terça-feira, 31 de março de 2015

Spray com tinta invisível protege ciclistas de acidentes

Fonte: ESTADÃO PME

A segurança no trânsito também precisa chegar aos ciclistas. Além de capacetes, joelheiras e luzes de segurança, deve existir uma forma de proteger aqueles que dirigem sobre rodas e a Volvo criou um dispositivo que pretende ser um aliado de quem pedala.

Luzes de alerta protegem ciclista de acidentes.
Tinta pode durar até uma semana e não mancha superfícies.

Trata-se de um spray invisível que tem o poder de refletir a luz. Imperceptível durante o dia, ele brilha quando exposto à luz de faróis de carros, por exemplo, e torna visível o invisível. Assim, o ciclista é visto com mais facilidade. O LifePaint é lavável e não altera a cor de qualquer superfície ou material, e dura aproximadamente uma semana a partir do dia da aplicação.

Apesar de ter sido idealizado para proteger ciclistas, o LifePaint pode ser usado de diversas maneiras, desde aplicado em roupas, sapatos, capacetes, em mochilas de crianças, até utilizado em coleiras de cachorros.

ENERGIA FOTOVOLTAICA: Visita técnica do 5o GPI diurno da FATEC Franca! (PHOTOVOLTAIC ENERGY: a technical visit with the 5th GPI students from FATEC Franca.)

Painel fotovoltaico instalado em uma residência fora de condomínios em Franca, SP.
[Photovoltaic panel installed in a residence outside of condominium region in Franca, Brazil].
Imagem: Tadeu Artur de Melo Júnior.

Alguns países tem apresentado resultados relevantes com o uso de energias renováveis. Nos últimos 80 dias, Costa Rica usou apenas fontes energéticas alternativas para abastecimento de sua população, estimada em 5 milhões de pessoas. 

A cidade de Georgetown (Texas, USA) pretende em 2 anos estar produzindo o total da energia demandada, sendo mais de 50% representados por 150 megawatts gerados por placas fotovoltaicas.



Junto ao engenheiro Roberto Nunes, ao lado do painel fotovoltaico durante visita técnica.
[Beside the engineer Roberto Nunes, next to the photovoltaic panel for technical visit].
Imagem: Divulgação.

Essa fonte alternativa de energia tem sido considerada como uma das mais relevantes e em crescimento atualmente. Os preços das células fotovoltaicas tem baixado consideravelmente.

E o Brasil? Frente a atual crise hídrica e a baixa nos reservatórios, a instalação de painéis fotovoltáicos em empresas e residências pode ser solução alternativa de grande auxílio para a estabilidade no sistema de fornecimento de energia elétrica.

 O engenheiro Roberto Nunes explicando os princípios e funcionamento do sistema.
[Roberto Nunes engineer explaining the principles and operation of the system].
Imagem: Divulgação.

Ontem pela manhã, pude levar os alunos da FATEC Franca para uma visita técnica em uma residência onde o engenheiro Roberto Nunes projetou e instalou um sistema fotovoltaico.

Foi experiência proveitosa, com aprendizado para todos. Mais que isso, o proprietário da residência nos contou sobre a sua perspectiva
de diminuição de custos com energia elétrica e ainda nos apresentou seu sistema de coleta de água da chuva!



Fonte: Tadeu Melo Jr.

Extintor sônico apaga incêndio com alto-falante (Sonic extinguisher can delete fire using speaker)!

Extintor sônico apagar incêndio com alto-falante
Seth Robertson e Viet Tran agora procuram parceiros para comercializar sua invenção. 
[Seth Robertson and Viet Tran now seeking partners to commercialize his invention].
Imagem: Evan Cantwell.


Apagando fogo no grito (Deleting fire using scream)

Quando os bombeiros atacam um foco de incêndio, eles geralmente usam extintores de pó químico, CO2 ou mesmo água.

O problema é que, além do estrago causado pelo fogo, o material usado para apagá-lo faz o seu próprio estrago.

Viet Tran e Seth Robertson, da Universidade George Mason, nos Estados Unidos, impressionaram seus professores ao apresentar seu trabalho de formatura mostrando que é possível apagar fogo com som.

O extintor de incêndio sônico não faz sujeira, além de não perder a validade e nunca precisar ser recarregado.

Seu funcionamento é baseado em um alto-falante comum, de alta potência, que emite sons de baixa frequência no interior de um tubo, que concentra as ondas e as dirige para o fogo - tudo o que se ouve é um "tum-tum-tum" surdo, bem conhecido dos aficionados porsonorização de automóveis.

Extintor sônico

Os dois estudantes fizeram vários protótipos e testaram várias frequências sonoras, terminando com uma versão que se mostrou altamente eficiente contra pequenos focos de incêndio, justamente o campo de ação dos extintores portáteis tradicionais.

Os dois patentearam a invenção e acreditam que o conceito possa ser ampliado para apagar incêndios maiores, ser miniaturizado para dar maior flexibilidade de ação e maior segurança aos bombeiros, ou mesmo ser usado em naves espaciais, onde os extintores tradicionais não funcionam.

"Se for montado em um drone, ele pode melhorar a segurança para os bombeiros quando eles estiverem enfrentando grandes incêndios florestais ou urbanos," disse Tran.

Agora que terminaram o curso e foram aprovados, os dois pretendem encontrar financiadores para negociar sua patente e transformar o extintor sônico em um produto.

Fonte: Inovação Tecnológica.

Pacto Global da ONU lança Guia de Sustentabilidade Empresarial “Criando um Futuro Sustentável” (UN Global Compact launches Corporate Sustainability Guide "Creating a Sustainable Future")!


As Nações unidas trabalham para preservar os direitos humanos, de trabalho, ambientais e contra a corrupção, para transformar nosso mundo: construindo um futuro sustentável.

[The United Nations global compact works with businesses in the realms of human rights, labour, environment and anti-corruption to transform our world: shaping a sustainable future].



O Pacto Global das Nações Unidas lançou recentemente em Nova York o Guia de Sustentabilidade Empresarial: Criando um Futuro Sustentável. A publicação apresenta as cinco principais características que definem a sustentabilidade empresarial e mostra as contribuições práticas da maior iniciativa voluntária para a responsabilidade corporativa.

Para ser sustentável, segundo o Guia, as empresas devem seguir cinco passos:

[The United Nations recently launched in New York's Corporate Sustainability Guide: Creating a Sustainable Future. Corporate sustainability is imperative for business today – essential to long-term corporate success and for ensuring that markets deliver value across society. To be sustainable, companies must do ve things: Foremost, they must operate responsibly in alignment with universal principles and take actions that support the society around them. Then, to push sustainability deep into the corporate DNA, companies must commit at the highest level, report annually on their efforts, and engage locally where they have a presence]!

Fonte: Pacto Global (ONU).
Source: Global Compact (UN).

Negócios baseados em Princípios: Para qualquer empresa, a sustentabilidade começa com a integridade, com operações que respeitam as responsabilidades fundamentais nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Os Dez Princípios do Pacto Global fornecem uma linguagem universal para a responsabilidade corporativa e uma estrutura para orientar todas as empresas, independentemente de seu tamanho, complexidade ou localização.
Fortalecimento da sociedade: Empresas sustentáveis olham além de suas próprias paredes e tomam ações para apoiar as comunidades ao redor delas. Pobreza, conflitos, força de trabalho sem instrução e escassez de recursos também são questões estratégicas para o sucesso dos negócios e sua viabilidade.

