sampo J. Laakso, Tahvo Havia, Jukka Kyynarainen, Mika Prunnila
Nature Scientific Reports- Vol.: 4, Article number: 6799 - DOI: 10.1038/srep06799

FONTE: Inovação Tecnológica.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Itaú anuncia liberação de R$ 1 bilhão para projetos de água e energia limpa

Fevereiro de 2015




O Itaú já beneficiou 42 projetos de energia renovável.



O Itaú Unibanco anunciou esta semana a captação de mais de R$ 1 bilhão para financiar projetos de energia renovável e água no Brasil. Os recursos foram levantados a partir do IFC (International Finance Corporation) e outras três instituições internacionais, conforme noticiado pelo jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a publicação, o dinheiro já está sob os cuidados do banco e a instituição financeira começou a analisar os projetos que devem receber financiamento. O dinheiro será destinado a programas na área de energia renovável, eficiência energética, tratamento e captação de água e redução dos impactos climáticos.

A executiva responsável por Instituições Financeiras da IFC no Brasil, Ariane Di Iorio, explicou que a tendência é de que os créditos que envolvem programas sustentáveis continue a crescer em todo o mundo, no Brasil não seria diferente. Segundo ela, em 2012 os financiamentos na área foram de US$ 2 bilhões, em 2014 o número já havia subido para US$ 35 bilhões.

O banco brasileiro tem seguido este modelo. Nos últimos três anos, 42 projetos ligados à área de energia renovável foram beneficiados pelas linhas de crédito disponibilizadas pela instituição financeira.

Os beneficiados por estes empréstimos terão prazo de três a cinco anos para efetuar os pagamentos. O banco já deixa claro que as taxas de juros podem variar de acordo com o projeto apresentado e que o interesse é diversificar ao máximo a quantidade de receptores de recursos.

Redação CicloVivo

Os desafios da gestão do varejo (The challenges of retail management)

empresa
Imagem: Divulgação.

O cenário econômico atual é, sem dúvida, muito desafiador para o varejista que lida com a pressão crescente sobre seus custos e a tem que se reinventar para atrair novos clientes ou ampliar o volume de vendas. 

A tendência de crescimento de inflação e dos juros, em um ambiente de menor crescimento do PIB já podem ser sentidos, com a desaceleração da expansão do comércio, aliviada, por sua vez, pela manutenção do emprego, da renda e da melhor distribuição de riqueza dos últimos anos.

O processo de urbanização avançado no Brasil também tem apoiando o varejo e, cada vez mais, o comportamento de compra ganha novos contornos e passa a ocupar novos territórios que precisarão ser considerados pelos varejistas para não morrer pelo caminho.

A presença do comprador online é uma realidade, com cerca de 70 milhões de brasileiros fazendo alguma compra pela Internet e motivados cada vez mais por comunidades virtuais organizadas em redes sociais e muito próximas do candidato a comprador. Ou seja, a influência do click para compra vem de pessoas próximas e está cada vez menos associada à opinião do símbolo, prevalecendo a fase da supervalorização individual, em que nenhum varejista pode desprezar o potencial do meio digital para o crescimento de seu negócio. 

E a web trouxe a conveniência como a principal diferenciação a ser buscada, já que é nela que se baseia hoje a decisão do consumidor: comprar onde é mais rápido, fácil, próximo e, claro, acessível.

O conceito do Omni Channel, em que a tecnologia permite visualizar e integrar a gestão dos diferentes canais, é fundamental para varejistas de todos os portes e segmentos que buscam engajar seus consumidores com experiências de compra totalmente diferenciadas em relação ao modelo tradicional. É importante que as empresas estejam cada vez mais focados em oferecer uma experiência fora da curva que possa fidelizar seus clientes. Hoje o consumidor final quer se sentir cuidado, quer se reconhecer na marca e saber que ela está atenta as suas necessidades. Especialmente em um cenário de aperto fiscal e de mais concorrência, com entrada de players estrangeiros.

Os principais desafios na gestão do varejo para o próximo ano serão otimizar custos; lidar com formatos mais compactos, definir o portfólio mais rentável e de saída, alocar de forma mais inteligente recursos e repor de forma mais frequente suas mercadorias, para depender menos do "custo de estoque".

Outra frente desafiadora será tocar o comércio com a mesma eficiência de gestão que um banco de investimento, além de aprender a otimizar seus ativos: lojas, estoques, carteira de crédito e relacionamento com o cliente. Propor melhorias no modelo de canais, processos e regras de negócio, para acompanharem a evolução dos tempos e dos comportamentos. 

E, principalmente, não deixar de apostar na tecnologia como alavanca deste processo de gestão, que permita integrar as diversas frentes e dar as linhas para a tomada de decisão, visando o crescimento futuro do negócio, com menos perdas, melhores margens, fluxo de caixa e mais fidelidade dos clientes.

Fonte: CanalTech.