Compromisso da Liderança: A liderança de uma empresa deve comunicar para toda sua estrutura que está comprometida com a sustentabilidade. Um comprometimento público do Presidente, com o apoio do Conselho Administrativo, é necessário para participar do Pacto Global. Liderança também significa promover ações em áreas-chave, como ajustes nas políticas e práticas, alinhamento de assuntos governamentais, treinamento e motivação dos funcionários, aplicação da sustentabilidade na cadeia de suprimentos e divulgação de esforços e resultados.

Relatório de Progresso: Como a principal medida de prestação de contas, os participantes do Pacto Global devem produzir uma Comunicação de Progresso (COP) anual, direcionando-a aos stakeholders da empresa com uma prova de seus esforços para operar de forma responsável e em apoio à sociedade. Mais de 28 mil COPs podem ser encontradas no site internacional do Pacto Global.

Ação Local: As empresas atuam dentro de nações e comunidades com diferentes expectativas sobre o que significa o negócio responsável. Para ajudar as empresas com a sustentabilidade empresarial em diferentes países, o Pacto Global tem mais de 85 redes locais que apoiam seus signatários através da promoção de aprendizagem, relatórios, networking e promoção de parcerias com o objetivo de promover a compreensão da sustentabilidade em cada país.


Fonte: Pacto Global.

segunda-feira, 30 de março de 2015

Árvores bebem nuvens, líderes devem estar bêbados (Trees drink clouds, leaders must be drunk)!

Caros, segue abaixo um interessante texto produzido por um colega, desejo ótima semana!
[Ladies and gentlemen, below is an interesting text produced by a colleague, my best wishes!]

24082012-serra-fina
A Serra da Mantiqueira vista das proximidades do Pico do Capim Amarelo, onde deveria ter sido criado um parque nacional. Nuvens abastecem as florestas nas encostas e nascentes das bacias do Paraíba do Sul e do Rio Grande.
[The Serra da Mantiqueira view from the Capim Amarelo Peak, which should have been created a national park. Clouds supply the forests on the slopes and springs of the Paraíba do Sul and Rio Grande basins].
Imagem: Fabio Olmos.

É o óbvio que preferimos ignorar: apesar de 75% da superfície do planeta ser recoberta por água, menos de 3% desse total é água doce e, destes, apenas 0,5% é acessível.


Árvores existem há pelo menos 385 milhões de anos. Houve um longo período de inter-relação entre árvores e clima – pense na bomba biológica que retira carbono da atmosfera e o coloca em depósitos de carvão. É tentador pensar na evolução de adaptações para que árvores não apenas sobrevivam ao clima, mas também o manipulem.

Uma antiga ilha árida

Em 1843, o botânico Joseph Hooker, membro da expedição antártica do Erebus e Terror, também fez uma escala em Ascension, uma base naval britânica que apoiava as patrulhas contra o tráfico de escravos e que foi descrita como desolada e árida. Amigo de longa data de Darwin, com o qual trocou muitas ideias, em 1847 Hooker propôs um plano de engenharia ambiental para aumentar a disponibilidade de água naquele deserto.

Hooker convenceu o Almirantado a plantar diferentes árvores, bambus e arbustos nas partes mais elevadas da ilha. Ali os ventos carregados de umidade vindos do mar colidem com a ilha e sobem a alturas mais frias, o que faz a umidade condensar e formar nevoeiros.

Na ausência de vegetação a água que condensa é rapidamente perdida para a evaporação e escoamento superficial. Com árvores, a água pode se infiltrar no solo. E fontes podem jorrar.

Desde 1850, décadas de envio de mudas por navio e trabalho duro transformaram o topo da Green Mountain (Montanha Verde) de Ascension em uma floresta onde há fontes perenes de água. E onde vivem até mesmo sapos, também introduzidos.

O experimento em Ascension tira proveito do fato de árvores serem superfícies de condensação perfeitas para coletar a água disponível em neblinas e nevoeiros. Na verdade, a forma de algumas espécies deve ter evoluído exatamente para isto.

Estudos mostram que a captura de neblina por árvores pode aumentar a precipitação no solo em 40 a 70%. Isto permite que florestas cresçam em partes do Chile onde praticamente não chove e sustenta as sequoias da Califórnia, cujo porte gigantesco também facilita colher a água que chega com a neblina.




A transpiração das árvores se condensa na copa da floresta em Alta Floresta (Mato Grosso).
[Perspiration condenses the trees in the forest canopy in Alta Floresta, Mato Grosso State].
Imagem: Fabio Olmos

No Brasil temos as "florestas nebulares" que crescem no alto de montanhas como os "brejos" nordestinos – ilhas verdes cercadas de Caatinga --, os tepui do norte da Amazônia, e a Cadeia do Espinhaço entre Minas Gerais e Bahia. Estas florestas e os riachos que brotam delas dependem em maior ou menor grau da umidade coletada diretamente das nuvens e das chuvas resultantes da interação entre massas de ar, relevo e árvores.


Mais próximas do epicentro da atual crise hídrica, serras como a do Mar, da Mantiqueira e de Paranapiacaba têm suas cristas cobertas por florestas que bebem das nuvens. Boa parte da água que nutre a vegetação é obtida da "precipitação fantasma" colhida pelas árvores – e não registrada por pluviômetros.

Esta região abriga cabeceiras de rios como Tietê, Paraíba do Sul, Paranapanema, Grande, etc. Não é preciso pensar muito para perceber o impacto destas florestas serranas naqueles rios.
Como visto em Ascension, as árvores – outras plantas e a fauna que vive no solo - permitem que a água que seria perdida por escoamento e evaporação se infiltre no solo, formando e recarregando os reservatórios subterrâneos que alimentam fontes e nascentes.

A transpiração das árvores reduz a pressão atmosférica local e afeta o padrão dos ventos. O resultado é que florestas como a amazônica, congolesa e siberiana "sugam" massas de ar carregadas de umidade para o interior do continente, enquanto geram e estabilizam os ventos que trazem as chuvas. Destruir as florestas próximas à costa – o primeiro elo na correia transportadora – pode causar secas no interior.


O aumento da transpiração das grandes árvores (que bombeiam água de reservatórios subterrâneos) durante as secas apoia o conceito da interação ativa entre árvores e clima. Isso é exatamente o contrário do esperado, e uma indicação de que as árvores estão suando vapor para colher chuvas.

Os atentos à matéria notarão que percorri o mesmo caminho aberto por Antonio Nobre, pesquisador do INPA.


Seca de água

Meu ponto é que embora muito tenha se falado sobre as chuvas e a Amazônia, não se pensa muito na relação entre o clima e nosso outro grande bloco de florestas, a Mata Atlântica e a Floresta com Araucária, que ocupava o litoral e praticamente todo o sul de Goiás, o interior de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e parte do Rio Grande do Sul.


Ali existiam florestas com árvores gigantescas como jequitibás e perobas-rosa que nada deixavam a desejar com relação a suas parentes amazônicas. E que certamente deveriam ser um elo na cadeia transportadora de umidade vinda do norte do continente.

A causa principal da falta de chuvas que compromete cidades e hidrelétricas nos estados de Goiás, Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo é a formação de uma zona de alta pressão que forma uma redoma de ar seco. Essa zona de alta pressão desvia as frentes frias vindas da Antártica e os rios voadores e massas de ar carregados de umidade vindos da Amazônia e do Atlântico.

Será que um dos problemas não é a falta de florestas que baixariam a pressão atmosférica e semeariam nuvens para trazer as chuvas?

A perda de florestas parece estar associada a chuvas decrescentes e pior distribuídas. Não é só a cidade de São Paulo que há muito não tem garoas (e a precipitação fantasma associada).

Trocamos árvores por asfalto e concreto, pastagens e eucaliptos e elegemos administrações que acham que áreas verdes servem para populismo barato.

Campinas costumava estar no cinturão de florestas de jequitibás que cresciam sobre terra roxa. Ela e outras mostram uma nítida tendência de diminuição nas precipitações.

Não são só as mudanças climáticas, para as quais o Brasil colaborou muito queimando suas florestas. A perda de mecanismos de feedback entre o clima e as florestas provavelmente tem seu papel em tendências como a redução de chuvas e no aumento da frequência de eventos extremos.

Velhos e novos líderes

A relação entre árvores e abastecimento de água é uma notícia velha. Imperadores moguls e chineses já proibiam o corte de florestas para preservar fontes de água e, hoje, cidades como Quito, Caracas e Nova Iorque garantem a segurança e qualidade de seus mananciais de abastecimento protegendo-os com unidades de conservação ou acordos com proprietários privados que tem o mesmo efeito prático.


Isso não só garante água limpa, mas também reduz em muito os custos com o tratamento, coisa importante para gestores responsáveis, incluindo os que desejam lucro. Mas mero detalhe quando a gestão é política. Afinal, por aqui gerações de prefeitos e governadores permitiram a ocupação de mananciais em troca de votos.

Quando o Rio de Janeiro imperial se viu às voltas com uma crise de abastecimento, D. Pedro II ordenou um projeto de restauração ambiental que produziu a Floresta da Tijuca. Aqui em São Paulo uma das áreas protegidas mais antigas é o Parque Estadual da Cantareira, originalmente conservado por ser um manancial de abastecimento. E o Parque Nacional de Brasília foi criado para conservar a primeira captação de água da cidade.


... Já passou da hora de iniciarmos um projeto de restauração florestal em larga escala para transformar pastos, sapezais e plantações do Vale do Paraíba, Mantiqueira e Serra do Mar – e além - em florestas de verdade, com árvores de grande porte. É preciso reconstruir o que foi perdido para o ciclo do café, para o ciclo do gado, para abastecer a Companhia Siderúrgica Nacional e guseiras mineiras com carvão e, ironia, para a construção de reservatórios e ocupação de suas margens.


Para algumas bacias já sabemos o que fazer e quanto custa e há projetos iniciados. Mas ainda é pouco e desalentador ver como em São Paulo se fala mais em obras discutíveis do ponto de vista econômico e de engenharia do que em plantar chuva. Digo, árvores. Apesar de São Paulo dispor de alguns dos melhores grupos de pesquisa em restauração florestal.

A gestão da água e, por consequência, da energia, precisa mudar. O brasileiro tem dificuldades em aceitar a realidade mesmo quando ela dá uma bofetada na sua cara. Como o famoso corno apaixonado, continuamos ignorando o óbvio. Temos um desperdício inaceitável durante a distribuição, o reuso ainda é incipiente e há o freio de mão puxado quando se trata de despoluir rios e reservatórios usados como latrina por uma espécie que parece ter prazer em beber suas próprias fezes.

As demonstrações de ignorância desinibida durante a discussão do Código Florestal e, aqui em São Paulo, na votação da Lei do Desmatamento, mostram que para políticos e uma banda do agronegócio o problema não importa, nem se inviabilizar seus negócios. Os velhos hábitos falam mais alto.

Para isso, e o que me preocupa em uma situação de conflito de interesses, é preciso haver habilidade política e bom senso. Não adianta ter um coração valente e ser uma porta trancada. Também não adianta ter uma mente privilegiada e a bravura de um legume. Menos ainda ser 'O Cara' quando seu legado é uma cleptocracia que afundou a economia e rachou o país.

A guerra civil na Síria é o resultado da crise climática caindo sobre um regime político não representativo e inepto somado a uma população jovem sem perspectivas em meio a uma crise econômica.

Um país com democracia forte e economia saudável cuida bem dos seus recursos essenciais; água e democracia são importantes.


Fonte: Fábio Olmos (Março de 2015).

Sede da ONU em Brasília testa veículos elétricos (UN headquarters in Brasilia test electric vehicles)!

Os dois automóveis elétricos circularão com monitoramento constante.
Os dois automóveis fabricados estarão em um sistema de monitoramento constante.
[The two cars will be subject to constant monitoring system].
Imagem: PNUD (UN) Brasil.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a ONU Mulheres são os mais novos órgãos a receberam o projeto de mobilidade com foco em veículos movidos a eletricidade.


Trata-se do projeto Mob-i desenvolvido pela hidrelétrica Itaipu em parceria com a empresa portuguesa CeiiA (Centro de Excelência da Indústria da Mobilidade). Foram disponibilizados dois automóveis elétricos que circularão com monitoramento constante e tendo seus dados coletados para análise científica.

O interesse da ONU no projeto está no fato do programa contribuir para a redução da emissão de gases poluentes, alem de incentivar a pesquisa e o uso de energias renováveis.


Imagem: Bárbara de Oliveira/Pnud Brasil.

Por meio do sistema Mob-me, os veículos podem ser monitorados online e assim são atualizados os indicadores de energia elétrica consumida, o número de viagens e distâncias percorridas, são calculados dos gases de efeito estufa que deixam de ser lançados na atmosfera, principalmente o CO2. Além disso, não é emitido poluição sonora, pois o motor é silencioso. 

A versão do projeto Mob-i para ONU não é a primeira, lançado em junho de 2014, o programa já foi levado para a Prefeitura de Curitiba, na própria Itaipu e nos correios de Brasília.

Imagem: Bárbara de Oliveira/Pnud Brasil.

Fonte: CicloVivo.

Águas, políticas de Uso e Abuso (Water: Use and Abuse policy).


Fundo do Açude Carnaubal que abastecia a cidade de Crateús, no Ceará. Foto: Fernando Frazão/ Agência Brasil (05/03/2015)
Fundo do Açude Carnaubal que abastecia a cidade de Crateús, no Ceará. 
[Carnforth Weir background that supplied Crateús city, Ceará, Brazil].
Imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil.
A água no Brasil é infinita. Os usos e abusos ao longo dos anos mostraram, porém, que esta afirmação é falsa. Não porque a água no Brasil não seja realmente infinita, mas porque o abuso cotidiano na captação, o não tratamento de efluentes domésticos e industriais e a degradação ambiental das áreas de mananciais e de recarga de aquíferos estão colocando o País em estado de alerta em relação aos recursos hídricos.

A história da gestão dos recursos hídricos no Brasil passa por vários capítulos, no entanto, poucos realmente preocupados em preservar este valioso insumo ambiental. Os colonizadores deixaram para os escravos o cuidado com a água e com seus dejetos domésticos. Foi quase como empurrar para baixo do tapete. O que o escravo tinha de fazer era jogar no riacho mais próximo tudo o que precisava desaparecer.

A água só mereceu tratamento legal no Brasil a partir do século XIX, quando ficou definido que o Ministério da Agricultura deveria ser o responsável por ela. Na industrialização do pós-guerra veio a necessidade de melhorar a distribuição da água para que as empresas urbanas pudessem ter acesso ao insumo. Foi a vez do Ministério das Minas e Energia assumir o encargo. A partir daí a água passou a ser tratada como um problema de infra-estrutura.

Escassez no sistema de abastecimento da cidade de Vargem, em São Paulo. Foto: Luiz Augusto Daidone/ Prefeitura de Vargem (11/02/2014)
Escassez no sistema de abastecimento da cidade de Vargem, em São Paulo. 
[Shortage in the supply system of the city of Vargem, in São Paulo].
Imagem: Luiz Augusto Daidone/Prefeitura de Vargem.


Mas é a partir de 1988, com a nova Constituição democrática, é que a água ganha um lugar de destaque na sociedade, deixa de ser um simples insumo agroindustrial para ser um direito social. A água, vista pelos deputados constituintes, era diferente da água pelos olhos dos colonizadores ou dos proprietários de terras. A União e os Estados receberam força para fazer o planejamento das políticas públicas de recursos hídricos e passaram a fazer parte de um sistema integrado de normatização e gestão. A partir de 1995 esta estruturação começa a ganhar corpo com a criação da Secretaria Nacional de Recursos Hídricos.

O Conselho Nacional de Recursos Hídricos foi o passo seguinte. Instituído por lei em janeiro de 1997, passou a funcionar de fato em junho de 1998. Este foi um importante passo para ampliar o debate sobre o uso da água no Brasil. Atualmente são 57 conselheiros com mandato de três anos. A formação do CNRH consolidou a visão de direito social, mas também ajudou a dar uma visão integrada e transversal a tema água.

No entanto, na origem deste novo ordenamento jurídico, a Lei 9433/97, havia um cenário institucional de desregulamentação das funções de Estado. Nasce na instituição pública a figura das agências reguladoras. Em todas as áreas onde antes o Estado era o principal ou único provedor ou prestador de serviços, surgem agências reguladoras. No caso da água surge a ANA – Agência Nacional de Águas. 

A criação da ANA teve algumas preocupações bem definidas. A principal foi enviar um sinal aos investidores interessados nos serviços de distribuição de água e tratamento de esgotos que existe uma institucionalização no setor. E também para que os grandes usuários possam se envolver nas questões relativas à gestão da água. 

A lei 9433 e o Plano Nacional de Recursos Hídricos que a regulamenta, dão um novo caráter à representação da sociedade na formulação de políticas públicas sobre água. Ela permite a representação nos Comitês de Bacias, nos Conselhos Estaduais e no Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Esta representação garante que boa parte dos interesses econômicos estejam de fato representados. No entanto, não garante a defesa dos interesses dos usuários domésticos e dos interesses ambientais e difusos.

O objetivo do Plano Nacional de Recursos Hídricos e dos comitês e Conselhos estruturados sob a sua regulamentação é, principalmente, regular e prevenir “conflitos pelo uso da água”. No entanto, apenas nos próximos anos, com a aplicação dos instrumentos do PNRH é que o reordenamento do setor de águas estará de fato consolidado.

Este final da primeira década do século XXI está recolocando as peças em jogo no tabuleiro da água no Brasil. Alguns fatores determinantes estão apenas delineados e não completamente postos para deliberações. 

O mundo real ainda não se acomodou diante das novas concessões para a distribuição de água e tratamento de esgotos que estão postas com o vencimento dos contratos de concessão assinados em meados dos anos 70, quando foram criadas as empresas estaduais de água.

Na mesa, mas ainda de forma obscura e sem definições finais, está a cobrança pelo uso da água. Este mecanismo pretende valorar a água como insumo econômico e social e reduzir as distorções sobre quem arca com os custos do sistema de abastecimento. Até agora nenhuma empresa, agrícola ou industrial, tinha qualquer despesa com a captação de recursos hídricos diretamente em corpos d´água.  
Um claro desequilíbrio, principalmente quando se tem em conta que as atividades agrícolas são as de maior consumo de água, respondendo a cerca de 70% de toda a água utilizada no País. E, também, que as indústrias localizadas à beira de corpos d´água são as que mais utilizam o insumo e que também as que mais riscos apresentam em relação à qualidade da água.

O ritmo da implementação do Plano Nacional de Recursos Hídricos será marcado por um processo de negociação e conflitos de interesses. Este capítulo da história da água no Brasil está sendo escrito dia a dia, nos conselhos, comitês e na Agência Nacional de Águas. As políticas públicas nesta área não são mais decididas de forma centralizada. 

Existe a possibilidade de novas empresas atuarem na captação, tratamento e distribuição, assim como está aberto o acesso do capital estrangeiro. No entanto, as empresas estaduais de água, que nos últimos 30 anos tiveram quase que monopólios na gestão das águas em seus estados, também estão preparadas para garantir o seu quinhão de mercado.

As metas colocadas para 2020 são coincidentes com as metas para a água nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, estabelecido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. São a universalização do acesso a água potável, universalização dos serviços de saneamento e otimização dos usos agrícolas e industriais, de forma a reduzir o uso e ampliar a capacidade de reuso das águas. Direito social e insumo econômico, o acesso à água de boa qualidade garante saúde e desenvolvimento econômico. Onde não há água de boa qualidade os indicadores econômicos e sociais são de pior qualidade ainda.

Fonte: Envolverde.

Brasil responde por mais de 50% da redução global de emissão de carbono entre 2001 e 2015, dizem FAO e ONU (Brazil accounts for more than 50% of the overall reduction of carbon emissions between 2001 and 2015, according to FAO and UN)

Foto: Paulo Santos/2001/Amazônia Sob Pressão (via Agência Brasil)
O desmatamento na Amazônia aumentou significativamente no último ano.
[Amazon deforestation has increased significantly in the last year].
Imagem: Paulo Santos/2001/Amazônia Sob Pressão (via Agência Brasil).

A Organização da Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) publicaram estimativas que apontam que o Brasil representa mais de 50% da redução global de emissões de carbono entre 2001 e 2015. As emissões diminuíram em toda América Latina e África nos últimos 25 anos, mas ambas as regiões ainda emitem mais carbono do que absorvem.

As emissões de carbono devido ao desmatamento caíram 25% entre 2001 e 2015, passando de 3,9 para 2,9 gigatoneladas (Gt) por ano. O desmatamento é definido como a mudança do uso do solo e das floresta para outros usos da terra.

“É animador ver que em geral o desmatamento está diminuindo e que países de todas as regiões têm demonstrado um progresso impressionante, como Costa Rica, Chile, Uruguai, Brasil, Cabo Verde, Vietnã, China, Filipinas, Coreia do Sul, Turquia e outros”, afirmou o diretor-geral da FAO, o brasileiro José Graziano da Silva. “Gostaria de incentivar todos os países a compartilharem suas experiências com outros países. Através da cooperação, a FAO está disposta a facilitar esta colaboração e intercâmbio de conhecimentos.”

A FAO enfatizou que, apesar do progresso na redução das emissões ligadas ao desmatamento, as emissões pela degradação das floresta têm aumentado de forma significativa nos últimos 25 anos, passando de 0,4 para 1,0 Gt de CO2 por ano. A degradação das florestas é uma redução da densidade da biomassa das árvores por causas humanas ou naturais, como o corte de árvores, incêndios e quedas por fortes chuvas.

Graziano destaca o papel vital das floresta frente às mudanças do clima. “As florestas são fundamentais para o equilíbrio do carbono e armazena quase 75% de todo o carbono que há na atmosfera. O desmatamento e a degradação aumentam a concentração de gases do efeito estufa e o crescimento das florestas, por sua vez, absorve o dióxido de carbono, a principal emissão do efeito estufa.”

Fonte: ONU Brasil.

sexta-feira, 27 de março de 2015

A Hora do Planeta acontece AMANHÃ (Earth Hour happens TOMORROW)!

Uma boa opção é sair para ver as estrelas.
Imagem: Divulgação.

A Hora do Planeta acontece AMANHÃ, sábado, Dia 28 de Março, das 20:30 até 21:30. O evento realizado pela rede ambiental WWF, conta com a participação de pessoas em todo o mundo, dispostas a desligar suas luzes por uma hora, demonstrando sua preocupação com as mudanças climáticas.

[Earth Hour happens TOMORROW, Saturday, 28th March, 20:30 to 21:30. The event organized by WWF, with the participation of people around the world, asking people to turn off their lights arranged for one hour, showing concern about climate change].

PARA SABER MAIS CLIQUE AQUI (versão em português)
OU ACESSE http://www.wwf.org.br/participe/horadoplaneta/

CLICK HERE (to english version)!

NÃO SE ESQUEÇA: AMANHÃ

Fonte: WWF.

Fábrica em SP economiza 8 milhões de litros de água (São Paulo factory saves 8 million liters of water)!

A companhia quer desenvolver mais ações em todas as unidades espalhadas pelo país.
A companhia quer desenvolver mais ações sustentáveis em todas as unidades no Brasil.
[The company wants to develop more sustainable actions in all units in Brazil].
Imagem: Divulgação.

Especializada em produtos e soluções para a economia de água, a marca Deca, da empresa Duratex, dá o exemplo em suas fábricas ao realizar um conjunto de ações coordenadas para reduzir o consumo durante os processos produtivos.

Alinhada com os atuais movimentos pela preservação da água na região sudeste, desde março de 2014, as fábricas de metais sanitários da Deca reduziram em 53% o consumo mensal de água, representando uma significativa economia diária de 558m³ para 270m³ de água.

Modernizar o processo produtivo com novas tecnologias e novos equipamentos foi uma das medidas realizadas. Além disso, aumentaram a capacidade de reutilização da água no ciclo de produção, como por exemplo, na galvanoplastia - que hoje opera perfeitamente com mais de 70% de água de reuso - e na refrigeração de equipamentos.

Também foram intensificados a manutenção preditiva e preventiva em toda a sua planta e tratada a água de descarte - possibilitando seu uso nas descargas das bacias sanitárias em toda a unidade. Foi otimizada a estação de água de reuso por troca iônica e instalados metais e louças sanitárias com tecnologia de ponta.

Imagem: Divulgação.

O Engenheiro Ronaldo Ruas, responsável pela manutenção da fábrica, fala sobre a importância da equipe nas melhorias alcançadas. “O sucesso deste trabalho não está somente na detecção dos potenciais pontos de economia, mas no engajamento de toda equipe envolvida no propósito de redução do consumo de água”.

De acordo com Marco Antonio Milleo, diretor industrial da Deca, o fato das unidades fabris de São Paulo e Jundiaí reduzirem o consumo mensal de 17.300m³ de água para somente 8.430m³, comprova o engajamento da empresa. “A Deca sempre atuou em prol da sustentabilidade, defendendo ações efetivas para preservar esse recurso natural”.

Milleo ressalta ainda que o acompanhamento mensal de novas ideias apresentadas pelos colaboradores é essencial para a melhoria continua ao longo dos processos de produção. “Nossa intenção é justamente incentivar o pessoal a contribuir com soluções que possam ser implantadas nas nossas tarefas”.

Ao mês, a economia nas fábricas é de mais de 8,8 milhões de litros de água, agora, a ideia da companhia é desenvolver mais ações em todas as unidades espalhadas pelo país, além de continuar disseminando o pensamento coletivo sobre a importância da economia de água.

Mobilizando pessoas para a economia de água

A marca lançou no segundo semestre de 2013 o Deca | PROÁGUA, um programa de gestão eficiente da água nas edificações por meio de uma série de ações planejadas, aliadas a uma mudança de hábitos dos usuários.

Segundo Bruno Basile Antonaccio, diretor de desenvolvimento e marketing da Deca, as ações do programa dentro da própria unidade já está transformando a maneira de como as pessoas utilizam a água.

Imagem: Divulgação.

Fonte: CicloVivo.

Brasil produz cachaça com qualidade de uísque 12 anos

Com informações da Agência Fapesp - 11/02/2015

O segredo do processo produtivo está na dupla destilação da cachaça...[Imagem: Agência FAPESP]
Com métodos adequados de produção, é possível obter uma cachaça com pureza e complexidade de aromas e sabores semelhantes às de um uísque ou conhaque de primeira qualidade.Além de passar por um processo de dupla destilação, a bebida desenvolvida no Laboratório de Tecnologia e Qualidade da Cachaça, na Esalq de Piracicaba (SP), apresenta outro diferencial: o envelhecimento de dois anos em tonéis novos de carvalho."Cerca de 60% do sabor de uma bebida envelhecida vem da madeira. Os outros 40% dependem da forma como a destilação e a fermentação são conduzidas e da matéria-prima. O processo de produção, portanto, tem muito mais influência na qualidade final do destilado do que o tipo de matéria-prima do qual é feito," disse André Ricardo Alcarde, coordenador do projeto.


Dupla destilação

Desta forma, coube aos pesquisadores brasileiros garantirem que os 40% nos quais os produtores podem atuar fossem feitos com o máximo possível de rendimento e qualidade.
"A cachaça produzida no Brasil, de maneira geral, passa por apenas uma destilação. Mas nós precisávamos de uma bebida feita de maneira tão criteriosa quanto um uísque ou um conhaque reconhecido internacionalmente," afirmou André.
A dupla destilação ajuda a eliminar compostos indesejáveis, como o cobre, alguns aldeídos que podem causar dor de cabeça e o carbamato de etila - substância potencialmente cancerígena. Também são eliminados certos tipos de ácidos orgânicos responsáveis pela sensação de "arranhar" a garganta.
"Com a dupla destilação, conseguimos eliminar quase 99% do carbamato de etila. O líquido fica muito mais puro, com teor acertado de álcool e menos prejudicial à saúde pública", comentou o pesquisador.


... mas o segredo do sabor da bebida está no processo de envelhecimento por dois anos em tonéis novos de carvalho francês. [Imagem: Agência FAPESP]

Envelhecimento da cachaça em carvalho

De acordo com André, a madeira libera durante o envelhecimento uma série de compostos que melhoram as características sensoriais da bebida, como, por exemplo, a vanilina. A cada novo uso do barril, porém, o processo de extração desses elementos se torna mais demorado e menos homogêneo.
"Como o carvalho não é uma madeira disponível no Brasil, o custo de importação é alto e a legislação brasileira não especifica regras para o envelhecimento de cachaça, muitos fabricantes recorrem a tonéis já extensivamente utilizados na produção de vinho ou de uísque", afirmou André.
Aline Marques Bortoletto, responsável pelos experimentos, conta que a madeira antes passou por um processo de tosta interna para aumentar a liberação dos compostos aromáticos. "O carvalho francês é mais caro que o norte-americano, pois a árvore demora mais para crescer. Testamos a diferença entre os dois e o perfil aromático do francês é diferenciado," disse.

Cachaça com qualidade e preço de uísque

Todos os meses, durante dois anos, os pesquisadores mediram nas duas amostras o teor de 11 compostos químicos considerados marcadores de envelhecimento.
Por meio de uma técnica conhecida como cromatografia líquida, foram medidos os teores de ácido gálico, ácido elágico, sinapaldeído, siringaldeído, vanilina, coniferaldeído, ácido vanílico, ácido siríngico, guaiacol, furfural e hidroximetilfurfural.
Após um ano e meio de envelhecimento, a relação dos compostos observada na cachaça envelhecida já estava equivalente - no caso de algumas substâncias até superior - à relação descrita na literatura para um uísque envelhecido por 12 anos."Obviamente que seria um produto para ser vendido por valores semelhantes ao de um bom uísque ou conhaque. O público para essa cachaça é diferente, mas, com certeza, existe um mercado para a bebida", opinou André.

LEC: um LED que pode ser vestido (LEC: an LED that can be clothed).

LEC: um LED que pode ser tecido
Protótipo da célula emissora de luz, ou LEC. 
[Cell light-emitting prototype , or LEC.
Imagem: Huisheng Peng.

Tecidos eletrônicos [Electronic textiles]

Os e-tecidos, ou tecidos eletrônicos, prometem coisas como computadores de vestir e roupas capazes de recarregar celulares e outros aparelhos portáteis.

Mas já há quem pense em telas incorporadas na própria roupa, o que tem levado ao desenvolvimento de LEDs na forma de fibras flexíveis.

A maior esperança, contudo, veio com os OLEDs, os LEDs feitos de compostos orgânicos, mas ninguém até agora conseguiu fazê-los funcionar a contento sobre fibras que possam ser usadas para tecer roupas.


e-Tecidos: LEDs viram fibras luminosas flexíveis

LEC

Zhitao Zhang, da Universidade de Fudan, na China, criou então um novo componente, que já nasce projetado para ser tecido.

Zhang batizou o novo componente de LEC - Light Emitting electrochemical Cell, ou célula eletroquímica emissora de luz.

Cada LEC é formada por um fio muito fino recoberto com nanopartículas de óxido de zinco e, a seguir, por camadas de um polímero eletroluminescente e uma camada transparente de nanotubos de carbono.

O protótipo emite apenas nas cores azul e amarelo, mas a equipe afirma que será simples chegar ao verde e ao vermelho que viabilizariam a fabricação de telas tecidas - ou telas em tecidos.

Desafio maior será aumentar a vida útil das células emissoras de luz, porque os primeiros protótipos perdem o brilho com o uso.

REFERÊNCIA

A colour-tunable, weavable fibre-shaped polymer light-emitting electrochemical cell
Zhitao Zhang, Kunping Guo, Yiming Li, Xueyi Li, Guozhen Guan, Houpu Li, Yongfeng Luo, Fangyuan Zhao, Qi Zhang, Bin Wei, Qibing Pei, Huisheng Peng
Nature - DOI: 10.1038/nphoton.2015.37

Fonte: Inovação Tecnológica.

Formigas biônicas testam conceitos para fábrica do futuro

New Scientist - 27/03/2015


[Imagem: Festo/Divulgação]

Comportamento cooperativo

Para o padrão das formigas, elas são gigantescas: do tamanho de uma mão humana.
Mas, para formigas biônicas, elas têm o tamanho certo para permitir a inserção de toda a tecnologia, nas dimensões atualmente disponíveis, necessária para fazê-las trabalhar como formigas de verdade.
Desenvolvidas pela empresa de engenharia alemã Festo, estas formigas artificiais imitam o comportamento cooperativo dos insetos reais, tomando decisões individuais envolvendo um objetivo comum.
O trabalho em equipe permite que as formigas biônicas executem tarefas complexas que não seriam capazes de realizar individualmente, como mover um objeto grande e pesado demais para uma só delas.



Formigas biônicas trabalhando em conjunto para carregar um objeto que nenhuma delas conseguiria carregar sozinha. [Imagem: Festo/Divulgação]

Piezoelétrico

Uma câmera estéreo na cabeça de cada formiga, fazendo as vezes de olhos, ajuda a determinar a sua localização e identificar objetos, que podem então ser agarrados com suas suas mandíbulas, pinças acionadas por materiais piezoelétricos.
Um sensor idêntico ao de um mouse óptico, instalado na barriga das formigas, auxilia no movimento e posicionamento. A comunicação entre os insetos, para que seja possível o comportamento coordenado, é feita por uma rede sem fios.
O corpo dos robôs é de plástico, feito em uma impressora 3D, com os circuitos eletrônicos sobrepostos. As patas também são movidas por atuadores piezoelétricos, que dão rapidez e precisão aos movimentos e usam pouca energia.
Quando as baterias recarregáveis dos insetos começam a se esgotar, elas se dirigem automaticamente para uma "cerca" em volta do tablado onde operam: cada antena se conecta a um dos fios da cerca, fazendo fluir a energia que recarrega as baterias.



A cabeça da formiga eletrônica, sem o "capacete", para mostrar seus circuitos eletrônicos. [Imagem: Festo/Divulgação]

Agentes inteligentes

O objetivo do projeto, segundo a empresa, é a criação de agentes inteligentesque possam trabalhar de forma eficiente nas fábricas do futuro, adaptando-se a diferentes necessidades de produção.
A empresa desenvolveu também um enxame de forma de borboletas. Embora borboletas não atuem em conjunto na natureza, o comportamento cooperativo das borboletas biônicas poderia ser usado para monitorar o ambiente.
A ideia não é trocar operários por formigas e borboletas biônicas. Mas os robôs representam uma ótima bancada de testes para os softwares que serão responsáveis por fazer com que as diversas máquinas da fábrica trabalhem de forma coordenada e cooperativa.

Nasa projeta avião elétrico com 18 motores

Março 2015



Cada motor poderá ser operado independentemente.


A Agência Espacial Norte-Americana (NASA) anunciou o início de testes em um protótipo de avião elétrico. O modelo deve ser essencial para o desenvolvimento de aviões mais eficientes, seguros e ambientalmente corretos.

O projeto, apelidado de LEAPTech começou a ser desenvolvido em 2014 através de uma parceria entre a Nasa e outras duas empresas especializadas em tecnologia aeroespacial. Os primeiros testes já foram realizados em chão. O sistema, instalado inicialmente em um caminhão, alcançou velocidade de 64 km/h.

Ao contrário do que acontece em testes aeronáuticos, o primeiro voo do avião elétrico não será dentro de um túnel de ar. Conforme informado pela Nasa, o teste será realizado ao ar livre, mas o avião estará conectado à uma base terrestre, responsável por transmitir eletricidade e servir como apoio ao veículo.

O avião deve ter 18 motores elétricos, alimentados por baterias de fosfato de ferro de lítio. Cada um desses motores poderá ser operado de forma independente em diferentes velocidades, proporcionando um desempenho otimizado.

O avião deve ter asas de carbono e até cem metros de comprimento. “O LEAPTech tem potencial para transformar, em curto prazo, aeronaves de aviação geral, bem como, em longo prazo, para aeronaves de transporte”, explicou o especialista em aerodinâmica, Mark Moore.


Redação CicloVivo

Rede internacional que valoriza os pequenos produtores chega ao Brasil

Março 2015



O Fairtrade valoriza os alimentos produzidos de maneira ética e sustentável.


O maior e mais reconhecido sistema de comércio justo no mundo, o Faitrade, acaba de ser lançado no Brasil. Presente em cerca de 30 países - reunidos pela Fairtrade International-, o movimento garante que pequenos produtores de países em desenvolvimento recebam um preço justo e sustentável pelos produtos que oferecem. Como alternativa ao modelo convencional de negócios, produtores certificados pelo Faitrade não estão sujeitos às flutuações dos mercados de commodities, já que o preço mínimo da sua mercadoria é preestabelecido em todo mundo.

Outro benefício também oferecido pelo Fairtrade é o pagamento do "premium", montante extra que deve, obrigatoriamente, ser investido no desenvolvimento social e econômico das cooperativas e suas comunidades. Hoje, já são 1,5 milhão de produtores certificados em cerca de 120 países, somando no ano de 2013, mais de R$3 bilhões de reais em vendas. Com o pagamento do premium, mais de R$300 milhões de reais também foram investidos em projetos sociais no último ano.

De acordo com o Fairtrade International, a formalização do Fairtrade Brasil tem como objetivo divulgar aos consumidores os benefícios de alimentos feitos de maneira ética e sustentável.

“Hoje, no Brasil, contamos com cerca de quarenta cooperativas e mais de sete mil produtores certificados pela organização Fairtrade. São produtores de café, laranja, mel, espalhados por diversos estados. Estes produtos, no entanto, são, em sua maior parte, utilizados para exportação. O lançamento do Fairtrade Brasil reduzirá a dependência do mercado internacional, tendo os mercados brasileiro e sul americano como alternativa para venda de seus produtos, e evitando barreiras linguísticas e variações cambiais”, explica Naji Harb, presidente do Fairtrade Brasil.

Incentivando a prática Fairtrade há mais de dez anos, a norte-americana Ben & Jerry’s foi a primeira empresa de sorvetes no mundo a usar ingredientes sustentáveis em seus produtos. Presente em mais de 30 países e recém-chegada ao Brasil, passou a comercializar todos os seus sabores com ingredientes Fairtrade em 2014.

“O conceito da prática Fairtrade está totalmente aliado aos valores de Ben & Jerry’s, que se aproveita do seu poder de compra e decisão para apoiar mudanças significativas e positivas no mundo”, diz Katia Ambrósio, diretora de sorvetes da Unilever Brasil, dona de Ben & Jerry’s.

Entre os produtos Fairtrade da marca estão as bananas, que são fornecidas pela El Guabo, cooperativa de cerca de 300 produtores rurais localizada no Equador, onde o dinheiro extra pago por Ben & Jerry’s permitiu à comunidade carente investir em educação básica para as crianças e infraestrutura.

quarta-feira, 25 de março de 2015

EUA anunciam construção da segunda maior usina solar flutuante do mundo (USA announces construction of the second largest floating solar plant in the world)

A usina será instalada na Califórnia.
A usina será construída no Estado da Califórnia.
[The plant will be built on California.].
Imagem: Divulgação.

A empresa norte-americana Sonoma Clean Power anunciou o projeto da segunda maior usina solar flutuante do mundo. A estrutura deve ser instalada na Califórnia e estar em funcionamento até 2016, já conectada às redes de transmissão.

Conforme informado pela imprensa local, a usina terá capacidade para produzir 12,5 megawatts de energia, o suficiente para abastecer até três mil residências. A maior estrutura deste tipo é uma usina japonesa, com 13,4 MW de capacidade instalada.

A principal vantagen das usinas flutuantes é a grande disponibilidade de áreas alagadas livres, uma alternativa interessante para a falta de espaço terrestre para novas construções.

Somente no condado de Sonoma, onde a estrutura norte-americana será construída, existem 1.400 açudes de irrigação, que poderiam acomodar as usinas flutuantes. De acordo com Geof Syphers, diretor executivo da Sonoma Clean Power, os custos de locação desses espaços são semelhantes e, às vezes, até menores do que em áreas terrestres.

O projeto apresentado será dividido em seis lagoas operadas pela Agência de Água de Sonoma, que lucrará com um arrendamento anual de US$ 30 mil dólares. A opção foi vista de maneira positiva pois garante um fluxo de receita a áreas consideradas inutilizadas ou subutilizadas.

Fonte: CicloVivo.

Material muda de cor com um simples toque - sem energia (Material changes color at the touch - without using energy)

Material muda de cor com um simples toque - sem energia
Basta um leve toque para que o material mude de cor, permitindo seu uso como sensor. 
[Just a little touch to make the material change color, allowing its use as a sensor].
Imagem: The Optical Society (OSA).

Pele de camaleão (Chameleon Skin)

Um novo material muda de cor como se fosse a pele de um camaleão ou de um polvo, bastante para isso apertá-lo ligeiramente - a cor que ele assume depende da intensidade da força.

O material é tão fino que pode ser usado como revestimento, abrindo grandes possibilidades de uso em novas tecnologias de telas, camuflagens e sensores - por exemplo, capazes de detectar defeitos imperceptíveis em edifícios, pontes ou mesmo na fuselagem de aviões.

"Esta é a primeira vez que alguém faz uma pele flexível parecida com a dos camaleões que pode mudar de cor simplesmente sendo flexionada," disse Connie Chang-Hasnain, da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos.

Em vez de tintas, o material reflete a luz e produz cores de forma física, por meio da interação da luz com minúsculas saliências desenhadas em sua superfície.

Quando o material é pressionado, a força aplicada altera o espaçamento entre as microestruturas, alterando a forma como a luz interage com elas e, portanto, a cor do material.

Cor física

Controlar a luz com microestruturas físicas não é nenhuma novidade. Em astronomia, por exemplo, fendas cuidadosamente espaçadas, conhecidas como grades de difração, são usadas para dividir a luz captada pelos telescópios em seus componentes individuais de cor.

Mas controlar as cores geradas vinha-se mostrando impraticável porque as perdas ópticas são grandes demais.

O problema foi resolvido de forma extremamente simples: em vez de fazer fendas no material base, como nas redes de difração, a equipe adicionou saliências.

Não deu exatamente no mesmo porque, em vez de espalhar a luz e quebrá-la em um arco-íris completo, essas pequenas barras refletem um comprimento de onda muito específico, dando ao material uma cor padrão.

Quando as saliências são deformadas, o comprimento de onda refletido se altera e, por decorrência, o material muda de cor instantaneamente.

REFERÊNCIA:
Flexible photonic metastructures for tunable coloration
L. Zhu, J. Kapraun, J. Ferrara, C.J. Chang-Hasnain
Optica Vol.: 2, 3, 255-258
DOI: 10.1364/OPTICA.2.000255

Costa Rica bate recorde e está há 76 dias usando apenas energias renováveis

Março 2015



As tarifas ainda foram reduzidas em 12%.



A Costa Rica deu um grande passo em direção ao futuro neutro em carbono. O país latino-americano está há 76 dias consecutivos utilizando apenas fontes renováveis de energia para abastecer toda a sua população, uma média de cinco milhões de pessoas.

A informação foi divulgada pelo Instituto de Eletricidade da Costa Rica (ICE). De acordo com a instituição, os bons índices pluviométricos permitiram um bom aproveitamento do potencial hidrelétrico, considerado uma fonte renovável de energia. Outras fontes também foram usadas, como solar, eólica e geotérmica.

O bom desempenho das fontes renováveis permitiu redução de 12% nas tarifas de eletricidade no país. Isto acontece porque, além de poluentes, os combustíveis fósseis acabam sendo mais caro do que as opções limpas. A tendência é de que a redução continue nos próximos meses.

Considerado um refúgio turístico e ambiental, o governo costa-riquenho já havia anunciado a decisão de não explorar suas reservas de petróleo para preservar seus mananciais. O país também assumiu o compromisso de neutralizar as suas emissões de carbono até o ano de 2021.

Para alcançar este objetivo, a Costa Rica deve manter seus investimentos em fontes renováveis de energia.

Redação CicloVivo

terça-feira, 24 de março de 2015

Paris adere novamente ao rodízio de carros e oferece transporte público grátis (Paris uses again the rotation of cars and offers free public transport)!

Aos finais de semana os transportes públicos são gratuitos.
Além de implementar o rodízio de carro, o transporte público será gratuito na área central.
[In addition to implementing the car rotation, public transport will be free in the downtown area].
Imagem: Divulgação.

A capital francesa continua com limitação de entrada de veículos devido à poluição dos últimos dias. Estão autorizados apenas a circular os automóveis de matrícula impar, informaram as autoridades.

Uma centena de controles policiais vigia as entradas da cidade para garantir que os automóveis de matrícula par não circulem.

Nas ruas de Paris, 750 agentes da polícia garantem o cumprimento da limitação e podem autuar os infratores com multa de 22 euros.

Medidas idênticas de limitação à circulação foram implementadas na capital francesa em 1997 e, mais recentemente, em março do ano passado.

A circulação alternada, que afeta Paris e 22 localidades ao redor, foi decidida no último domingo (22) depois de vários dias de tensão entre as autoridades municipais, que queriam aplicar a medida, e o Executivo, mais cauteloso.

Excluídos da limitação estão os veículos híbridos ou a gás, bem como aqueles que transportam, pelo menos, três pessoas, o que levou a uma redução do número de engarrafamentos na cidade.

Em compensação, a cidade tem transportes públicos gratuitos, bem como os serviços municipais de aluguel de veículos elétricos e de bicicletas.

Fonte: CicloVivo.

Desmatamento da Amazônia entra Agosto de 2014 e Fevereiro de 2015 aumenta 282% (Amazon deforestation from August 2014 to February 2015 increased 282%)!

Uma análise realizada pelo IMAZON/SAD revela que em fevereiro de 2015 uma área de 42 quilômetros quadrados foi desmatada na Amazônia Legal, representando um aumento de 282% em relação a fevereiro de 2014, quando o desmatamento somou 11 quilômetros quadrados.
[An analysis conducted by Imazon / SAD shows that in February 2015 an area of 42 square kilometers was deforested in the Amazon, an increase of 282% compared to February 2014, when deforestation reached 11 square kilometers.]


Em fevereiro de 2015, mais da metade (59%) da área florestal da Amazônia Legal estava coberta por nuvens, uma cobertura inferior a de fevereiro de 2014 (69%). Os Estados com maior cobertura de nuvem foram Amapá (95%), Acre (77%) e Pará (72%). No período analisado, e sob essas condições de nuvem, foram detectados pelo SAD 42 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal. Isso representa um aumento de 282% em relação a fevereiro de 2014 quando o desmatamento somou 11 quilômetros quadrados.

Em fevereiro de 2015, o desmatamento se concentrou em grande parte no Mato Grosso (37%) e Roraima (28%), com menor ocorrência no Amazonas (16%), Pará (14%) e Rondônia (5%). O desmatamento acumulado no período de agosto de 2014 a fevereiro de 2015, correspondendo aos sete primeiros meses do calendário oficial de medição do desmatamento, atingiu 1.702 quilômetros quadrados. Houve aumento de 215% do desmatamento em relação ao período anterior (agosto de 2013 a fevereiro de 2014) quando atingiu 540 quilômetros quadrados.

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 49 quilômetros quadrados em fevereiro de 2015. Em relação a fevereiro de 2014 houve uma redução de 2%, quando a degradação florestal somou 50 quilômetros quadrados.

CLIQUE AQUI e baixe o arquivo!


Fonte: Fonseca, A., Souza Jr., C., & Veríssimo, A. 2015. Boletim do desmatamento da Amazônia Legal (fevereiro de 2015) SAD (p. 9). Belém: Imazon.

segunda-feira, 23 de março de 2015

Ontem foi o Dia Mundial da Água! [Yesterday was World Water Day!]

Em um momento onde a crise hídrica potencializa a econômica, aumentando as responsabilidades dos poderes público e da iniciativa privada, bem como sobre a mobilização da sociedade para economizar e/ou reaproveitar esse recurso, faço aqui uma reunião de links interessantes, que falam sobre o tema e celebram essa data!

[At a time when the water crisis enhances the economic, increasing the responsibilities of public and private sector about this problem, as well increasing the society mobilization to save and/or reuse this natural resource, I here a meeting of interesting links, talking about theme and celebrate this date!]


# 1 - Vídeo em comemoração ao Dia Mundial da Água 2015
[Celebration of World Water Day 2015 - video] 
CLIQUE AQUI (CLICK to see)

# 2 Dia Mundial da Água 2015 celebra o desenvolvimento sustentável
[World Water Day 2015 celebrates the sustainable development]
http://planetasustentavel.abril.com.br/noticias/dia-mundial-agua-2015-celebrara-desenvolvimento-sustentavel-830860.shtml

# 3 - Dia Mundial da Água: Sociedade civil se mobiliza para torneira não secar
[World Water Day: Civil society is mobilizing to tap not dry]
http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2015/03/150320_crise_agua_mobilizacao_social_rb

# 4 - A Message on World Water Day
http://www.ecomena.org/world-water-day/
CLIQUE AQUI

# 5 - Wars Over Water – Our Near Future
http://www.21stcentech.com/wars-water-future/
CLIQUE AQUI

Em 10 anos, homem cego e amigo biamputado plantaram mais 10 mil árvores (In 10 years, blind man and friend with arms amputated planted more than 10,000 trees)!


Enquanto no Brasil, constata-se o aumento do desmatamento, uma pequena iniciativa mudou a paisagem e condição de um pequeno vilarejo no nordeste da China.

[While in Brazil, there has been increased deforestation, a small initiative changed the landscape and improves the condition of a small village in northeastern China].


Com a convivência, eles aprenderam a trabalhar juntos para superar as dificuldades.
[With the living, they learned to work together to overcome the difficulties].
Imagem: News CN (Divulgação).

Os amigos Jia Haixia e Jia Wenqi, ambos de 53 anos, transformaram a paisagem do vilarejo de Yeli, situado no nordeste da China, ao plantarem mais de 10 mil árvores ao logo dos últimos dez anos.

Mas esta história tem um detalhe: Haixia é cego e Wenqi tem os dois braços amputados.

Haixia ficou cego de um olho devido a uma catarata congênita e perdeu a visão do outro olho em um acidente de trabalho em 2000. Wenqi perdeu os dois braços em um acidente quando ele tinha apenas 3 anos de idade.

Unidos e sem emprego devido às suas limitações, eles conseguiram arrendar 8 hectares de terra do governo e começaram a replantar as árvores. A intenção era restaurar um ambiente árido, cheio de pedras e ervas daninhas, e proteger o vilarejo de inundações. Assim, eles ainda conseguem uma pequena renda.

É interessante notar que eles formam uma dupla improvável, principalmente para uma atividade como o plantio de árvores. Mas, depois de anos de convivência, os amigos aprenderam a trabalhar juntos para superar as deficiências individuais.

E quem pensa que a rotina deles é fácil, se engana. Eles acordam todos os dias às 7h da manhã e não têm planos de parar. Sem dinheiro para comprarem mudas, os dois cortam e aparam as árvores já crescidas.

Em algumas ocasiões, Wenqi carrega Haixia nas costas para atravessarem os rios, enquanto Haixia é quem sobe até o topo das árvores para colher novas mudas. Depois, ele cava buracos no chão para Wenqi iniciar o processo de plantio e cuidados.

Com esta dedicação, a história chamou a atenção e os dois ficaram famosos na China. Segundo a Agência de Notícias Xinhua, além de doações para manterem o trabalho, uma equipe de médicos se ofereceu para realizar uma cirurgia de graça e recuperar a visão de Haixia.

Definitivamente, o ditado “a gente colhe o que planta” está fazendo muito sentido na vida de Haixia e Wenqi.

Confira mais dessa amizade especial nas imagens:

Imagem: News CN (Divulgação).

Imagem: News CN (Divulgação).

Imagem: News CN (Divulgação).

Imagem: News CN (Divulgação).

Imagem: News CN (Divulgação).

Fonte: Pensamento Verde.